𝐏𝐫𝐨𝐥𝐨𝐠𝐨ʳ

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      O tremor do carro despertou a garota que estava no passageiro, rapidamente olhou tudo vendo a vastidão morta e o sol fumegante que desaparecia aos poucos pelo horizonte

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      O tremor do carro despertou a garota que estava no passageiro, rapidamente olhou tudo vendo a vastidão morta e o sol fumegante que desaparecia aos poucos pelo horizonte. Aquilo não a assustou, não, aquilo era o costumava enfrentar no cotidiano, mas aquela enorme construção do CRUEL com as portas escancaradas foi o que tirou o ar de seus pulmões.

      Aquilo era assustador. Não queria pensar no que faziam ali, nem conseguia imaginar sem sentir um forte enjôo e o forte gosto da bile em sua boca. O motorista parou alguns metros de distância da entrada e lançou um olhar para ela que não respondeu, continuou encarando aquela coisa.

 — Okay, meninos! – disse em voz autoritária – Vamos entrar!

 — Tá doida? – um homem no banco traseiro perguntou – E se tiver gente do CRUEL lá?

 — Simples. – ela se virou para ele com um sorriso sombrio e olhos cruéis – A gente mata. – e então saiu sendo seguida pelo grupo de homens, outros quatro homens que estavam em outro carro desceram assim que a viram – Vamos vasculhar o que tiver, se for útil, então levamos. 

 — Acha mesmo que tem alguma coisa aí? – um homem perguntou, ele tinha cabelos e olhos tão escuros quanto a noite, o corpo bem definido e feições bem fortes. Sua voz era gentil, embora fosse bem grave.

 — Sinceramente? Não. – deu de ombros – Mas nós sempre contamos com a sorte, então por que não?

 — ANNIE! – um dos homens gritou na entrada. – CORRE AQUI!

      Ela e o homem se entreolharam, então correram juntos até o homem que gritava e entraram na construção. Annie foi inundada pela escuridão deixando-a um pouco atordoada, tateou seu corpo e sua roupa em busca de sua lanterna. A luz fraca do sol já estava desaparecendo deixando aquele ambiente escuro e abafado, então limpou as gotículas de suor de sua testa quando encontrou e ligou a lanterna. Três homens estavam em volta de dois corpos ao chão, eles apontavam suas lanternas para eles enquanto conversavam entre si.

 — O que aconteceu? – perguntou o homem de cabelos negros quando chegou até eles, primeiro que ela.

 — O que você acha que aconteceu aqui? – um dos homens perguntou.

 — Foi para isso que chamaram? – Annie perguntou após se aproximar, vendo os dois garotos caídos ao chão. Um menino rechonchudo, com cabelos ondulados e uma marca vermelha escura no peito. O outro, aparentemente mais velho, tinha uma lança no peito. – Vão buscar coisas úteis, eles estão mortos! São inúteis!

 — Tá, mas o que aconteceu? – insistiu.

 — Estamos aqui pra saber o que acontece com a merda do CRUEL ou para vasculhar? Vão logo! – eles bufaram e saíram dali reclamando.

 — Tá, mas o que você acha? – o homem alto perguntou em um sussurro curioso.

 — Não faço a menor ideia, Matie. – suspirou olhando o garoto com uma lança no peito – Acho que tinham mais pessoas, um forte o suficiente para jogar essa lança. Tá vendo a arma ali? – apontou a lanterna para o pequeno objeto preto, esse que foi pego no mesmo instante pelo homem.

 — Só uma bala foi usada. – comentou avaliando a arma.

 — Usada no gordinho. – apontou a lanterna para o garoto – Ele deve ter 12 ou 13 anos. Não acho que ele fosse o alvo. Acho que o tiro pegou errado, alguém jogou a lança no calor do momento e ele atirou sem querer.

 — Acha que foi isso?

 — Não. – suspirou ajoelhando-se ao lado do rapaz avaliando-o – O CRUEL faz muitas coisas, isso aqui deve… – ela parou encarando o rapaz ao chão. O olhar assombrado.

 — O que foi? 

 — Ele tá vivo. – sussurrou – Ele tá vivo!

 — O que? Como isso é possível!

 — Me ajude aqui. Vamos salvar esse idiota!

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INFECTED (Gally Maze Runner)Where stories live. Discover now