Reunião

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Caminhamos de mãos dadas até a sala precisa, onde adentramos a mesma rapidamente para não ser-mos pegos pelo zelador.

Me sinto estranha em relação a isso, sei que não é certo eu estar com Tom, em muitos sentidos, mas eu não posso deixa-lo, eu o amo demais para imaginar um mundo sem ter Tom ao meu lado, eu faria tudo por ele e sei que é recíproco.

- Boa noite, caros amigos - Tom os saúda polidamente, e sei que ele assumiu o seu papel de líder, não posso agir como um donzela em perigo ou uma bobinha, tenho que ser quem ele precisa que eu seja, sua lady imponente.

- Boa noite, milorde - todos o reverenciam, como se ele fosse uma divindade....chega a ser bizarro.

- Sentem-se, caros amigos - Tom proferi me levando consigo até as duas únicas cadeiras vagas e sei qual é o meu lugar.

Me sento do lado de Órion Black e de frente a Abraxas Malfoy, que aparentava ter brigado fisicamente nos últimos dias, parecia que sua força vital havia sido sugada de seu corpo, claro que o olhei preocupada e ele simplesmente não dirigia o olhar para mim, como se me olhar o machuca-se, não entendi...mesmo após nosso namoro, nós continuamos muito amigos e confidentes.

Por mais que estejamos brigados, eu me preocupava com cada um deles, até com Canopus, que hoje para minha surpresa não se encontrava aqui, eu sei que ele fazia parte disso tudo, sempre foi um dos mais próximos de Tom, mas não estar aqui era muito estranho.

- Hoje é um dia muito especial meus amigos, minha lady, finalmente tomou seu posto ao meu lado, o lugar que sempre lhe pertenceu - Tom me olha orgulhoso, como se finalmente ele conquista-se algo importante - Vocês sabem o quanto Freya é importante para o seu lorde, e gostaria que vocês soubessem de primeira mão - Tom surpreendendo a todos e até a mim, dá um breve selar em meus lábios. Um grito de espanto é contido por alguém, alguns nos olham chocados, já Walburga sorri como se já espera-se por tal coisa e Abraxas apenas abaixa a cabeça - Freya Ìsis Riddle é a minha mulher e a sua lady, vocês devem a proteger com suas vidas e respeita-la, caso contrário sofrerão da minha ira - escuto um murmúrio irritado de alguém e Tom se volta para a pessoa com uma face assassina, sorrindo e com os olhos completamente vermelhos.

- Senhor Avery, percebo que quer compartilhar dos seus pensamentos para com todos nós - Tom se levanta de sua cadeira, que mais parecia um trono e se direciona até Avery o rondando, como se fosse uma cobra pronta para dar o bote em sua vítima, esperando apenas ela dar a brecha necessária.

- N-não m-milorde - o loiro o responde medrosamente, é, eu também teria muito medo, Avery.

- ah Avery, uma pena...mas eu estou deveras curioso, para aceitar um não como resposta... IMPERIUS - Tom dita fazendo com que Avery instantaneamente ganha-se uma coloração opaca e cinzenta em suas íris e sua aura parece pesar sobre o mesmo - o que você tem a me dizer, Avery? - todos parecem prender a respiração em nervosismo.

- A relação de vocês me enoja, é repugnante e doentia assim como você Riddle... Freya merece mais do que o irmão doente dela...eu seria melhor para ela - ele termina sua frase e saí do transe.

Um grito de horror saí da minha boca sem que eu pude-se ter chance de conte-lo, Tom me encara por breves segundos e em seguida se volta para Avery.

- Você magoou sua lady, com suas palavras rudes, Avery... e você sabe bem o que eu faço com quem a magoa - um segundo foi necessário para que um Avery em pé e medroso estivesse caído no chão se contorcendo sobre o efeito de um Crucio não verbal poderoso de Tom.

Aperto o braço da cadeira tentando me manter calma e com o semblante tranquilo, os gritos de Avery entravam pelos meus ouvidos e ecoavam em minha mente.

Passados dois minutos apenas, Avery parece desmaiar de dor, batendo sua cabeça no chão com um baque surdo, Tom se senta novamente em seu lugar.

Não consigo o olhar, ainda não consigo o olhar.

- Espero que todos tenham entendido...agora vamos aos nossos assuntos importantes - todos assentem acovardados e Abraxas se põe a falar o que penso ser uma espécie de relatório diário.

Mas meus olhos e minha mente não conseguiam focar em nada, apenas no sangue de Avery em meus sapatos, seus olhos transpareciam a morte interior, parecia que meus pulmões não estavam conseguindo dar conta do recado e meu desespero começou a tomar conta de meu ser, sinto o brilho violeta surgir em meus olhos.

Eu vou explodir, eu sei que vou explodir... eu sinto que não aguentarei por muito tempo.

Minhas mãos começam a soar, minha cabeça rodar, vejo pequenas faíscas violetas imperceptivelmente saírem da ponta de meu dedo.

Levanto meu olhar para Abraxas e percebo ele se assustar, atraindo o olhar de Tom para mim, nossos olhares se encontram e vejo rapidamente um brilho espavorido passar em seus olhos.

Merda, eu preciso respirar...eu preciso, está me sufocando.
- está ótimo por hoje...saíam todos, agora. - Tom fala me olhando atento.
Todos saíram sem nem pestanejar, levando um Avery desacordado junto e quando me dou por mim, Tom está em minha frente, abaixado com as suas mãos em meu rosto.

- Freya, amor, respire...não guarde pra você, respire, por favor...estou implorando - no momento em que sinto novamente o sangue de Avery molhar minha sapatilha, eu respiro fundo, sinto e vejo todos os móveis da sala precisa explodirem, em seguida, voando ao nosso redor, dando tempo de Tom apenas fazer um Protego Nerus sobre nossos corpos e ele deitar sobre mim.

Depois de segundos em completo silêncio, Tom me solta com leveza e se levanta para ver o estrago na sala, mas seus olhos fincam em um lugar específico, fazendo-me levantar e alcançar seu olhar para a sua cadeira/ trono que estava em chamas se destroçando.

- Tom...eu...me desculpe eu perdi - ele me cala com um beijo ardente, me leva para mais perto de seu corpo, minhas mãos vão para o seu cabelo perfeito enquanto ele me puxa para seu colo, continuando nosso beijo que ao parar-mos completamente ofegantes, sentia que isso não iria ficar apenas em beijos.

[...]

Fizemos amor, forte e selvagem, inúmeras vezes, em meio aos destroços de meu surto.

Algo tão surreal para mim, ele sabia como levar aos céus em menos de um toque.

Agora estamos deitados nus no chão frio,mas com o corpo em brasa, enrolados um no outro, apenas escutando a respiração um do outro e aproveitando o silêncio prazeroso que se instalou no cômodo, depois de nossos inúmeros gemidos, declarações e momentos de prazer.

- Eu o amo, milorde - falo olhando em seus olhos verdes opacos que poucas vezes ganham um brilho bonito, como agora.

- Eu a amo, milady - responde ao beijar minha testa afetuosamente e acariciar meu rosto, até que eu feche meus olhos, saindo de minha realidade e indo ao breu de meus sonhos.

A Paixão ProibidaWhere stories live. Discover now