Novas criaturas

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Galerinha vamos votar e comentar, estou no aguardo da opinião de todos vocês...


A jornada era longa e o príncipe seguia em seu cavalo de maneira estratégica, assim como tinha planejado com seu pai, porém, não era fácil percorrer uma distância tão grande sozinho, seus pensamentos testavam sua sanidade a todo momento, as imagens de seu treinamento nesses últimos anos, ele se perguntava como ele conseguira realizar tantas proezas fora do normal. No mesmo instante já passava a imagem do lobo correndo em sua direção e de repente se tornava no homem que ele havia conversado em um sonho. Afinal o que aquele homem queria dizer? O que era real? Qual seria o recado? Era muita coisa e seus pensamentos o levava para bem longe e depois de passar alguns dias caminhando sem nenhum tipo de civilização, ele sentiu que a atmosfera do caminho que estava percorrendo havia mudado. Sentia que o ambiente se tornara místico. Estava na aldeia que Hermes dissera, precisava encontrar o portal de entrada.

Foi ao esbarrar em uma pequena árvore que ele percebeu um feixe de luz vermelha percorrer o espaço. Era ali, aquele lugar era a entrada da aldeia escondida. Ele disse os encantamentos ensinado pelo mago, pronto, uma entrada para um pequeno vilarejo estava materializada em sua frente, ele pegou seu cavalo e entrou.

O local era simples, parecia uma vila de camponeses que sobreviviam totalmente da agricultura e dos animais que criavam. Erick caminhava pelas poucas ruas do vilarejo, que era enfeitada com um segmento de casas simples, trabalhadas artesanalmente, lembravam muito a cabana de Hermes em seu reino. As pessoas o encaravam o tempo todo, com olhares nada amigáveis, ele seguiu em frente. Precisava de um lugar para dormir, por mais simples que fosse aquele vilarejo, seria melhor ficar por ali do que dormir mais uma noite ao relento de uma floresta.

O príncipe passou de frente algumas barracas que pareciam ser o ponto de comercio do vilarejo. Alguns animais abatidos podiam ser vistos sobrepostos na mesa de uma daquelas tendas, enquanto outra era composta por diversos tipos de grãos. Neste trecho as vozes eram barulhentas, a barganha era típica de um mercado comum. Ele seguiu no sentido em que o fluxo de pessoas era maior, na esperança de encontrar uma taverna para poder beber e conseguir informações. Logo mais à frente, quando terminava a fileira de bancadas do mercado foi justamente o que ele encontrou. Uma casa artesanal, aparentemente com dois andares, uma porta grande de madeira com portais entalhados a punho. Ele conhecia muito bem essa robustez de construção, eram idênticas a da casa de seu mago.

Ele entrou dentro do local e caminhou devagar até o balcão. Reparando disfarçadamente em todo o local. Existiam mesas de madeira em forma circulares espalhadas por todo o salão. Estavam praticamente todas lotadas, as pessoas conversavam fervorosamente, pausando a conversa frívola ao perceberem a entrada do príncipe desconhecido no local.

Ele tentou analisar as figuras que se encontravam ali disfarçadamente. O que ele enxergara na última mesa ao canto direito, realmente o fez tremer e suar frio. Ele não quis encarar, mas era nítida a figura de um orc. Isso mesmo, uma figura mitológica a muito tempo extinta, ela estava bem ali, enorme, com a forma humana, porém, dez vezes mais musculosa e cerca de um metro maior que a altura de um humano comum.

- O que você deseja forasteiro? – Falou o taverneiro assim que Erick encostou no balcão.

- Gostaria de um lugar que pudesse passar a noite, e beber um pouco também. Faz muitos dias que venho dormindo em meio a florestas.

- Acho melhor você pegar seu cavalo e dar meia volta. Aqui não é um vilarejo muito receptivo. Nem mesmo sei como você conseguiu encontrar esse lugar.

A maldição do discípuloWhere stories live. Discover now