14. your right is wrong... but love never leaves a heart where it found it

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— Não acredito que nós estamos fazendo isso.

— Nós não teríamos que fazer isso se você não fosse um idiota, Remi.

A repreensão de Leo fez Remi revirar os olhos antes de se jogar no sofá para esperar o tempo passar, cruzando os braços como uma criança mimada que tinha sido impedida de jogar videogame o dia todo. Leo ia de uma lado para o outro entre a cozinha e a sala de estar, atendendo pacientemente todo chamado de Nate, que tinha um avental de estampa de cupcakes amarrado no corpo.

— Você está parecendo a minha mãe — Remi murmurou baixinho, mas alto o suficiente para que Leo escutasse, exatamente como um adolescente faria após brigar com os pais.

— Talvez porque você esteja merecendo esse tipo de tratamento — Nate entrou na discussão, falando mais alto pela distância que estava do sofá, com um sorriso estampado em seus lábios. Adorava provocar Remi daquela forma. — Cara, essa é a coisa mais deliciosa que fiz pra vocês. Juro.

Nate tirava uma torta de frango do forno com muito cuidado e uma luva com a mesma estampa que o avental, sorrindo como um bobo ao apreciar seu feito. Leo parou para admirá-la junto ao amigo, encantado pelos corações de massa que ele tinha colocado em cima da torta para decorá-la, graças as forminhas que Hawkins trouxera depois de um dia inteiro procurando por elas em Silvermount.

— Tudo o que você cozinha é delicioso, Nate, mas não tenho dúvidas que isso aqui está fenomenal.

Remi, a contragosto, virou a cabeça para tentar enxergar dentro da cozinha, sentindo seu estômago se remexer com o cheiro que saia do cômodo.

Não era mentira que eles nunca tinham provado nada ruim feito por Nate Duncan. Até seus experimentos eram gostosos e neste momento não estavam falando como dois jogadores enormes e famintos de hóquei que precisavam de três mil calorias diárias e traçariam qualquer coisa que fosse colocado em sua frente depois de uma dia pesado.

Nate realmente tinha talento para a coisa e sabiam que teriam um jantar dos deuses toda vez que o via entrar na cozinha, pedindo ajuda de um deles — geralmente Leo, já que Remi era absolutamente inútil até para cortar uma cebola —, e designando a louça para o outro — Remi, porque isso ele conseguia fazer.

Mas naquela quarta-feira nublada, havia um lugar a mais posto na mesa que, milagrosamente, tinha um arranjo de flores belíssimas como enfeite.

Cortesia de Remi Vince.

(Na verdade, o cartão passado tinha sido o de Remi. A ideia tinha sido de Leo).

Porque Leo Hawkins precisava que tudo se saísse perfeito naquele dia. O jantar, o pedido de desculpas, o cartão...

— Leo está fazendo isso porque gosta dela.

Remi interrompeu seus pensamentos com a típica voz de birra.

Hawkins não tinha irmãos, mas apostaria seus patins novos que aquele era um card que pré-adolescentes usam para constranger os irmãos mais novos quando eles estão brigando.

É, se encaixava. Remi era como seu irmão e certamente ainda estava atravessando a puberdade, com todos os hormônios, os argumentos ruins e a cabeça vazia.

— Eu estou fazendo isso porque você foi um otário — Leo apontou diretamente para o amigo enquanto falava, arqueando as sobrancelhas. — E quando seu amigo é um otário, você deve repreendê-lo e não fingir que está tudo bem.

Mais um ponto para Nina Houston. A alemã estaria orgulhosa em ver que Leo estava realmente aprendendo algo com ela. Além de microeconomia intermediária, óbvio, já que suas aulas iam muito bem, obrigado.

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