CAPÍTULO XVII - L'amour X L'amour = Guerre

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Ah o amor! Doce como o sussurrar do vento, o farfalhar dos pássaros, o cheiro de uma nova manhã. Acordar ao lado de Pierre era uma poesia só.

Cecili era a única acordada. Pelo menos até passar os dedos pela face de seu esposo e acordá-lo também. Um branco sorriso se abriu em seu rosto. Viajariam para a Itália em duas horas.

O Duque deu-lhe um beijo rápido e foi tomar banho. Cecili levantou-se para arrumar as malas, enquanto ele tomava banho. Era só o excesso que bagunçaram na noite anterior.

Pierre terminou seu banho e Cecili pode vê-lo adentrar ao quarto apenas com uma toalha em sua cintura. Seu tórax estava molhado, e os músculos a mostra. Ele passou a mão pelos cabelos, balançando-os, molhando todo o chão. Cecili suspirou alto.

Mon Dieu! Sou a Ti, muito agradecida pelo esposo que tens me dado. — exclamou, olhando para o teto. Pierre gargalhou.

— Eu que agradeço a Ele por ter te confiado em minhas mãos... — aproximou-se a envolvendo pela cintura, descansando os lábios em seu pescoço. — Por ter me permitido tocar sua pele mais intensamente... — mordeu o lóbulo de sua orelha, e Cecili deixou escapar um leve "Ai". — E ouvir a tua voz, sentir sua respiração...

— Acho que... — suspirou — Podemos atrasar um pouco. — disse Cecili com um sorriso provocante.

— Hum... Acho que não haverá problema algum. — gargalhou.

Cecili foi pega de surpresa quando sentiu seus pés saírem do chão. Pierre a carregara em seu colo, até a cama. A lua de mel dos sonhos de qualquer mulher.

No mais tardar, seguiram viagem. O navio não era dos mais modernos, era só uma caravela de madeira boa. Cecili sentiu um pouco de medo, por causa da falta de estabilidade da mesma, mas não deixaria isso atrapalhar sua lua de mel.

Sentiu-se nauseada por diversas vezes, mas passava logo. Duraria pouco tempo, Itália não ficava muito longe da França.

•••

Com Henrique e Lady Eve na Corte, os almoços têm sido mais refinados e todos se sentavam a mesa.

— Ainda estou duvidosa em relação ao colar. — Elizabeth comentou passando um guardanapo branco nos lábios.

— Ora minha tia! Não creio que ainda duvides de mim. — indignou-se Eve, desconsolada.

— Não minha querida, as minhas dúvidas são a quem poderia ter cometido tamanha atrocidade. — Jogou um olhar torto para Annelise.

— Esqueçam isso! O colar já está em sua posse novamente, mãe. — vociferou Louis.

— Claro. — assentiu Elizabeth, mesmo não estando satisfeita. — Ah! Meu filho, eu quero que vá ao Centro hoje. Com Lady Eve.

— O quê? — o Rei se engasgou. Anne fuzilou-as com o olhar.

— Isso mesmo. O povo já espera a tua caminhada pelo comércio para a entrega de esmolas e sua benção. Como Lady Eve não conhece o Centro... Será perfeito!

— Não! — Exclamou Louis, sem pensar.

— Não? Que atitudes são essas Majestade? — a mãe do Rei o provocou.

— Deixe para lá! — jogou um olhar para Anne, como um pedido de desculpas. A jovem entendeu.

O roubo do colar havia dado errado e Anne precisava agir, pois a pedra ainda estava lhe incomodando. E num súbito pensamento teve uma ideia nada boa, mas que afastaria todos os seus problemas ou pelo menos Lady Eve.

L'ÉPOQUE - O Relógio do Tempo (CONCLUÍDA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora