Súplica Sonserina

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Fico em estado de choque por breves momentos e falo nervosa:

- Você não sabe o que está falando...você nunca quis uma família, e mesmo se tivesse não poderia ser comigo, não faça isso comigo...eu quero dividir minha vida com alguém, quero ter bebês com o rosto do meu futuro marido, quero ter um ótimo emprego que eu conquistarei com o meu suor e eu quero morrer ao lado do meu futuro marido. Você já me disse que não quer isso Tom, deixou bem claro para todos na verdade, que te interessa apenas o poder e a glória, você abandonaria toda sua ambição, para ser um pai, um marido, um bruxo normal e ainda enfrentar o preconceito de praticar incesto?- o pergunto e ele nada diz, apenas me fita parecendo estar em um conflito interno em busca de uma resposta - você nem seria feliz Tom...mesmo se aceita-se, não seria feliz eu te amo demais para te privar da sua própria felicidade, você sabe que sempre vai ser o amor da minha vida, mas nós não temos futuro juntos...precisa me deixar ir, Tom - suspiro derrotada com lágrimas silenciosas escorrendo pelos meus olhos, enquanto viro meu rosto para a janela, não deixando que ele me veja assim.

A aula acaba e eu sem pensar duas vezes saio correndo pelo corredor, tudo nesse castelo tirava o meu ar, todas nossas lembranças, tudo me doía.

Me sento perto de uma árvore afastada do castelo e me permito chorar novamente, eu o amava tanto, mas tudo não ia ao nosso favor, nossas escolhas, nossos destinos, nossa condição.

Eu terei que ser forte por nós, eu terei que esquece-lo, isso foi apenas os hormônios, não foi um amor de homem e mulher.

Me levanto decidida a apagar todos os momentos de sentimentos diferentes que vivemos, não vou mais cometer os mesmo erros.

Sigo para o castelo e me direciono para minha aula de poções.

[...]

Cinco meses, fazem cinco meses que não falo mais com o meu Tommy.

As coisas estão estranhas em Hogwarts, na noite do dia em que nos separamos, uma aluna lufana foi encontrada petrificada no corredor de seu dormitório, com marcas estranhas e cortes por todo o corpo. E então outros dois ao longo de dois meses, foram cinco até agora.

Os alunos nascidos trouxas estão com medo já que todos os que foram petrificados eram nascidos trouxas lufanos e corvinos.

Boatos de que um grupo sonserino comandam os ataques assombrava a todos, e meus amigos estão cada dia mais estranhos, se afastaram de mim, quando estão pertos de Tom eles praticamente nem respiram perto de mim, nem mesmo Mafalda e Walburga falam comigo. Eles andam em bando, sempre com olhares nervosos, perdidos ou vazios.

Boatos correm pela Sonserina que Tom está ficando com algumas garotas de nossa casa e da Corvinal, me machuca duramente, o gosto de minhas escolhas ficam amargas em minha boca. Só de imagina-lo com outras garotas, meu coração se aperta e a tristeza me consome.

Nada está como antes, tudo mudou, todos meus amigos me abandonaram, estou sozinha nessa.

Me encontro preparando minha Poção do Morto-Vivo, sozinha como sempre até que subitamente escuto passos se aproximando e uma mão tocar meu ombro.

- Senhorita Riddle? - uma voz rouca e grossa me chama.

Me viro para o mesmo e dou de cara com um menino muito belo, moreno de sorriso galanteador e alto, bem alto.

- Sim, senhor... - fico incerta de seu nome mas ao olhar ao redor percebo que todos da Sonserina estão prendendo o ar aparentemente nervosos.

- Bagnold, Lorcan Bagnold - ele fala sorrindo ao se sentar ao meu lado.
Asinto com a cabeça, já me lembrando de quem ele era, o outro monitor-chefe e capitão do time corvino de quadribol. Tom não gostava dele.

A Paixão ProibidaWhere stories live. Discover now