Um outro meio de entrar no castelo

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Galerinha vamos votar e comentar, eu fico no aguardo...


A cabeça de Kéfera ainda estava nas mãos do príncipe quando ele acordou do que desejava que fosse um pesadelo. As lágrimas começaram a escorrer por sua face. Ele caiu em um choro desesperador. Como poderia ter feito aquilo com sua melhor amiga. Que tipo de monstro aquele anjo teria o transformado. Sua roupa estava manchada com sangue do seu reino.

Um ataque de fúria tomou conta do constante sofrimento pela garota, Erick saiu em direção ao castelo. Estava disposto a matar todos que encontrasse, com exceção de sua mãe e da sua noiva. Andou poucos metros e deparou com alguns soldados de nazir. Eles eram quatro, que o cercaram imediatamente.

- Quem é você? – Perguntou um dos soldados.

- Atualmente eu não sei. – Erick estava furioso.

- Vamos garoto. Responda! Ou o levaremos preso nesse mesmo instante.

- Vocês já ouviram falar do príncipe Erick? – Um sorriso sarcástico surgiu em seus lábios.

Todos os soldados empunharam suas armas imediatamente. O nome do príncipe pareceu despertar um estado de alerta e defesa nos soldados que o cercavam.

- Claro! E para o seu bem, espero que você não seja ele. Se for, irá morrer neste exato momento.

- Não se preocupe, não sou. – Seus olhos estavam mudando, os soldados perceberam. – Sou o que resta da alma dele, e para te falar a verdade, não resta muita coisa.

Ele partiu ao ataque. Tingiu um dos soldados com um soco, seu braço atravessou a armadura, perfurando o metal. Seu punho saiu cortando a carne e quebrando os ossos, o príncipe pode sentir cada estralo dos ossos partindo e da carne humana sendo rompida. Seu golpe atravessou o corpo do soldado. Ele parou atônito desacreditando no poder que continha seu corpo nesse momento.

Esse momento de vacilo, foi o suficiente para que um dos soldados o atingisse com sua espada. Fez um corte profundo no ombro do príncipe que estava exposto rente ao peito do soldado em que cravara sua mão. Provavelmente a tentativa do soldado era a de arrancar o braço do príncipe que se encontrava no corpo do amigo.

Os olhos estavam vermelhos, com as veias de suas orbitas pulsantes. Pulsantes a ponto de serem expostas quase sobre a pele. Esse era o ódio que Erick sentia, despertando a maldição que o transformava em uma criatura sanguinária e terrível. Ele virou-se para os soldados que o encararam atônitos, como se encarassem um monstro.

Erick não deu oportunidade de reação a seus inimigos. Quebrou o pescoço dos três soldados restantes em uma velocidade que ele mesmo duvidava em determinado momento.

Quando um soldado ouvia o gemido soldo pelo companheiro quando tinha o pescoço quebrado e se virara para olhar, o príncipe já estava atrás dele segurando seu pescoço, torcendo, quebrando sem nenhum vestígio de piedade. Não foi apenas eliminar os soldados, essa experiência mostrou outra coisa a Erick. Ele não era imortal. A ferida em seu ombro era profunda, ele teve que se alimentar do sangue de um dos soldados para a dor passar.

Não seria tão simples entrar no castelo, mesmo com esse poder ele poderia ser morto. Recolheu os corpos para não deixar pistas, e foi para a antiga cabana de seu mago. Esperaria anoitecer, usaria a passagem que era uma rota de fuga escondida para entrar no castelo silenciosamente, sem chamar a atenção.

A ansiedade era gigantesca, a noite mal caiu e Erick ficava rodeando em círculos dentro da cana do mago. Escolhera entrar mais tarde no castelo, um horário em que provavelmente todos estivessem dormindo. A madrugada chegou, junto com ela a lembrança de sua amiga morta por suas mãos. O que parecia ser o espirito da garota o guiava pelos tuneis, ele a seguia em prantos. Aquilo só poderia ser uma peça de sua mente, seu remorso por não conseguir se controlar e cometer tamanha fatalidade.

Ela não o guiou para os aposentos que deveriam ser o de seus pais, o conduziu até onde seria seu antigo quarto. Assim que abriu a pequena passagem que ficava escondida na parede, ele saiu de frente a uma pequena janela, dela dava para ver a torre principal onde seus pais dormiam. A torre estava pela metade, estava em construção. Estava explicado o motivo de ter sido conduzido até ali.

O quarto estava totalmente diferente, sua decoração estava colorida. Existia uma cama gigantesca no centro do aposento. Algumas mobílias postas desordenadamente aos arredores do cômodo. A rainha dormia um sono tranquilo, mas não seria por muito tempo. O rei não se encontrava nos aposentos. O príncipe se aproximou sorrateiramente da cama, observando a tranquilidade em que Elba dormia, sem nenhum peso na consciência.

Enquanto deixava sua esposa descansar tranquilamente, Nazir estava no andar debaixo, abusando de uma das empregadas. Acompanhado por seu guarda pessoal, o sobrevivente da batalha em que dominaram o reino. Ele estava com as calças abaixadas, penetrando a pobre empregada sobre uma mesa na cozinha. Uma garota que deveria ter no máximo seus 15 anos, provavelmente a filha de uma das cozinheiras reais que sempre moraram no castelo. Em quartos preparados próximo a cozinha.

A garota bem que tentou gritar, mas ele lhe acertou um soco que a fez sangrar pelo nariz, calando e paralisando qualquer reação da garota diante daquele estrupo. O guarda, apenas assistia da porta, sem esboçar reação alguma. Assistia a violência prazerosamente. Quando terminou de abusar da garota, o rei ordenou que ela saísse de sua presença, que fosse para seu dormitório e que ninguém ficasse sabendo do acontecido. Se ela comunicasse qualquer um que fosse, enforcaria ela e sua família diante de todo reino. Uma promessa que já fora cumprida várias vezes, sacrificando tantas outras garotas do reino.

Ela saiu calada, passando pelo guarda de cabeça baixa, com suas vergonhas ainda a mostra. Sangue escorria por suas pernas. Nazir se recompôs e escolheu algo de seu agrado para comer, mastigando fervorosamente na cozinha, enquanto sua rainha dormia, desprotegida.

Erick pulou sobre a rainha, segurando seus braços e imobilizando seu corpo. Tudo o que ela podia fazer era gritar. Foi exatamente o que ela fez, após acordar assustada vendo o príncipe sobre ela, com um olhar furioso e vingativo. Nesse instante ele se lembrou das palavras de Metatron. Quando ele disse que havia tentado transformar vários humanos que não resistiram a maldição. O príncipe mordeu seu pescoço, assim como o anjo tinha feito com ele. Depois depositou um pouco de seu sangue nos lábios da rainha, quebrando seu pescoço logo em seguida. Escondeu-se no escuro, junto a uma mobília, até o rei chegar para presenciarem juntos o que aconteceria com a rainha.

Alguns instantes se passaram até que Nazir entrou no quarto acompanhado por seu guarda. O rei correu até a cama, segurando a rainha em seus braços tentando acorda-la. O soldado assistia escorado na porta, como sempre fazia. Após alguns tapas e alguns gritos do rei, Elba acordou um pouco assutada.

- O que foi com você? Por que gritou?

- Erick estava me segurando. Queria me matar.

- Você sonhou, só pode. – Nazir falava com segurança. – Esse garoto morreu a muito tempo, estava condenado desde o dia que partiu.

- Pareceu tão real para mim, meu rei. Seus olhos estavam famintos por vingança.

- Calma querida, foi apenas um pesadelo.

Ao fechar a boca, a rainha começou a tremer.

- Elba! O que é isso?

- Não sei, meu corpo está queimando. Queimando por dentro, por favor me salve.

A rainha começou a se debater mais forte, estava difícil segura-la. Sangue começou a escorrer por seus olhos, posteriormente por sua boca. O rei pôde ver que as presas de seus dentes estavam para fora, sobrepostas sobre o lábio inferior. Ela levantou em um salto, segurando o rei pelo pescoço com apenas uma de suas mãos.

- Sua criatura imunda. Você merece morrer.

- Querida, não!

O sangue espirrou na face do rei, que estava chocado. Seu guarda real havia cortado a cabeça de sua esposa, os dois caíram no chão e ele olhava o corpo de sua esposa sem cabeça.

- Seu idiota! Não precisava matá-la.

Antes que o soldado respondesse, ouviu-se a voz do príncipe no quarto.

A maldição do discípuloDonde viven las historias. Descúbrelo ahora