capítulo 06

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Capítulo por Lennon

📍Rio de Janeiro, Ipanema. 2022
🗓️ Segunda-feira

Esperei curioso pela resposta do cara. Então, ele deu uma risadinha e disse:

- Satisfação, Diego Amaral, filho da Eliana e sobrinho da Ivone, de Realengo.

Eu fiquei uns segundos sem acreditar e entendi de onde veio o nome do restaurante Iolanda, o nome da avó da Ayana e Diego.

- Tá de sacanagem? Pô, não é possível, cara! - levantei e puxei ele para um abraço.

- Sou eu mermo, que isso, mano? Quase 16 anos. - disse, me medindo em um tom nostálgico.

- Senta aí pra nós trocar uma ideia.

- Valeu pelo convite, irmão, mas eu estou com algumas coisas importantes para fazer agora. Depois que você terminar de almoçar, vai lá em cima na minha sala p trocarmos uma ideia. - Diego respondeu.

- Terminando aqui, eu subo lá, Jae. - Diego concordou e foi em direção aos fundos do restaurante.

- Qual foi, Lennon? Quem é esse cara? - Léo perguntou curioso.

- Tá ligado naquelas fotos que minha avó me deu e eu te mostrei? - Léo balançou a cabeça em concordância.

- Então, ele é o primo da Ayana. Pô, tu viu várias fotos que estavam nós três.

- Tu encontrou o cara e não perguntou nada da mina? Tu é lerdão. - disse Léo.

- Calma, filho, tu tá muito apressado. É lógico que eu vou perguntar sobre ela. - continuei almoçando, ansioso para conversar com o Diego.

A vida é muito bizarra. Joguei para a vida ontem que eu desejava reencontrá-la um dia e hoje encontrei a "ponte" para me levar até ela.

Terminei de almoçar e falei que os caras podiam ir na frente, que talvez eu iria demorar. Uma funcionária do restaurante me levou até a sala do Diego e eu sentei na cadeira da mesa que tinha ali, esperando ele chegar.

- Aí, desculpa a demora. Tava tentando resolver uma entrega ali. - sentou na minha frente, me encarou por alguns segundos e começou a rir.

- Mano, eu tô rindo e nem sei porque. É muito doido encontrar alguém das antigas e principalmente quando esse alguém é o L7.

- Ah, coé, tu também tá bem demais, né? E esse relógio aí? - apontei para o relógio da Cartier no seu pulso.

- Isso é detalhes. - disse rindo. - Mas aí, como tu tá?

- Tô bem demais, irmão. Graças a Deus. E tu?

- Tô bem demais. - me encarou e olhou para as minhas mãos inquietas e deu uma risadinha. - Pode perguntar.

- Por onde anda a Ayana, a Maya, a tia Ivone, a vó Iolanda, a tia Eliana? Como que tá geral? - perguntei e vi Diego dar uma murchada.

- Então, minha mãe tá muito bem, graças ao Papai do Céu. E, tipo assim, a tia Ivone e a vó Iolanda sofreram um acidente há quase 2 anos e, infelizmente, elas não resistiram. - respondeu meio sem graça.

Fiquei alguns segundos em silêncio, tentando assimilar. É muito triste você perguntar com a maior empolgação por onde anda pessoas que foram importantes na sua vida e, do nada, tomar uma porrada na cara de que simplesmente essa pessoa morreu.

- Nossa irmão, eu sinto muito de verdade. Sei que as duas eram praticamente minha família, mas e a Aya? Como ela está com tudo isso?

- Quando aconteceu, ela estava morando fora do Brasil. Ela se formou em Administração e decidiu ficar lá quando acabou a faculdade. Só que a Maya é menor de idade, né? Então ela voltou para o Brasil, pegou a guarda dela e, tipo assim, ela não toca no assunto, o que torna o luto tudo mais difícil, né? Porque parece que foi ontem, mano. Mas ela, no geral, está se saindo bem.

- Pô Diego, queria saber onde ela mora. Ver ela, nossa, tô com muita saudade. Se tu puder me adiantar e passar o número dela pra eu poder entrar em contato, eu iria ficar muito grato.

- Daqui a pouco, eu tô indo jantar lá. Se tu quiser ir comigo, eu te levo.

- É certo, então eu vou contigo. Melhor ainda! - respondi eufórico.

 Melhor ainda! - respondi eufórico

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