Me Pertence

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- Freya? Amiga? - escuto alguém me chamar e lentamente vou abrindo os meus olhos, dando de cara com Walburga.

- Oi, bom dia - me levanto do chão frio dizendo.

- Você...passou a noite aqui? Você chorou amiga? Minha nossa - sem me dar tempo para responder ela me abraça, e então caio no choro de novo.

- E-eu...- tento falar entre soluços.

- Shii, não precisa falar nada... ele quebrou tudo lá no salão comunal...vocês devem ter brigado feio - Wal fala acariciando meus cabelo - Abraxas que o encontrou, ele me disse que nunca o viu agir assim...como um animal -
Wal se afasta de mim e fala de forma serena - vai tomar um banho, que eu te arrumo hoje.

- Você não está brava comigo,Wal? - pergunto ainda soluçando.

- Não amiga, quando brigo com Òrion, muitos vasos são quebrados - ela responde risonha - vocês se acertam rapidinho.

Quando Walburga fecha porta me deixando sozinha respondo:

- Não Wal, não vamos.

Tiro minha camisola e ligando o chuveiro tomo um banho quente, para aquecer meu corpo e relaxar meus músculos tensionados.

Saio do banho e coloco meu costumeiro uniforme, indo de encontro a Walburga e Mafalda, que nada disse, apenas ficou quieta e ajudou Wal, a me arrumar.

Descemos até o salão comunal e percebendo que tudo já está tudo normal olho para Mafalda confusa.

- Abraxas arrumou tudo rapidinho, não se preocupe - ela fala ao me puxar para a saída.

Respiro fundo quando estamos chegando ao salão principal, não quero o ver agora. Eu o amo tanto, que se eu o ver é capaz de pedir desculpas e me jogar em cima dele.

- Meninas,vou me sentar aqui no final da mesa - falo tremendo.

- Não senhora, vai sentar com a gente - elas me puxam para o centro da grande mesa, onde sei que todos meus amigos e Ele está.

- Bom dia princesa linda do meu coração - Evan fala sorrindo para mim.

- Bom dia Eve e meus amores - falo suave enquanto sento do lado de Abraxas, o que deixa todos em choque, já que desde o primeiro ano eu sempre sento ao lado de Tom.

- É-é você dormiu bem? - Abraxas pergunta nervoso ao abraçar minha cintura, e já consigo sentir o olhar de Tom me queimando, mas não posso o olhar, eu me renderia totalmente.

- S-sim, Aby...muito bem- respondo abaixando a cabeça.

Sinto alguém se levantar da mesa e sair em direção a porta, tenho certeza de quem é, e que este está indo para a biblioteca.

- Muito bem...o que está acontecendo com vocês? Riddle está insuportável, digo de verdade, ele é chato com vocês normais, mas tá insuportável agora...vocês nunca brigaram...- Irma fala me encarando seriamente.

- N-nós não estamos passando por uma fase muito boa no nosso relacionamento, Irma... decidi me afastar temporariamente - respondo comendo meu bolinho de abóbora com chocolate, ao mesmo tempo que os meninos e Walburga trocam olhares comprometedores e estremecem levemente, como se a informação os fize-se mal. Estranho, muito estranho.

- Minha nossa... acredito que Riddle não deve ter aceitado essa sua decisão, afinal vocês são inseparáveis... parecem até um casal - Walburga fala me encarando como se soubesse de algo.

- Hm...ele...hm vai ter que aceitar, de qualquer forma, não é como se eu fosse ceder mais - falo me levantando e ao sair do salão vou direto para onde será minha primeira aula do dia : aritmância.

Uma grande porcaria, já que apenas eu e Tom fazemos essa matéria.
Adentro a sala e me sento no único lugar vago da sala, o meu lugar.

Sei que Tom está me olhando e também tentando usar Legilimência em mim, mas graças aos meus estudos avançados das férias com o mesmo, faço uma barreira mental, que o arranca um suspiro cansado dele.

A aula começa normal, com a professora explicando intensamente o seu conteúdo denso e massante.

Sinto os dedos de Tom acariciarem uma mecha do meu cabelo, e eu como a gatinha tolinha que sou, me aproximo mais do seu toque suave e gentil.

- Minha Freya - Tom sussurra em meu ouvido, dando em seguida um beijo discreto em minha bochecha.

A minha sorte é que sentamos nas últimas mesas da sala, então ninguém vê o que fazemos.

- Para Tom - falo respirando com dificuldade, quando ele pega minha cintura firmemente e me coloca em seu colo, como se eu fosse uma boneca.

- Não faz assim Freya, eu vou ficar louco sem você - ele fala ao passar seu nariz em meu pescoço, me dando arrepios costumeiros.

Meu Merlin, isso é muito arriscado, se a professora nos ver assim, estamos ferrados, ela vai entender tudo errado...ou talvez tudo certo, já que realmente é o que parece.

Não parece ser dois irmãos normais, ah não mesmo. Olha o meu plano saindo pela culatra.

- Tom...- falo sem fôlego quando o mesmo deixa uma trilha de beijos molhados em meu pescoço até minha bochecha - pare com isso, estamos no meio de uma aula - falo recobrando minha sanidade mental, que simplesmente se esvai quando estou com Tom me tocando, dessa forma tão íntima.

- Você não quer que eu pare Freya, sei que não, você ama quando eu a toco e eu adoro te ter entregue - o mesmo sussurra descendo sua mão até debaixo da minha saia, onde em seguida, afasta minha calcinha já encharcada de vontade, enfiando dois dedos em minha buceta, num vai e vem gostoso.

Meu Merlin, isso é tão errado, mas é tão bom. Deito meu corpo sobre o seu, abrindo mais minhas pernas para ele, que apenas me dá mais um beijo na minha bochecha, continuando seu vai e vem de forma mais rápida, que sem pensar nas consequências solto um gritinho de prazer quando gozo deliciosamente em sua mão.

- Está tudo bem aí atrás? - grita a professora, quando saio rapidamente de seu colo voltando a minha cadeira, atraindo todos os olhares da sala para nós dois.

- Sim professora, eu pisei no pé de Freya acidentalmente ...me desculpe o incômodo- Tom fala sereno com aquele jeito de que eu sei que convenceu a todos.

Só agora olho para nós e percebo que eu estou totalmente desarrumada, como se um terremoto tivesse passado em mim e Tom que ainda tem um líquido viscoso e branco na sua mão que está embaixo da mesa.

A professora balança a cabeça em concordância e volta-se para o quadro, junto a todos os alunos corvinais que não desviam mais o olhar para nós.

Tom percebendo que ninguém mais está olhando, põe seus dedos com meu gozo em sua boca e o chupa com uma cara de quem provou o néctar dos deuses.

- Você é deliciosa, Freya... Sua boceta é gulosa e gostosa - ele sussura com um sorriso ladino.

- I-isso não vai se repetir, Tom - falo mais vermelha que um tomate.

- Se é o que você pensa, tá bom - ele responde dando de ombros.

- Não fale assim comigo, pare de me tentar, eu já disse que nós não podemos ficar juntos, porque sempre acaba nisso e isso não é certo, isso é incesto - eu sussurro nervosa para ele.

Tom fica me encarando por um tempo e fala suspirando:

- Eu chamaria de demonstração de carinho entre duas pessoas que se pertencem.

Fico estupefata com o que acabo de ouvir e falo:

- Nós não nos pertencemos Tom, eu quero casar, ter filhos, ser amada e ser poderosa... a metade disso não posso ter com você. Ele me encara intensamente e fala:

- Você me pertence Freya, e se é isso que quer podemos ter, sem problemas.

A Paixão ProibidaWhere stories live. Discover now