Terra santa

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Haviam se passado muitos dias até a chegada de Erick em Jerusalém. Em Amorites ele passou despercebido o mais rápido possível. Tinha uma micção importante a realizar, não queria distrações. Já ia fazer quase um ano que ele deixara o castelo, queria voltar o quanto antes para seu reino e para sua amada.

O impacto cultural era significante, o príncipe estava surpreso com o tipo de vestimenta que as pessoas usavam naquele reino. Uma terra seca, aparentemente judiada pelo tempo. As pessoas estavam eufóricas, comentavam sobre o suposto salvador do mundo que estava vivendo ali. Muitos aparentavam ter fé, enquanto outros torciam a cara fazendo sinal de desgosto do assunto comentado a todo momento. Erick procurou um lugar para poder beber e possivelmente dormir também, essa jornada além de ser mais longa do que o esperado, estava sendo muito cansativa.

O local estava cheio de pessoas, um soldado bem no estilo romano bebia no balcão, o príncipe aproximou-se e pediu uma bebida. Erick já não se incomodava mais com todos o encarando seriamente quando ele entrava nos locais, nem mesmo o soldado a seu lado, analisando seu perfil de cima a baixo, o incomodava mais. O problema aconteceu quando ele esticou seu braço para poder pegar o copo, esbarrando no soldado que parecia estar embriagado.

- Hey! Forasteiro! Não está me enxergando? – Erick teve a certeza da embriaguez do soldado, pois ao tentar se levantar ele cambaleou.

- Desculpe, foi sem querer.

- Sem querer vai ser o que eu vou fazer com você. – As pessoas começaram a deixar o local rapidamente, estavam prevendo a confusão.

O soldado colocou o elmo que estava no balcão em sua cabeça e desembainhou sua espada. Estava chamando o príncipe para um confronto. Ercik olhou em volta e percebeu que todas as pessoas haviam se retirado, somente um homem a fundo permaneceu sentado, imóvel.

- Aposto que você é mais um desses estrangeiros que vem até aqui bajular aquele homem que dizem ser santo. – O soldado comentou desgostoso. – Estou de saco cheio de vocês aparecendo por aqui.

Assim que o terminou de pronunciar suas palavras, seu corpo foi arremessado para longe. Caiu sobre o balcão, praticamente desmaiado. O príncipe olhou direto na direção da pessoa que estava sentada, ela tinha uma de suas mãos erguidas. Erick sabia que foi o desconhecido que arremessou o soldado usando magia.

- Não fique me encarando. – Comentou a figura misteriosa. – Vamos sair daqui antes que outros soldados apareçam. Amanhã ele vai achar que tudo foi efeito do vinho.

- Claro, vamos sair daqui.

A figura desconhecida foi quem saiu primeiro, tendo o príncipe como seu seguidor. Ele percorria os diversos becos existentes entre as construções daquele lugar, parecia totalmente familiarizado com o local.

- Quem é você. – Erick perguntou enquanto caminhavam.

- Me chamo Samael. Fique tranquilo, pode confiar em mim.

- Depois de ter me ajudado, acredito que sim.

- Mas eu não te ajudei, ajudei o soldado. – Ele parou na saída do beco que estavam percorrendo. – Você poderia derrota-lo facilmente, mas como ficou relutante, fiz aquilo para poupar a vida do soldado e de seus colegas que chegariam para ajudá-lo.

- Eu não iria matar ninguém. – As palavras do príncipe saíram sinceras.

- Você não tem noção do caos que está essa cidade. Eles acabariam te obrigando a chegar a uma tragédia, mesmo que fosse para salvar sua própria vida. Estes soldados estão reprimindo as palavras de salvação do filho do deus vivo.

- Você o conhece? – Erick se empolgou por um instante.

- Conheço, por isso mesmo devemos tomar o maior cuidado.

- Não entendo como uma pessoa que veio salvar o mundo pode ser ameaçadora.

- Ele não, mas os poderosos que vão contra o que ele prega são. Vamos! Do outro lado tem um lugar que poderemos beber e dormir, já estamos longe o suficiente daquela confusão.

Eles atravessaram uma praça e entravam no que poderia ser comparado a uma taverna do reino do príncipe. Pediram um vinho para relaxar e poder conversar mais à vontade, já deixando dois quartos reservados para passarem a noite.

- Como você conhece o salvador Samael?

- Estou aqui desde muito tempo, desde o seu nascimento, fui enviado para protege-lo.

- Enviado por quem? Você tem ótimos poderes.

- Não importa quem me enviou. Quanto aos poderes, nada que você não possa fazer. Percebi uma energia mística emanando de você desde que entrou naquela sala.

- Tenho minhas qualidades. – O príncipe estava confuso sobre aquela situação.

- Não se preocupe, não vou te interrogar. Não quero também que me interrogue. Vou te levar para ver o salvador amanhã logo pela manhã, talvez ele possa te ajudar.

- Acho difícil, mas depois de tudo o que vi nesse lugar, acho que tenho que conhece-lo.

- Amanhã você irá conhece-lo.

Os dois beberam sem muitas perguntas um para o outro, trocavam informações apenas do lugar e do salvador. Quando acharam que era o suficiente, foram dormir.

A maldição do discípuloWhere stories live. Discover now