Meu Maior Tesouro

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- Quando ela vai acordar, Madame Pomfrey? - uma voz rouca soa em meus ouvidos, quando volto aos meus sentidos.

- Sai de cima da menina, senhor Potter...ela vai acordar, quando ela acordar, fim de papo - Madame Pomfrey resmunga aparentemente o tirando de perto de mim.

Abro meus olhos lentamente tentando me acostumar com a luz do recinto e percebo que estou rodeada de pessoas me encarando.

- Por acaso, eu morri e estão fazendo meu velório? - pergunto irritada, me sentando da cama.

- Como assim? - Minerva questiona aparentando estar confusa.

- Pra ter tanta gente em minha volta e me olhando como se eu fosse um defunto sendo velado - respondo me levantando da cama e colocando meu sapato.

- Mas aonde a senhorita pensa que vai? acabou de acordar - Madame Pomfrey para em minha frente ao me ver levantar e ir andando até a porta da enfermaria.

- Pra fora daqui, estou recuperada como pode ver - aponto para meu corpo e me viro novamente para a saída daquele lugar, já estou bem, por que tenho que ficar aqui?

- Minha nossa, o soco deve ter sido realmente forte - ouço alguém dizer, mas não me dignifico a responder tal afirmação contraditória a minha atitude atual, afinal, estou ótima.

Quando estava quase chegando no salão sob o olhar atento de todos os presentes nos corredores, ouço algo intrigante ecoando com um feitiço de disperção de som:

- SENHORITA FREYA ÌSIS RIDDLE, RETORNE A ENFERMARIA, URGENTEMENTE.

Olho para mim atentamente e percebo que estou normal, nada diferente. Estou com o uniforme e...ah sim, o meu olho roxo, que lindo dona Freya, isso que dá ser "um amor de pessoa", ah se eu ver Canopus Lestrange hoje, ah mas eu corto ele em pedacinhos e mando pro Tom Riddle.

Continuo caminhando tranquila, até a entrada do salão comunal, onde me sento na Sonserina, sob o olhar dos presentes sobre mim.

- F-Freya- escuto a voz de Walburga soar em meus ouvidos, me chamando.

- Que? - pergunto sem tirar os olhos da minha comida, já sei o que está por vir e não posso ser boazinha.

- Eu queria te dizer que eu sinto muito, por tudo isso, eu amo você como minha melhor amiga...e mesmo que tenha tomado - ela para ao pensar em o que dizer - decisões, que não lhe agrada, eu peço desculpas por deixar você sozinha, desculpas por não falar de Mafalda, desculpas por ser uma péssima melhor amiga quando você mais precisava de um apoio - ela soluça com um provável choro iminente.

- Walburga - tento soar o mais amigável possível, porque realmente hoje o dia foi devastador - eu te desculpo, mas, você escolheu meu irmão, escolheu seguir ele, escolheu se afastar, escolheu omitir o que vocês estavam fazendo...eu não sou boba, Walburga...se meu irmão te mandar me matar, sei que me mataria, então, você nunca me amou como amiga...sabe por que Walburga? - pergunto serena para a morena que me encarava chorando - porque mesmo agora, no meu ápice da raiva, se eu fosse obrigada a te matar, eu nunca faria, porque eu honraria a quem eu amo até o meu último suspiro de vida - coloco minha mão em seu rosto em seguida voltando ao meu prato.

Escuto Walburga se levantar saindo do salão principal soluçando, levanto meu olhar e vejo que todos meus amigos sonserinos se encontram me olhando com certo pesar.

- Isso serve pra todos vocês - falo convicta encerrando o assunto, sentindo uma forte dor em minha cabeça.

- Freya, - vejo Tom Riddle em pé ao meu lado, me encarando do jeito em que sei que ele provavelmente está por um fio, para não desabar.

A Paixão ProibidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora