Capítulo 8: Ganhar ou perder - parte 4

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Eu estava tendo dificuldades com aquele russo desgraçado. Gil e Bob vendo minhas cartas disseram:

    -Vamo lá Gabb, você consegue. - Gil.

    -Blefa com ele irmão. Sua situação não tá muito boa.

Então eu disse:

    -Vamos lá, eu aposto tudo.

Ele respondeu:

    -Aposto tudo e cubro a aposta.
Era hora de virarmos as cartas, eu podia sentir, eu estava ferrado.

Ele disse: 

    -Flush. - Virando suas cartas sobre a mesa. Eu claramente tinha perdido. - Onde estão meus cem mil, americano?

Gil tomou a frente e disse.

    -Estou com seu dinheiro no meu Porsche  no estacionamento, mas antes de irmos pegar. Que tal uma última aposta? Valendo o dobro agora, tudo ou nada.

    -Não estou interessado. Cadê meu dinheiro. - Disse o russo 

    -São duzentos mil agora e um porsche de brinde. Sinceramente, não vim aqui essa noite pra perder, vamos lá. 

    -Já disse, não estou interessado.

    -É uma pena, eu podia incluir nesse bolo algumas ações da minha Impresa. Já ouviu falar numa tal de Apple? Olha só, não é todo dia que você pode arrancar tudo de dois americanos idiotas e rir da cara deles enquanto te pegam uma bebida. - Disse Gil pedindo uma bebida bem forte para aquele cara. Isso tocou no ego dele e disse:

    -Tudo bem outro americano idiota, eu aceito a aposta.

    -Ótimo, Bob vai jogar no meu lugar.

    -Eu, mas por que eu? Bob perguntou.

    -Bom, o problema é seu. O resolva. "Eu resolvo meus problemas" lembra? Hora de virar homem e provar o que disse.

Bob acena com a cabeça e começa a jogar. Chamo Gil de canto e pergunto:

    -O que cê tá fazendo? Não acha que tá arriscando muito? Já perdemos cem mil quando devíamos só cinquenta, agora você dobrou a aposta, colocou em jogo um carro que nem é seu e desde quando tem ações da apple?

    -Olha, confia em mim. Seu irmão vai ganhar essa pra gente. 

    -Mas e se...

    -Shhhhi! Nada de "e se" ele vai ganhar. Tô apostando tudo nele. 

    -Por que tá fazendo tudo isso?

    -Bob é seu irmão e um amigo, e você é meu melhor amigo, praticamente meu irmão Gabb. Apostaria tudo que tenho em vocês, todo risco é válido pela família. 

Eu dei um abraço forte nele e disse:

    -Obrigado Gil, Obrigado!

Nesse momento Bob nos chama a atenção dizendo:

    -Pessoal, uma ajudinha aqui caíria bem.

  Voltamos as atenções para o jogo.

Como quem não quer nada, Gil visitou o outro lado da mesa tentando ver as cartas do russo, quando voltou estava pálido e parecia frustrado. Perguntei o que houve, ele engoliu  seco e disse que não era nada, mas o russo estava formando um full house e isso complicava para o nosso lado.
Ainda assim, Gil tinha uma esperança na nossa vitória. Cruzamos os dedos e torcemos para que um milagre acontecesse.

Bob vinha perdendo a maioria das apostas em que se metia, se perdesse agora, não surpreenderia ninguém. Mas se tivesse uma única mísera chance de ganhar, que o fizesse e fizesse logo. O tempo estava passando e o desespero estava começando a tomar conta de nós.

O Sol na minha janela Where stories live. Discover now