Rival Lovers ✖ l.s

Chapter Twenty One

A fanfic tem um happyending, não se preocupem! Louis acabou de se descobrir, está confuso sobre muitas coisas e com medo. É normal, geralmente as pessoas levam um tempo para aceitarem a própria sexualidade, ainda mais sob um relacionamento abusivo (dele com o Connor). Como eu disse há alguns capítulos atrás: cada um tem seu próprio tempo.

Aguentem firme! Mamãe ama vocês!

.x.

O apito soou logo após o hino nacional da Inglaterra, cada jogador posicionando-se em seu devido lugar por todo o gramado, até que fosse liberada a partida pelo juiz responsável. Os torcedores estavam imparáveis nas arquibancadas, com gritos de apoio, as caras pintadas e bandeiras sob o ar, que iam de um lado ao outro. Uma alegria que qualquer um poderia sentir na pele só de ver, e portanto Louis não podia culpa-las por qualquer merda que estivesse acontecendo em sua vida. Nem mesmo uma pequena parcela, porque a culpa só deveria pender sobre uma única pessoa: ele mesmo. Por se permitir, por se calar, por não ter coragem o bastante de se opor.

Aquela final era um mistério. Especialmente porque Harry estava sendo sua distração, mesmo antes de tudo se iniciar. Ele respondia pelos olhares, mesmo magoado e sem dizer nada. Louis soube que naquele momento que seu desempenho iria para o ralo por todos os noventa minutos. O arrependimento pesando na balança ainda mais do que a própria obrigação sobre a taça da vitória. Seu coração partia-se só por cogitar a ideia de que não poderia toca-lo de novo, era dilacerante pensar que não poderia beija-lo e ter o prazer de ouvi-lo recitar palavras sujas em seu ouvido mais uma vez.

Diante de todas aquelas pessoas e sob o holofote das câmeras espalhadas por todo o estádio, Louis estava parado como um morto-vivo, tão perdido em sua própria desilusão amorosa, que sequer percebeu quando o juiz autorizou o início do jogo. Fora tarde quando reparou a bola passar ao seu lado e cair no escanteio, rápido demais para que pudesse impedir. Os gritos indignados de seus colegas e o xingamento do técnico vieram todos juntos, até mesmo Harry o assistiu meio boquiaberto, sem entender.

Tomlinson engoliu goela abaixo sua morbidez e voltou a se mexer, tomando seu lugar no jogo e ajeitando a órbita desregulada.

Foram quarenta e cinco minutos com mais dois de acréscimo, dando o sangue para que conseguisse prestar atenção na bola e não em seu rival no time contrário. O tempo inteiro se obrigando a fazer o que antes mais costumava amar. Assim que o juiz apitou o intervalo e liberou a saída dos jogadores em campo, Louis sentiu o coração disparar enquanto dispersava-se de todo tipo de atenção externa possível. Principalmente de Lenny, que parecia prestes a pausar o jogo apenas para enforca-lo.

Sem pensar com muita clareza, o garoto usou de sua habilidade restante para correr aos vestiários, determinado a usar de seu pouco tempo para tentar resolver o seu problema. Entre um meio fio, escondido por trás de uma parede que separava os clubes, Louis se curvou afim de alcançar a movimentação do time rival. Ele só precisava da atenção de um deles afinal. Mas quando ergueu o pescoço para tentar fisgar algo, seu corpo deu um solavanco para trás de repente. O coração tão agitado e descompassado por conta do susto, que quase havia caído duro só para disfarçar a falta de senso. Felizmente era Harry, ou não, porque seu cenho franzido e a expressão claramente com raiva não soavam muito reconfortantes.

– O que está fazendo? Virou espião agora? É sua forma de fazer o seu time ganhar o jogo? – Styles disparou as perguntas de uma vez só, sem hesitar, soltando o braço do garoto.

– O que? Não! – Louis ficou indignado, até um pouco triste pela desconfiança a respeito de sua índole. Ele sabia que Harry estava chateado, mas dizer que estava fazendo aquilo para se beneficiar quanto ao jogo soava até ofensivo.– Eu estava procurando por você!