Capitulo 2: Verão - parte 5/final

28 10 102
                                    

Eles baixaram a cabeça, começaram a murmurar e a se combinar, levou uns quinze minutos com eles discutindo baixinho, quando finalmente eles anunciaram todos juntos.

-"Livin on a Prayer", Bon Jovi.

Gil pulou da mesa e gritou:

-Isso, eu ganhei. Vocês estão vendo? Eu ganhei! Chupe Essa seus otários, porque Gil C. Barker ganhou essa parada! Uma rodada de bebidas pra todos. - ele anunciou.

A garçonete ia passando e disse:

-É pra já, senhor.

Gil correu atrás dela para tentar desfazer o que tinha feito:

-Não, gracinha. O que eu falei foi só pra causar impacto, eu não vou pagar bebidas pra todos. Se quiser pode mandar uma água pra eles. Água é de graça, não é? Se quiserem beber, eles mesmos que paguem. Quero só mais uma rodada, para mim e pros meus amigos.

Não sei o que aconteceu, mas ele acabou tendo que pagar bebidas pra todos. Acho que a garçonete não retirou o pedido dele, o fazendo pagar a bebida de todos, como vingança por ele ter saído com ela e depois a dispensado. Um pequeno preço a pagar, para Gil.

Colocamos a música na Junkbox e começamos a cantar juntos, bem alto. Bebemos, rimos, nos divertimos e Michelly me tirou pra dançar. Colocamos mais uma vez pra tocar livin on a prayer, levantamos todos e começamos a dançar no meio do bar, eram momentos como aquele que me faziam sentir em família, me sentir em casa. Aquele bar era uma extensão da minha casa e aquele pessoal, eram minha família. Os amigos são a família que nós escolhemos, quando precisamos ouvir um monte, precisamos desabafar, tomar umas cervejas, chorar ou para nos divertir, eles estão lá.
Esse era o tipo de amigos que tinha feito ali, aquela não seria a única vez que faríamos aquilo, ainda ouviriamos muito Bon Jovi juntos, mas passando disso, é spoiler.

Aquela noite acabou tão perfeita como começou, fomos todos pra nossas casas. Mais uma vez, comigo acompanhando Michelly até a dela.
Deixei a bem na porta, ela me agradeceu pela companhia, rimos e eu fui pra casa.

Cheguei cansado, mas um cansaço acompanhado de um sentimento de alegria, girei a chave na porta, abri, entrei e joguei meu casaco em cima do sofá, fechei a porta e fui na cozinha pra pegar alguma coisa, estava muito contente e aquele sentimento foi subindo e se transformando em expiração para escrever.
Tinha pego um pote de manteiga de amendoim e geleia que passaria no pão pra comer, larguei o pote em cima da mesa e fui até o criado-mudo, minha mesinha de cabeceira, peguei outra vez a caderneta e uma caneta. Comecei a escrever algumas coisas do que tinham acontecido naquele dia, com a mudança de alguns pequenos detalhes; escrevi a ida ao dentista, a conversa de Gil com ela, a ida ao bar mais tarde, a indireta de Michelly, a música na Junkbox, a caminhada até em casa, aos poucos, parecia que uma história ia se formando na minha frente. Fiz uma pausa, preparei meu sanduíche e comi, tomei um copo de leite antes de dormir, escovei os dentes e voltei a escrever, escrevi até tarde e acabei adormecendo.

Quando acordei, já eram quase seis, levantei, corri pro banho, peguei minhas roupas as vesti, fui até a cozinha, esquentei o café e tomei com algumas torradas. Saí pela porta da frente, lembrando de checar se tinha fechado bem, antes de sair. Corri direto pra biblioteca.
Ao chegar, já tinha aberto a biblioteca, Oldris ainda não tinha voltado, mas estava prevista pra chegar ainda naquela manhã. Começamos então a varrer o chão, a tirar a poeira das estantes e reorganizar os livros, foi então que alguém entrou pela porta, quando nos demos conta, era Oldris. Perguntamos como tinha sido de viagem, se estava tudo resolvido, se ficaria ali conosco na biblioteca. Ela respobdeu que tinha sido uma semana cansativa, ela teve muito o que resolver, naquele momento, só queria ir pra casa e descansar. Mas me disse para estar na casa dela, junto com Michelly a noite, por volta das oito e meia. Ainda não sabia do que se tratava, mas confirmei que iria. Eu e Michelly continuamos trabalhando na biblioteca e Oldris se retirou, ficamos lá até terminarmos nossos serviços. Já era quase noite, fechamos a biblioteca, saímos e caminhamos até o Central Park, com Michelly dizendo:

O Sol na minha janela Where stories live. Discover now