Suficiente

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- Claro, senhores - respondo vendo a cara nada boa de Tom, agora não meu amor, por favor, não exploda agora...

- Certo, sigam-me - o diretor Dippet saí com o professor Dumbledore em nossa frente.

Seguimos os dois até a sala do diretor, onde ele nos pede para sentar nas cadeiras e assim fazemos.

- Vocês...- Dumbledore começa a fala andando em círculos - vocês tem noção do quanto isso é nojento? - joga a bomba em cima de nós, os olhos de Tom ganham uma leve coloração avermelhada, entrelaço nossas mãos para tentar o passar conforto e segurança - isso não pode durar, Tom - se volta para o meu homem enquanto o diretor se mantinha quieto nos olhando - você tem um futuro...brilhante, pela frente, não precisa dela, não dessa forma...seja racional, meu caro - o encara seriamente e se voltando para mim com um olhar desdenhoso.

- Está enganado professor Dumbledore - Tom o olha totalmente furioso - eu preciso da minha mulher, como preciso de ar para os meus pulmões...e nós dois juntos teremos um futuro brilhante, não existe um Eu sem Ela - sinto um calor em meu coração, ah como o amo, o encaro apaixonada do qual ele aperta minha mão como um claro sinal de entendimento.

- Isso...isso é um absurdo, você está sendo um tolo Tom, tantas garotas pelo mundo a fora, ela é sua irmã gêmea, não entende o quanto isso é horrendo? - ele para na frente de meu Tom, com seu olho direito piscando em um tique nervoso, que nunca havia presenciado em ninguém.

- Na verdade, eu entendo senhor, mas não me importo, eu a amo, e não aceito que desdenhe dessa forma da minha noiva - Tom eleva sua voz para o homem que recua brevemente, isso foi muito estranho.

- O que faremos, Dippet? - se volta para o diretor - não podemos expulsar o nosso melhor aluno, mas a garota não é importante, podemos transferi-la ou apenas expulsar - Uma lágrima solitária escorre de meu olho, e me viro não querendo que Tom me olhe assim, tão fraca e humilhada.

- Dumbledore - o diretor chama a atenção do mesmo que se volta para ele - Você é um grande amigo e ótimo conselheiro, mas quem toma as decisões por aqui sou eu...você está perdendo a razão falando desse jeito -ele adverte o homem que o olha com sangue nos olhos.

Tom se levanta, pega em meu rosto me olhando sério, limpa minha lágrima e seus olhos se voltam para os dois homens que encaravam nossa interação.

- Entendo que você seja meu professor Alvo Dumbledore, mas não aceito que você menospreze a minha Freya, não mesmo... - seu tom de voz era grave e autoritária, eu me encolhi em minha cadeira, isso ia dar muita merda.

- Vocês não vão ser expulsos por amarem a pessoa errada - O diretor nos encara sério - mas, eu proibo qualquer interação romântica dos dois em público, vocês vão se manter longes um do outro...não quero que esse caso de vocês tragam para Hogwarts uma imagem ruim, se querem se relacionar, se relacionem fora daqui - ele dá o seu veredito final nos mandando sair, enquanto Dumbledore discutia com o mesmo sobre uma possível expulsão para mim.

Saímos juntos da sala e ficamos apenas respirando fundo e meu choro silencioso, nossas mãos se procuram no vazio entre nós e entrelaçamos nossos dedos.

- Eu te amo - falamos ao mesmo tempo, ficando de frente um para o outro e encosto minha cabeça no peito de Tom, o meu lindo e forte Tom.

- Não chore, minha Freya, vamos dar um jeito - ele fala ao acariciar meus fios verdes teimosos que caíam pelo meu rosto.

- T-Tom, eu não quero ficar sem você, sem tocar você, sem ficar ao seu lado - falo ao ficar na ponta dos pés para encostar nossas testas.

- Eu nunca irei te abandonar, Freya, não é uma promessa - pega em meu rosto com carinho - é uma certeza, eu vou até o inferno para te fazer minha - sela nossos lábios com carinho e toda dor que sentimos - eu te amo mais do que a mim mesmo - beija a minha fronte.

- Eu posso dormir com você hoje? - pergunto baixinho.

- Hoje e para todo o sempre - me abraça forte, e eu correspondo colocando minha cabeça em seu coração, tão acelerado, tão meu.

Vamos andando até o quarto de Tom, tiramos nossas roupas e dormimos nus, enlaçados um no outro, fazendo juras de amor, beijos sem malícia e carinhos inocentes.

Caio no sono assim que seus braços me abraçam com mais força, me esquentando com o seu calor,deixando os sonhos me mostrarem algo lindo para essa noite.

[...]

Acordo de madrugada ao escutar alguns ruídos baixos ecoarem do banheiro de Tom, vendo que ele não estava na cama, curiosa, me levanto devagar sem fazer barulhos, abro lentamente a porta que estava destrancada e encontro o meu Tom, o meu lindo e forte Tom sentado no chão com os olhos vermelhos e lágrimas grossas saindo de seus olhos, ele estava tão frágil, tão indefeso... o que estão causando ao meu homem, isso não pode ficar assim.

- Amor, está tudo bem, vamos ficar bem, você é o amor da minha vida, vamos ficar juntos - me ajoelho em sua frente abraçando seu corpo.

- Não, todos querem te tirar de mim, Freya, por que eu não posso ter a única coisa que eu amo, a única coisa me mantém são? - suas lágrimas molham meu ombro - eu não posso ser feliz, Freya? Eu não tenho o direito de ser feliz com você? - me aperta com força e ficamos nessa posição - tudo em mim ama tudo em você, por que isso não é suficiente para as pessoas nos deixarem em paz ? - me questiona baixinho ao me olhar no fundo dos meus olhos.

A Paixão ProibidaWhere stories live. Discover now