Capítulo 5: Apenas uma noite - parte 2

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    -Já fazia oito meses que estava em Midtown-Manhattam, pelo menos quatro que frequentava aquele bar e ainda não tinha feito muitas amizades. Só tinha contato com a minha chefe, uma bibliotecária incrível, Gil, Noah e Bob a conheceram, com sorte, você também a conhecerá. Mas recente é que descobrimos que além de uma ótima bibliotecária, é também uma excelente cantora, mas essa história fica pra depois. Meu emprego de assistente bibliotecário, não pagava muito, mas era o suficiente pra me manter. Ao final do expediente, ia passear no Central Park e gastar algum dinheiro no bar. Era uma quarta a noite, devia ser umas sete e meia ou oito horas. De repente, sinto uma mão tocar meu ombro, com uma voz que disse ao barman, duas cervejas. Ele logo sentou e começou a bater papo comigo, me prometeu que naquela noite, me ensinaria a viver. Hoje sei que ele é assim mesmo, mas naquele momento, achei, pudia jurar que ele estava bêbado. Nos apresentamos, era Gil, ele perguntou o que me trazia até ali, respondi. Disse que fazia pouco tempo que estava na cidade e ia ao bar, pra entre beber e fazer algumas amizades, escrever. Ele supôs que eu escrevia livros e supôs certo. Eu tinha vindo a tentar a vida de escritor em Nova Iorque. Perguntou se tinha algum livro meu, bem conhecido para citar. Respondi que não. Ele me parabenizou, disse que agora que me conhecia, tinha criado expectativas comigo, em seguida, me perguntou em que eu trabalhava. Respondi que trabalhava em uma biblioteca, ele até brincou com isso. No meio da conversa, o telefone tocou, ele teve que se retirar e disse que teríamos que deixar as aulas pra depois, era bom saber que eu estava me adaptando bem, tinha sido uma boa conversa, podíamos nos considerar amigos agora e se precisasse de qualquer coisa, podia falar com ele. Me deu seu cartão e saiu, deixando a conta das cervejas pra mim pagar...

-Mas convenhamos, depois eu compensei. Passei uma semana inteira pagando a primeira rodada de bebidas pra gente. Me conhecer teve suas vantagens. - Disse Gil.

-Voltando ao que dizia. - Retomei. - Uns dias depois, voltei a vê-lo, sentamos juntos, bebemos, conversamos e até saímos ou juntos. Depois dali, sempre nos encontramos no bar. Já virou um costume nosso.

-Agora é sua vez. - Falei pra Verônica.

-Minha história é bem mais curta que a sua. Você verá. Bom, eu conheci Gil no casamento de uma prima minha, Emily. Ele era o acompanhate da minha irmã, lisa. Depois descobri que eles eram namorados e tudo. Mas foi um namoro que não foi muito longe. Um ano depois, ela o trocou por um velho banqueiro. Gil ficou deprimido, caiu numa grande fossa. Depois como uma fênix que ressurge das cinzas, ele se reergueu e deu uma mudada na sua vida. Deixou de ser um pobre traído e virou um fino cafajeste.

-Um brinde aos cafajestes! - Disse Gil, erguendo o copo.

-Pois é. - Retomou Verônica. - Eu conheci esse traste, antes de ser um sem-vergonha que ele é hoje.

-Obrigado senhoras e senhores, obrigado. Very thank you! - Gil falava enquanto batia palmas e curvava a cabeça. - Acho que foi assim que todos me conheceram. Foi bom ouvir essas histórias, me fez lembrar tantas coisas.

Bebemos mais um pouco e conversamos. Passamos mais meia hora lá, até que Verônica levantou-se e disse que tinha que ir. Gil disse que estava tudo bem, iriamos com ela. Eu fiquei desacreditado, mas de algum modo, Gil convenceu a todos. Pegamos um táxi e fomos a um pequeno teatro em Manhattam, até diria o nome se lembrasse. Gil foi nos explicando que aquela era uma noite muito importante para Crystal, ela iria interpretar um personagem importante em uma peça independente, chamada: O Epitáfio. Chegamos no teatro, estava tudo muito escuro, procuramos alguns bons lugares. Verônica se despediu de nós e foi para o camarim, se trocar para a sua apresentação.
Enquanto isso, víamos uma pequena encenação de de Sweeney Todd. Que logo terminará, dando espaço a apresentação principal. Assistimos o primeiro ato, ainda haviam mais dois a pela frente. As atuações estavam até bem boas, não era um peça em cartaz na Broadway, mas conseguia ser superior a Cats em questão de roteiro e interpretação. Assistimos o primeiro ato, ouve um pequeno intervalo e veio o segundo. No terceiro ato, acabei por ver rostos já conhecidos e Gil gritou:

O Sol na minha janela Where stories live. Discover now