Voltamos pra mesa e Bob chegou.
-E aí, pessoal? Já pediram pra mim? Obrigado. Parabéns irmão, parabéns Michelly! Um ano, né? Fiquei sabendo ontem. Felicidades. Planos pra hoje?
-Sim, vamos jantar. E como foi a procura por um emprego?
-Foi ótimo! Fiz uma entrevista em um escritório de contabilidade que pareceu ser bem promissor. Deixei meu currículo e disseram que ligariam. O mesmo em uma empresa que trabalham com a produção e exportação de cerveja.
Parabenizamos Bob, olhei no relógio e já tinha se passado quinze minutos desde que sentamos de novo a mesa. Toquei a mão de Michelly por baixo da mesa, nos olhamos e eu disse:
-Vamos ali comigo.
Ela consentiu com a cabeça, nos levantamos, demos tchau ao pessoal e nos dirigimos até lá fora. Bob perguntou:
-Vocês já vão? Eu acabei de chegar, podiam passar mais alguns minutos com a gente.
-Nós compensamos você depois, prometo.
-Tá legal, divirtam-se por mim e comportem-se pombinhos.
Michelly e eu cruzamos a porta do bar e ela me perguntou sorrindo:
-Onde estamos indo, Andrew?
-Vamos ter que descobrir - respondi rindo.
-Não inventa. Você sabe bem pra onde vamos, acho que os rapazes também sabem pelo jeito que vocês confabulavam, só eu que estou no escuro e isso me deixa curiosa. Sabe como sou quando estou curiosa. Não é justo.
-Confabulando? {Risos}. Eu sei que isso deve te deixar curiosa, mas espera só mais um pouco, estamos perto e prometo que vai ser alguma coisa.
-Alguma coisa?? Como assim?
-Pode ser bem divertido ou só uma coisa normal. Pode ser uma noite diferente ou igual as outras.
Não quero aumentar, nem diminuir suas expectativas e também não posso dar spoiler, por isso prometo que será alguma coisa.-Isso não ajuda, sabia? {Risos}. Só aumenta minha curiosidade e pelo modo como falou, pode ser qualquer coisa.
-Só vendo pra saber. Porque não vou te contar mais nadinha.
Pegamos um táxi e seguimos para o endereço que dei ao taxista. Michelly retomou o assunto:
-Você podia só mentir pra mim pra não me deixar curiosa e me surpreender no final.
-Acha que daria certo?
-Eu acho.
-Tá bom. Vamos ao Empire State Building pra ter a melhor vista da cidade e depois vamos pedir comida Chinesa.
-Assim não dá. Agora eu sei que você tá mentindo porque te dei a ideia, meio minuto atras.
-E se eu não tiver mentindo? Se realmente tiver cedido a suas insistências? Gosto de passar tempo com nossos amigos, mas hoje é um dia especial, um dia só nosso e pensei que podíamos passar juntos, só você e eu.
-Que droga, Andrew! Agora não sei se você está mentindo ou não.
-Vai ter que ver por você mesma.
-Que filho da mãe!
-Já ouvi muito isso, mas geralmente estou com Gil e essas palavras são digidas a ele, junto com meia dúzia de insultos. Acho que a convivência pega, né?
-Já se perguntou o que faz o Gil ser o Gil?
-Bom, eu não sei. Mas Noah e eu temos uma teoria. O pai e a mãe dele eram exploradores e numa expedição, perderam o Gil, ele caiu de uma cestinha e bateu a cabeça no chão, foi então encontrado por uma família de Chimpanzés e criado por eles, a família verdadeira só o encontrou anos depois em um prostibulo.
Ele tinha sido pego e ensinado a ser homem por um cafetão. Isso explica porque ele nunca falou da familia dele, explica os comportamentos primitivos dele, a compulsão sexual, porquê parece que ele conhece cada garota de programa da cidade e ele parecer ser meio pancada das ideias.
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O Sol na minha janela
RomanceEssa é uma história de Andrew Gabriél L. Wachowski, um jovem britânico, aspirante a escritor, que vem a Nova York para tentar a sorte e ser reconhecido como um dos grandes escritores. Faz apenas alguns poucos meses que está em Nova Iorque, Midtown...