𝐈𝐈𝐈. 𝐃𝐞𝐳 𝐃𝐢𝐚𝐬ʳ

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      Annie estava na enfermaria no dia seguinte, o garoto não tinha dado nenhum sinal de que acordaria e aquilo começava a incomodar a jovem

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      Annie estava na enfermaria no dia seguinte, o garoto não tinha dado nenhum sinal de que acordaria e aquilo começava a incomodar a jovem. Seria uma perda considerável, principalmente pelo fato de que ele era imune como ela, então queria que ele vivesse. Em parte por conta da imunidade, mas em outra era por estar proibida de sair daquela base sem ele e aquilo era o que mais a deixava emputecida. Em silêncio encolhida na cadeira, ela rabiscava com força as páginas quase cheias de desenhos de seu caderno.

Humm. – pode ouvir um gemido baixo e rouco vindo do garoto, no mesmo instante ela tirou a atenção do caderno e o encarou pondo-se de pé. Com cuidado, aproximou-se para certificar-se de que estava acordado e ele de fato estava abrindo os olhos esverdeados lentamente — Onde eu tô? – perguntou de maneira embolada quando viu a face da garota.

 — Bem vindo ao pós vida, seu babaca de merda. – ela disse com um sorriso de lado – Você tá no inferno.

 — Quem é você? – ele a encarou confuso, depois passou os olhos pelo pequeno quarto. 

 — Seu demônio-chefe, você está confuso e vai se sentir péssimo pelos próximos dias, mas não se preocupe que temos pessoas especializadas em tratar feridas como a sua. – ela sorriu, mas depois suspirou cansada e se aproximou dele sentando-se ao seu lado na cama – Seguinte, qual o seu nome, merdinha?

 — Meu nome? – ele pareceu puxar da mente o que tinha acontecido nos momentos antes de levar uma lança no peito, os olhos perdidos encheram-se de lágrimas que não escorreram e sua respiração pareceu acelerar um pouco – Gally, eu me chamo… Gally.

 — Okay. – ela analisou suas feições, como pareceu abalado após se recordar das coisas – Gally, meu nome é Anastacia Lyn, mas pode me chamar de Annie. O resgatamos de uma instalação do CRUEL com uma lança no peito, quer falar sobre como aquela lança te perfurou? – ele negou piscando os olhos rapidamente, o que fez uma lágrima escorrer pelo canto de seu olho – Okay, leve o tempo que precisar. Após sua melhora, te levarei para conhecer como as coisas funcionam aqui, okay? Pode descansar, vou chamar a nossa médica. – Annie ia se levantar, mas Gally segurou seu braço e a encarou fixamente. Ela o encarou confusa esperando que ele dissesse algo – O que foi?

 — Por que me salvaram?

 — Não sei. – ela deu de ombros e se soltou – Talvez eu tenha gostado das suas sobrancelhas, Gally.

     Ela riu da expressão confusa do garoto e saiu dali chamando por Ágata, avisando a médica que o paciente havia despertado, então ficou no corredor próximo do quarto esperando por ela para informá-la sobre a situação do garoto. O brilho no olhar de Ágata após sair do quarto deu a Annie esperança e uma boa sensação sobre o quadro do garoto, então esperou que ela se aproximasse e começasse a contar:

 — Ele está em perfeito estado. – informou com um largo sorriso – Sem nenhum trauma, sem nenhum outro problema aparente, o curativo foi renovado e a ferida não tem sinal algum de infecção. Os únicos problemas são uma aparente desidratação, vou administrar soros na veia e algumas vitaminas para que ele fique saudável. Ele vai ficar bom logo e em poucos dias poderá sair daqui.

 — Tá, mas quanto tempo? – perguntou visivelmente impaciente enquanto cruzava os braços 

 — Olha… – seu sorriso se contorceu um pouco e sua expressão ficou preocupada – Pelo local da ferida, então eu sugiro que ele fique uma semana aqui. Claro que vou auxiliá-lo a se movimentar um pouco, andar pelo quarto e pelo hospital e fazer coisas que não exigem grande esforço, mas… – ela espremeu os lábios a encarando e Annie logo entendeu a situação.

 — Quantos dias, doutora? – perguntou levando a mão até a têmpora e fazendo uma pequena massagem ali.

 — Só depois de dez dias para ele poder sair daqui e começar os treinamentos leves.

 — Dez dias? – a encarou com uma sobrancelha levantada – Esse merdinha precisa de dez dias? 

 — No mínimo. – ressaltou. – Sei que não gosta dele e nem da ordem de seu pai, mas precisará esperar até que ele melhore bem para poder sair.

 — Cê tá brincando comigo. – suspirou – Era só o que faltava comigo. – ela esfregou os dedos em seus olhos e então voltou a encarar com a expressão irritada a médica a sua frente, incapaz de se opor e ir contra as ordens médicas, apenas aceitou. – Okay, dá seu jeito e eu volto em dez dias. É isso que ele terá, avise-o que ele sairá desse quarto em dez dias, estando ele melhor ou não. Não quero ficar presa aqui mais tempo do que o necessário.

     Ágata sorriu e então concordou enquanto via a garota se afastar, indo em direção a saída do hospital. Chegando ao seu quarto, ela bateu a porta com força e se jogou na cama afundando a face em seu travesseiro onde pode ter seu grito abafado.

INFECTED (Gally Maze Runner)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora