Capitulo 1: Primavera - parte 5/final

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  Uma banda que ia se apresentar no lugar, começou a tocar, era um show de luzes e cores, muita fumaça e faiscas. Era uma apresentação e tanto, um verdadeiro show pirotécnico.
Quando menos se espera, o que poderia dar errado, deu. As cortinas ao lado do palco era de um tecido bem fino, propício a pegar fogo e com todas aquelas faíscas tão perto, aconteceu o que já se pode imaginar. As cortinas começaram a pegar fogo e esse mesmo fogo subiu pelas paredes e rapidamente se alastrou pela casa, até tentaram conter o fogo e apagá-lo, mas sem sucesso. As pessoas se espantaram e uns começaram a gritar, outros a empurrar e procuravam sem encontrar a saída de incêndio. Gil olhou pra mim e disse:

    -Temos que sair daqui! Quero ser cremado quando morrer, mas não hoje.

    -Tem razão. Vamos manter a calma, pegar as garotas e sair daqui.
-Juro que essa parte, não constava nos meus planos.

    -Também não fazia parte dos meus para essa noite.

  A multidão nos apertava e empurrava mais e mais, o fogo continuava a se espalhar, a fumaça aumentava muito e quase não saíamos do lugar. Mas aos poucos, de tanto tentar, conseguimos sair do canto e chegar até o lado de fora em segurança. Estávamos cansados, eu diria exaustos e a aquela altura, bem defumados. Alguém chamou os bombeiros que chegaram no local em seguida e contiverem o incêndio. Ali, depois de quase virarmos churrasco, eu só queria mesmo voltar pra casa, não queria me demorar mais. Acho que todos queríamos o mesmo, exceto Gil, que nos fala:

    -Certo, esse final não saiu como o esperado. Mas, vamos levantar a cabeça, a próxima vai ser melhor que a ultima.

    -A próxima!? Que próxima?

    -perguntei irritado, já aborrecido.
-As cinco festas essa noite. O cronograma lembra?

    -Cinco festas em uma noite? Onde eu tava com a cabeça? Olha, depois daqui não vamos a lugar nenhum, além das nossas casas. Se você quiser pode ir, mas eu falo por mim, não vou a mais nenhuma festa essa noite.

    -Você tem razão, acho que já nos divertimos - Disse Jersey.

    -Ah, qual é pessoal? Foi só um pequeno contra-tempo, coisa pequena. Vamos lá, só mais uma. -Gil insistiu.

    -Não adianta insistir, Gil. A noite acabou pra gente. - Eu falei já encerrando esse assunto.

    -Tudo bem. -Disse Gil - Já que a noite acabou mesmo, o que acham de dar uma passadinha na minha casa?

    -Ah, por que não? Acho que seria uma boa. - Jersey dizia.

Eu e Angel nos olhamos, acenamos com a cabeça e dissemos que tudo bem, concordavamos em dar uma passada na casa de Gil, afim de conhecer onde aquele ser tão exótico morava. Então, Gil chamou um táxi e mais uma vez o mesmo motorista de antes.

    -Pra onde querem ir agora?

    -perguntou ele.

    -Vamos direto para minha casa.

Ele deu o endereço e o motorista seguiu para lá sem fazer desvios. O taxímetro rodava e nós apenas olhávamos pra cima e respiramos fundo, agora em um ambiente sem cheiro de fumaça. Quando o táxi parou, nos então descemos e Gil disse:

    -Vamos por aqui.

Quando chegamos, foi inacreditável, ele nos arrastou direto para outra casa noturna. O Lavo NightClub. Eu estava muito bravo, prestes a ficar verde de raiva. Com a maior cara de Pal ele diz:

    -Sejam bem vindos ao lar. Mi casa és su casa.

Respirei fundo, mantive a calma e perguntei:

    -O que significa isso Gil? -minha voz leva um certo tom de cansaço.
Então ele respondeu:

O Sol na minha janela Where stories live. Discover now