Chapter Eight

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Do you know who you are?

Eu apenas queria dizer que essa história tem um desenvolvimento meio inconstante, muitas provocações e troca de farpas. Principalmente porque num processo de aceitação, a pessoa no geral, ainda tenta mudar quem ela é na frente dos outros. Mas como eu disse, é um processo e vai com o tempo. Cada um tem o seu, certo?

Boa leitura!

.x.

Louis estava uma bagunça desde que tivera a chance de admitir a si mesmo, em voz alta, o que o incomodava por dentro. O sufoco foi terrível, e o aperto no peito só cresceu por conta das lágrimas que não paravam de cair. Seus pés deixaram a festa mais depressa do que qualquer outro pensamento que comandasse sua cabeça, ignorando qualquer chamado de Niall ou Harry, a cada passo que dava para fora dali. Estava cego e assustado com a ideia de que talvez Styles pudesse usar aquilo contra si.

Naquela noite, Louis chegou no quarto de hotel sozinho e desolado, depois de pegar o primeiro táxi estacionado em frente à rua. Ele se permitiu chorar durante a madrugada inteira, sem saber o que deveria fazer exatamente quanto a sua descoberta mais recente. E quando o dia seguinte chegou, seus olhos estavam inchados e as bolsas abaixo deles se encontravam fundas. Niall não o procurou depois disso, mas ele sabia que o amigo estava apenas querendo estabelecer um tempo até que estivesse bem o bastante para conversar sobre o ocorrido, então apreciava o espaço.

As maiores preocupações de Louis, por fim, estendiam-se numa grande lista que se resumia em torno de seu trabalho e do que iriam pensar. As piadinhas que viriam, o desapontamento de sua família e todo o orgulho que teria que jogar no lixo se quisesse aceitar a própria felicidade. Se iriam se afastar, ou não, era um mistério que ele temia. Não queria que tivessem vergonha de sua presença e muito menos que fosse excluído das ocasiões, nem mesmo que prejudicasse tudo o que tinha conquistado até então.

As incontáveis horas acordado serviram para que refletisse na trajetória de sua vida. De repente, perceberá de que não se tratava de um comportamento novo. O momento para pensar o levou até a infância, onde na maior parte do tempo se permitia ser quem era, sem medo ou qualquer receio de que alguém fosse o julgar pelo o que estava fazendo e como estava agindo. Na época era novo demais para reparar, mas lembrava-se de como admirava artistas homens na televisão enquanto sua mãe assistia os programas, até mesmo de como pesquisava em seu próprio computador, durante a adolescência, para ver como seria dois homens juntos.

Com o tempo a ideia foi se tornando distante. Conforme o garoto crescia e entrava na puberdade, passava a enxergar a atitude como algo 'anormal', graças aos colegas de classe e posteriormente, aos parceiros de time que sempre tinham piadas na ponta da língua a respeito daquele assunto. Louis aprendeu, mesmo que não vindo de sua mãe ou qualquer outro membro de sua família, de que teria que se manter nesse ponto para que não o vissem diferente. Até porque, logo depois os contratos surgiram e o discernimento entre a sabedoria e as obrigações, se tornaram cada vez mais distantes.

Louis estava absorto no meio da confortável cama king, se permitindo ficar em silêncio durante horas e horas desde que tinha aberto os olhos, até que uma batida na porta lhe chamou a atenção. Era sábado, mas o sol estava prestes a se por de novo, fazendo-o perder a noção de tempo. Havia deixado seu celular acabar a bateria por culpa da bagunça que ocupava sua mente, e como consequência, se desconectou de qualquer contato externo a fim de pensar. Ele demorou alguns segundos antes de se colocar de pé e de vestir-se adequadamente para atender, colocando apenas um moletom quentinho, que julgava ser grande o bastante para cobrir seu corpo até a metade da coxa.

Rival Lovers ✖ l.sWhere stories live. Discover now