Natal (pt.1)

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- Freya pare de correr assim- escuto Charlus me gritar da escada.

Faz um mês que eu e Tom estamos firmes em nossa relação, e esse final de semana terá o feriado de Natal, e eu estou mais que animada para passar-mos juntos, mas dessa vez como dois namorados, quero dizer, acho que somos namorados, pois ele não me pediu nada até agora e muito menos comentou sobre o assunto.

Neste momento estou correndo desesperadamente com Charlus pois ambos dormimos demais e perdemos o horário do café e o começo da aula de Runas Antigas, eu detesto essa aula, mas faço mesmo assim.

- Com licença, professora... - falo ao abrir a porta- nos desculpe o atraso - fico vermelha de vergonha, afinal todos os presentes se viraram para nos observar.

- Que não se repita senhorita Riddle e senhor Potter - ela nos repreende brandamente - agora sentem-se - ela aponta para as únicas mesas vazias.
Nos sentamos em silêncio, mas posso sentir o olhar penetrante de Tom sobre nós, que se dane, realmente dormi pra caramba e estou maravilhosa e radiante.

A aula se segue sem emoção até que Charlus faz uma breve brincadeira em relação a como somos atrapalhados e ao soltar um riso descontraído para ele, a pena de Charlus simplesmente vira cinzas.

Esse na verdade vem sendo um problema e tanto em meu novo relacionamento com Tom... o seu ciúmes.

Tento me controlar e fingir que está tudo bem, com o olhar estranho de Charlus para sua antiga pena.

Tenho que falar com Tom, de hoje não passa, pode ter certeza...

A aula se seguiu normal, até que temos que nos retirar para a próxima e me despeço rapidamente de Charlus avisando que vou almoçar com eles hoje.

Tom e eu vamos até uma sala vazia, adentrando a mesma, sorrateiros como as verdadeiras cobras que somos.

- Como vai a dama mais bela de toda o mundo bruxo? - Tom rodeia minha cintura com seus fortes braços.

- Tom...temos que conversar - tento soar séria, mesmo que minha maior vontade seja de nos jogar em um armário de vassouras para dar uns amassos calorosos.

- O que foi, meu amor? - ele dá leves selares em minha boca, não deixando brexas para falas.

- Me deixe falar - me afasto de seus lábios espertos- pare de ser tão ciumento, Tom, o que fez hoje com Charlus, não foi nada legal.

Seus olhos escurecem e suas mãos apertam minha cintura.

- Eu não sou ciumento, eu vejo como a maioria dos alunos e professores te olham, eles querem você, amor - fico surpresa com a sua insegurança, afinal Tom sempre foi uma das pessoas mais confiantes que eu já conheci.

- Tom, não importa, eu só quero você, eu amo você e apenas você - seguro seu rosto o trazendo para perto do meu rosto- eu tenho amigos homens, e eles sempre serão apenas meus amigos, Tom.

- Não gosto de outros te tocando...- beija meus lábios com suavidade.

- Mas nenhum me toca como você, Tom - coloco sua mão por baixo da minha saia.

- Não faz assim, Freya - põe minha calcinha para o lado, passando seus dedos levemente sobre minha intimidade - sabe que eu não me controlo com você vestindo esse seu uniforme apertado.

- Hm Tommy, só um pouquinho...- toco por cima da calça seu membro já desperto.

- Amor eu...- Tom não consegue completar sua fala pois a porta da sala é aberta por Abraxas e ele simplesmente parece ter visto um fantasma, porque se ele já era branco, assim que seu olhar caiu sobre nós ele perdeu toda a cor.

Tom tira sua mão de mim rápido e com um olhar reprovador se dirige a Abraxas:

- O que é, Malfoy?

- M-Milorde e...milady, Rosier está com problemas com bem...aquele assunto - Abraxas se enrosca todo em sua fala, mostrando seu nervosismo.

- É melhor ele resolver logo, Malfoy...será melhor do que eu resolver por ele - Seu sorriso macabro, dá uma advertência silenciosa para ele, que eu tenho certeza que foi bem compreendida.

Acontece que muita coisa mudou nesse mês que passamos juntos, eu estou aceitando melhor o que vai ser minha vida futura.

Sei que é errado, mas Tom é o amor da minha vida, pode queimar o mundo todo mas eu o quero queimando comigo.

- Tudo bem milorde - ele acena com a cabeça.

- Saía Malfoy - manda olhando Abraxas nos observar incerto.

Ele saí da sala, nos deixando sozinhos novamente.

Me sento na mesa do professor, abro minhas pernas e olhando nos olhos de Tom, o chamo com o dedo.

- venha para mim, milorde - dito quando ele já se encontrava perto de mim, enquanto eu o puxava pela gravata verde e prata, para o grudar em meu corpo sedento.

[...]

- FELIZ NATAL, TOM - grito ao adentrar seu quarto feliz.

Era Natal, nosso primeiro Natal juntos como casal, eu estava animada e muito contente, nada poderia estragar esse momento.

- feliz Natal, amor - ele abre os braços para eu ir até ele.

Corro até seus braços e me jogo sobre ele, que por pouco não caímos no chão.

- Estou tão feliz, Tommy - beijo seus labios com carinho.

- Estou vendo, milady - ele sorri discreto para mim.

- Tenho um presente para você - falo totalmente animada.

Eu demorei semanas para achar algo que ele se interessa-se, mas acho que isso foi o mais perto que consegui chegar de algo significativo para ele, foi tão baratinho, mas sei que coisas da Sonserina o fascina...

Conjuro o embrulho pequeno e simples, sob o olhar atento do mesmo.

- Eu também tenho um presente para você, amor - Tom se levanta indo até sua escrivaninha, pegando uma caixinha menor que a minha.

- Hm... quem dará o seu primeiro? - questiono divertida.

- Você que escolhe, milady - ele sorri voltando até mim.

- Você sabe que eu sou curiosa, Tom...seria terrível sua lady morrer de curiosidade - afirmo o olhando com carinha de cachorrinho perdido e colocando a mão sobre minha testa em um claro ato de dramatização.
Ele solta um riso gostoso, daqueles que apenas eu tenho a prioridade de escutar, seu riso verdadeiro e impulsivo, lindo, ele ficava tão lindo sendo ele mesmo.

- Eu não deixaria tal crueldade ocorrer com a minha lady, nunca - ele se ajoelha em minha frente e eu simplesmente não entendo, ele vai me pedir em namoro... ou não? - Freya Ìsis Riddle, você é o amor da minha vida, a luz nas minhas trevas, eu quero passar a eternidade ao seu lado - ele abre a caixinha brilhante mostrando dois anéis de prata e um com uma pedrinha verde em forma de coração, muito lindas...mas eu não estava preparada para o que viria a seguir - Você aceita se casar comigo, e se tornar a senhora Riddle por toda a eternidade?

A Paixão ProibidaWhere stories live. Discover now