CAPÍTULO VI - Parte 1 - Bienvenue demoiselles d' honneur

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Louis anunciara na noite anterior que no dia seguinte enviaria carruagens reais para buscar as sete damas em suas casas. Como na casa dos Fontaine's eram três jovens, enviaria duas carruagens, já que somente uma não caberia as damas e o mensageiro real.

Ao chegar da primeira, Francesca apressou-se em mandar a filha, queria que ao menos ali, ela tivesse privilégios. Natalie fora recebida por um dos mensageiros do Rei. Era um dos amigos de caça de Louis. Francesca e Osíris despediram-se de sua filha, as irmãs Fontaine também ficavam dando "tchauzinhos". A mãe chorou, emocionada com o destino da filha. Em seguida aparecera à segunda carruagem, assim como da primeira vez, um mensageiro desceu para buscá-las, ou melhor, o Duque de Lisieux, Pierre. Toda a família curvou-se admirada. Jamais imaginaram que fosse o Duque quem as buscaria.

Annelise e Cecili agradeceram à Francesca e Osíris pela estadia, e principalmente por guardarem segredo. A nobre Senhora não pode deixar de ser gentil com a jovem, e lhe deu um forte abraço. Era como se já estivesse acostumada com a presença das irmãs Lefebvre, e mesmo com tantas decepções já começava a considerá-las como filhas. Entretanto se fez forte, Natalie não poderia sentir-se traída dentro da própria casa. Izabele e Eloise também já haviam se acostumado com a presença das jovens, principalmente de Cecili, na qual fizeram uma boa amizade antes de descobrirem a verdade.

As duas adentraram a carruagem, logo depois fora Pierre. Annelise pôs-se a pensar em como seria a vida ali dentro, na Corte. Ela sabia que não era só atender Elizabeth. Houve um Baile de Seleção para escolher as mais belas, finas e prendadas da região. O Rei com certeza não via as jovens somente como damas de honra para sua mãe. Ela encarou Cecili, sabia o que as esperava no Palácio, mas preferiu esconder isso da irmã. No caminho, as jovens permaneceram mudas, e as bochechas de Cecili ficavam meramente enrubescidas com os olhares de Pierre. Um homem encantador, porém com má fama. Ele e o Rei Louis já desvirtuaram muitas donzelas por ali.

— Vós sois sempre tão quietas? — indagou Pierre com seu sorriso afável.

— Tememos falar algo que lhe desagrade, sua graça. — Anne tomou a frente antes que sua irmã proferisse abobrinhas.

— Digam-me ao menos seus nomes. — ele não tirava os olhos de Cecili, assim como da primeira vez que a vira. No instante que a viu entrar na Carruagem, ficou surpreso, mal acreditara que Louis havia escolhido-a para a Corte.

— Annelise e Cecili Lefebvre, sua graça. — respondeu Anne mais uma vez.

— Tua irmã és muda? Por que tu não a deixas falar um pouco, sempre é de bom grado ouvir a voz de tão bela moça. — olhou para Cecili com desejo. Fora um tanto bruto, mas sabia que aquilo agradava às mulheres.

— Não, ela não é muda, mas para ti prefiro que seja! Tu tens má fama, sua graça. Não quero que desonre minha irmã. — vociferou Anne, esquecendo-se completamente que falava com um Duque.

— Como ousa falar assim comigo, senhorita? Não tens medo que te jogue à fogueira?

— Não! — arriscou-se — Atrevi-me proferir tais palavras porquanto sei que tu nada podes fazer comigo sem a ordem de Vossa Majestade. No entanto, peço-te que me perdoe pela grosseria. — continuou um pouco arrependida. 

— E o que vos achais que vão fazer na Corte? Brincar de cabra-cega? Tenha certeza Lady Anne que servirás mais para brincadeiras de esconde-esconde. — sorriu após desprezível piada.

— Irei para a Corte servir a mãe de Vossa Majestade e se preciso, diverti-lo-ei. Contudo se achares que não tenho gracejos o suficiente para divertir o Rei sem levantar minhas saias estarás enganado. Provarei o contrário, e espero que deixe minha irmã imune de qualquer coisa que possa desonrá-la, sua graça.

— Decerto, mas se ela não resistir aos meus encantos e cair em meus braços, a culpa não será minha. — Cecili observava a conversa em silêncio e completamente envergonhada. Seu interesse pelo Duque estava estampado, mas Annelise não deixaria que a mesma demonstrasse, já que ainda tinham esperanças de voltar para o futuro.

— Tenho certeza que minha irmã não cairá em vossa armadilha, sua graça. — abaixou a cabeça em reverência e sorriu. Pierre, apesar de ter sido desrespeitado, simpatizou-se com Lady Anne. Não com desejo de possuí-la, mas como uma mulher de atitude. Admirou-se, principalmente, com o gesto de proteção sobre a irmã. Tão linda, por mais que nunca ouvira sua voz.

Concluíram o assunto e na contínua viagem o silêncio, novamente, permaneceu na carruagem. Surpreenderam-se, mais uma vez, ao chegar ao Palácio de Versalhes, era de beleza estonteante. Em 2020 ainda existia, mas visto por aquele século era muito mais gratificante. Dessa vez, conheceriam muito mais do que somente o Salão dos Espelhos e corredores que levavam ao mesmo.

Pierre as levou para Izabel, a Dama sempre fora de confiança para Elizabeth, e ficara encarregada de juntá-las numa sala que ficava acoplada com o quarto da ex Rainha. Os vários guardas ficavam postos em muitos lugares, sem se mexerem. Só parados. O cômodo era grande e bonito, a parede estava coberta por detalhes de ouro, assim como os móveis de madeira. Ali já se encontravam mais três Damas, Natalie, Joane e Alicie. Os nomes foram ditos pelas mesmas assim que se cumprimentaram. Por fim chegaram mais duas, Margareth e Catarine, as últimas, formando o total de sete. Izabel encarava-as com desdenho, sentia-se a mais privilegiada por estar na Corte há mais tempo, mas nada que incomodasse as jovens ali presentes.

Por fim, Elizabeth apresentou-se para as suas mais novas Damas de honra. Fora gentil, mas cogente para não haver demasiadas liberdades.

Bienvenue demoiselles d' honneur! — cumprimentou-as com entusiasmo. — Primeiramente quero alertá-las sobre algumas coisas. Os cavalheiros da Corte costumam ser... Galanteadores. Por mais que estejam casados, nenhuma de vós tem obrigação de ceder aos seus caprichos, a não ser é claro por Vossa Majestade, meu filho. Então desde já, as aconselho a não cair em quaisquer braços, sem querer. Entendido?

Oui Madame! — proferiram em uníssono.

— Foram escolhidas para me servir. Almejo vê-las ao meu serviço quando eu precisar, sem perca de tempo. Poderão participar das festas e jantares da Corte, não excedendo limites. As demais coisas vós aprenderão com Lady Izabel, que já está há bastante tempo comigo e familiarizada com as tarefas que devem ser feitas. — Izabel estufou o peito orgulhosa. — Aos poucos aprenderão como ser verdadeiras Damas de Honra. Mesmo que não seja de uma atual Rainha. — Sem mais uma palavra, Elizabeth retirou-se da Sala, todas as jovens a reverenciaram.

Izabel passou várias regras básicas, o que deviam ou não fazer, entre outros detalhes. Uma dama de honra, ou de companhia como é chamado em vários lugares, tem de estar sempre disponível quando a Rainha, ou Nobre, necessitar. Elizabeth não dava muito trabalho, sempre tratava suas Damas de acordo com o merecimento.

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Oi oi genteee!!! Preciso nem dizer que sou apaixonada pelo Duque né? haha Ta aí mais um post quentinho

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Oi oi genteee!!! Preciso nem dizer que sou apaixonada pelo Duque né? haha Ta aí mais um post quentinho. Como será a jornada das irmãs Lefebvre na Corte? Tô sentindo cheiro de romance no ar. Vamos aguardar. Não esquece de me ajudar e deixar seu votinho aí em baixo. Beijos  

L'ÉPOQUE - O Relógio do Tempo (CONCLUÍDA)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt