18. i'm so into you i can barely breathe

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(pra quem gosta, recomendo muito ler esse capítulo escutando essa música!!!!)


A frequência máxima cardíaca — o número máximo de batimentos cardíacos que ocorre no espaço de 1 minuto durante algum esforço — pode ser estimada por uma conta simples. Duzentos e vinte menos a idade, apesar do teste de esforço em laboratórios com eletrodos e esteiras serem mais eficazes.

Leo só sabia disso porque Nina tinha casualmente comentado uma vez enquanto eles treinavam, em um dos seus comentários completamente aleatórios que o faziam se questionar — em silêncio, óbvio — porque ela guardava aquelas informações.

Parou no meio da calçada, já lotada de pessoas fantasiadas, para colocar a mão no próprio peito só para confirmar que estava tudo bem com seu coração. Nunca fora um problema antes, mas agora sentia que o seu órgão pulsador de sangue estava a um ponto de estourar sua caixa torácica. Nem estava bebendo álcool — ou energético — para ter um álibi para esse feito. Teria que aceitar, por bem ou por mal, que o motivo era outro.

Não puderam comemorar por muito tempo na OAK. Depois de gritarem como dois bobos no meio do campus inteiro e se abraçarem como se tivessem acabado de conquistar uma medalha de ouro em um esporte olímpico — e Nina brigar com Leo por quase ser responsável por um ataque cardíaco seu —, ela teve que ir para a casa da Kappa Gamma para se arrumar e ajudar na decoração da festa da Delta Phi.

Leo seguiu para sua própria casa após dar mais uma carona para a alemã, sem conseguir parar de sorrir. Tinha dado certo. Ele podia finalmente dizer que Econ121 era só mais uma sigla de uma matéria que tinha deixado para trás.

Tomou o banho mais demorado da sua vida e demorou muito tempo para escolher a roupa que usaria naquela noite. Ignorou todos os pedidos e ameaças incessantes de Nina que chegavam no seu celular recordando-o que ele deveria estar fantasiado. Optou por uma camisa escura clássica e seu jeans claros, gastando um pouco mais de tempo do que deveria arrumando seus cabelos ainda molhados e mais borrifadas de perfume do que o usual.

Digitou um rápido 'estou aqui, onde vc está?' para Nina ainda na calçada, apertando os olhos para encontrá-la no meio de tantas pessoas. Resolveu entrar na casa das Delta Phi, desviando de todas as pessoas que se aglomeravam a cada dois passos. O saguão principal da casa mais antiga das irmandades estava lotado, completamente transformado em um ambiente de festa e com todos os devidos itens valiosos fora de cena. A única coisa que ainda o caracterizava era o busto da criadora da Delta Phi que ficava exposto no canto da sala, por mais que naquele dia estivesse decorado com plumas e glitter colorido.

Cumprimentou algumas pessoas no caminho e até encontrou outros companheiros de time, apesar de saber que a maioria deles estava no The Ivy House, comemorando o fim da primeira semana de provas. Remi e Nate tinham feito esse caminho, zoando por toda a noite que ele estava escolhendo uma festa das irmandades ao invés de uma diversão de qualidade no bar da faculdade.

Só era divertido porque eles sabiam exatamente o motivo por trás disso. Alemã, alguns centímetros — poucos — mais baixa que ele, cabelos loiros que escorriam pelas suas costas, olhos penetrantes que podiam encantá-lo — ou assustá-lo, dependendo da ocasião — e um sorriso que só aparecia para quem o merecia.

Exatamente como aquele que ela o endereçou assim que — no meio de meia dúzia de pessoas — Leo a encontrou.

Sorridente. Encantadora. Maravilhosa.

A única a fazer sua frequência cardíaca chegar perto da máxima sem esforço nenhum.

— Só vi sua mensagem agora — Nina falou alto ao se aproximar, tentando se fazer ser audível no meio do som alto. — Desculpe.

Dirty Laundry ✅Where stories live. Discover now