CAPÍTULO V - La sélection Ball

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O Rei Louis e sua mãe Elizabeth permaneciam sentados em seus respectivos tronos. Aquele, ao lado de seu filho, não era precisamente o trono de Elizabeth, mas Louis exigira a presença da mãe no seu antigo posto. Todos que adentravam o Salão dos espelhos admiravam-se com tamanha beleza, Artois com certeza estava acalorado com os elogios que ouvira. Os convidados chegavam e reverenciavam o Rei e sua mãe. As jovens escolhidas para a seleção eram encaminhadas pela única dama de honra de Elizabeth, Izabel, para um cômodo separado, no qual esperariam segundas ordens. John fora quase que de imediato recebê-las no local, também era um belo aposento, mas nada se comparava a verdadeira festa que acontecia no Salão ao lado. Natalie já se encontrava no meio das outras escolhidas, séria e de compostura fina, chamou a atenção de Artois no primeiro momento. Ele tinha quase certeza que Louis a escolheria, além de elegante era divinamente bonita, de dar inveja às outras garotas. As mesmas estavam mais excitadas, pareciam mais crianças do que, talvez, futuras damas de honra de Elizabeth.

Depois de servidas das mais deleitáveis bebidas da Corte, Louis galardoou as jovens com sua presença. Todas se curvaram perante o Soberano e aquela agitação fora substituída apenas pelas inquietas borboletas nos estômagos. O Rei também as cumprimentou a altura, assim como ele fazia com todas as moças. Estonteou-se com a beleza das jovens, mas assim como a expectativa de Artois, considerou Natalie a mais bela, e era imprescindível tê-la como Dama de honra de Elizabeth.

— Como se chama a loira à esquerda da ruiva? — cochichou Louis para John.

— Natalie Fontaine, Majesté! — Artois atrapalhou-se revirando os pergaminhos que segurava a procura da ficha de Natalie. — Tem dezoito anos, prendada, fora bem criada por sua mãe Francesca Fontaine, irmã do Inventor Jules Northin.

— O louco? — gargalhou baixo e Artois assentiu sorrindo.

— Fala cinco línguas, aprendera quando fora convidada a uma visita prolongada à casa da Marquesa de Béarn.

— Sim, sim. Eu a quero. Digo, a quero como Dame d' honneur de minha mãe. — justificou-se.

Artois sorriu e continuou passando as informações que Louis lhe pedia, enquanto isso do outro lado do Salão, o prestígio continuava. Sorrisos e cumprimentos alegravam o ambiente, damas e cavalheiros conversavam, e se conheciam. Não era diferente com as jovens Fontaine e Lefebvre. Izabele, Eloise e Cecili conversavam com mais três jovens, todos da Corte, filhos de nobres que rodeavam o Rei constantemente. Annelise, que não tinha tanta intimidade com as jovens, assim como a irmã, decidiu caminhar pelo Salão observando a decoração.

Era admiravelmente lindo. Os espelhos, assim como dito, continuavam a refletir as pinturas do teto, e aquilo era inovador para Anne. Sempre adorou história, mas aquelas pinturas lembraram-na das demasiadas aulas de Artes com a Senhora Margot. — Pinturas Renascentistas — pensou na hora. Sentia-se dentro de um de seus livros de história.

Por onde Annelise passava levava consigo olhares cobiçosos. Estava esplendorosa e nem a mesma havia reparado nisso. Com os poucos dias que estava nesse século, já havia se acostumado a usar vestidos longos e pesados, mal notara o quão elegante estava. Francesca caprichou em cada detalhe, não só no dela, mas no de todas, contudo a beleza de Anne destacava-se, assim como seu vestido verde escuro com pedras que imitavam verdadeiras esmeraldas. Jóias simples adornavam seu colo, orelhas e dedos. No entanto, a jovem não permitia nenhum tipo de aproximação, ao perceber que os homens faziam menção de achegar-se, apressava os passos. Preferia não se envolver com ninguém, a esperança de voltar ao seu tempo ainda estava de pé. Ou não.

Sua admiração pelas esculturas, pinturas, comidas e a prataria fora tão grande que mal percebera que já não estava mais no Salão. Encontrava-se no corredor principal, o mesmo parecia uma galeria. O Lustre de velas iluminava o teto, os quadros enfeitavam as paredes, suas molduras de ouro maciço brilhavam. Hesitante, continuou a visitação, não teve medo de que a encontrassem ali, já que estavam todos muito ocupados tanto na Sala de Seleção, quanto no Salão dos Espelhos. Num dos quadros, Annelise pode observar a imagem do Rei e sua Rainha, quando ainda estava viva. A expressão de Charlotte era de felicidade, os olhos brilhavam de amor, assim como os dele.

L'ÉPOQUE - O Relógio do Tempo (CONCLUÍDA)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang