capítulo 15

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Capítulo por ayana

📍 Rio de janeiro, Ipanema- 2022
🗓️ Sexta-feira

Lennon enviou uma mensagem dizendo para eu descer e só faltava meu coração sair pela boca. Na real, eu não fazia ideia por que estava assim. Acho que qualquer encontro com pessoas que você não vê a muito tempo causa essa sensação de nervosismo.

Desci até o salão e de longe vi Lennon e Silvana de costas. Dona Marlene e Careca estavam na frente, então fui andando devagar até a mesa.

- Boa tarde. Posso ajudar em algo? - Cheguei na mesa e sorri para os três.

Cara, eu juro que se eu não estivesse tão nervosa, eu ia rir muito da cara que a Marlene fez quando me viu.

- Mentira... Ayana? - Silvana perguntou desacreditada.

- Eu mesma, lembra de mim? - dei uma risadinha sem graça.

- Ah, que saudade! - levantou e me deu um abraço apertado que durou alguns longos segundos. - Como é que eu vou esquecer você?

Marlene e Careca também se levantaram para me abraçar, enquanto Lennon parecia um velho tirando foto do momento.

- Que saudade de você, menina! Te vi crescer. Você era tão pequenininha - disse Marlene enquanto me abraçava.

- Vai dar um abraço no seu preferido, não - disse Careca, abrindo os braços.

Antigamente, eu vivia grudada nele e todos diziam que eu era sua puxa-saco.

- Olha só para você! Tá um mulherão - segurou minha mão e me girou. - É, amor, a gente tá velho mesmo.

- Tá um coroa bonito, melhor que o Lennon que tem 27 com cara de 40 - a cara do Lennon foi impagável e todo mundo riu.

Silvana me chamou para sentar na mesa e eu disse que podia ficar só alguns minutos, já que em menos de 1 hora eu tenho reunião no colégio da Maya e por isso ela não veio hoje.

- E a Maya, como ela tá? Deve tá enorme - perguntou Marlene.

- Ela tá bem, graças a Deus. Tá enorme - respondi.

- Como a Ivone e Iolanda estão? Sua mãe e sua avó foram pessoas muito especiais na nossa vida, né filho? - Lennon balançou a cabeça em concordância e olhou para mim.

- Elas eram pessoas muito especiais mesmo, mas Deus tinha outros planos para elas, entende? - dei um sorriso de lado, rezando para que ninguém estendesse o assunto, e como sempre, o silêncio se instaurou na mesa. Silvana levantou e me puxou para um abraço.

Eu acho que o abraço de uma "mãe" nunca é igual ao outro, mas quando se tem carinho e afeto, deixa o abraço muito mais especial. Aquele abraço tão familiar me deu um apertozinho no peito.

- Sinto muito, meu amor... Agora você tem a gente de novo e pode contar com a gente para tudo, viu? Saiba que o carinho e amor que tínhamos antes é o mesmo. - assenti e retribui o abraço dos avós do Lennon.

Trocamos de assunto e o papo fluía de uma forma tão gostosa.

- E então, como tem sido a vida? - Silvana perguntou.

- A vida tá bastante corrida, mas tá tudo certinho.

- Casou? - Careca apontou para o anel no meu dedo.

- Repreende, casei nada, tô solteirona.

- O Lennon também tá solteiro... - respondeu.

- Esse aí é só pela misericórdia, não dá certo com ninguém. - disse Silvana e eu comecei a rir.

Velha infância | L7NNON Where stories live. Discover now