Capítulo 8: Ganhar ou perder

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Haviam se passado algumas semanas desde a apresentação de Oldris no programa de TV. Naquela altura do campeonato, pessoas já a reconheciam na rua e até paravam para tirar fotos. Nossa querida amiga estava ficando famosa. Coisas boas estavam acontecendo, em contrapartida, coisas não tão boas estavam para acontecer.

  Estava em casa fazendo uma limpeza geral, Bob tinha saído e eu estava me virando só. Em uma dessas, encontro um envelope semiaberto endereçado para Bob. Geralmente não sou de espiar correspondecias alheias. Mas Bob andava estranho desde que tinha chegado na cidade e ainda enrolava para dizer o motivo ao qual tinha vindo me ver e o que de tão importante tinha pra falar.

Eu resolvi espiar só daquela vez e a carta dizia:

"Bob, você parece um cara legal, por isso mesmo vamos lhe dar o prazo de um mês para pagar nossa grana. Se até o final do mês não nos pagar o que nos deve, o próximo envelope que vai receber será um contendo as orelha do seu gato. Se preza pelo bem estar do animal e o seu próprio, pague logo a porcaria da grana. Assinado: D. Graham."

Eu fiquei confuso. Grana? Gato? Graham? O que era tudo aquilo? De que gato ele estava falando? Bob veio sozinho. E que grana era essa e quem era esse Graham? Bob nunca falou em nenhum Graham. Bom, era perguntas que só ele poderia responder.

  Ainda pensei em Gil, quem sabe o mesmo soubesse de algo que ainda não tinha chegado aos meus ouvidos. Ele e Bob tinham se tornado bons amigos, não seria nada anormal que meu irmão tivesse comentado algo com ele.

Liguei e logo fui atendido.

    -Já esperava a sua ligação querida. Esteja pronta, pego você as sete. - Ele disse.

    -Gil? Sou eu Gabb. Que foi isso? Com quem acha que estava falando?

    -Gabb! Eu sabia que era você. Ha ha, estava só te testando.

    -Aham, sei... preciso perguntar uma coisa a você.

    -Sou todo ouvidos.

Toc, Toc, Toc. Fazia a porta da frente.

    -Um instante. Tem alguém na porta da frente.

    -Sem Pressa.

Fui atender a porta e era Gil, ele diz ainda no telefone:

    -Então, qual era a pergunta?

    -O que está fazendo aqui e como chegou tão rápido?

    -Ah, eu tava no bar e resolvi dar uma passada por aqui pra ver como você estava.

    -No bar? Uma hora dessas? É hora de almoço Gil?

    -Nunca comeu no almoço um big Mac ao molho de tequila e duas cervejas?

    -Que almoço delicioso, eu imagino. - Disse num tom de sarcasmo.

    -Meu prato favorito. A unica parte dispensável é só o Hambúrguer mesmo. Mas qual é a pergunta?

    -Entre, vamos almoçar como pessoas nomais. Você deve estar com fome e conversaremos sobre o que tenho a perguntar.

    -Qual o cardápio, Mestre-cuca?

    -Curte Strogonoff?

    -Não tenho frescura. É de comer, eu caio de boca.

    -Otimo.

  Coloquei os pratos sobre a mesa e servi o almoço. Ele parecia com fome, não devia ter comido muito bem até aquele momento. Se sua última refeição foi o que havia descrito, então ele devia estar faminto. Esperei que terminasse o almoço e fiz a pergunta.

O Sol na minha janela Where stories live. Discover now