capítulo 17

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Capítulo por ayana

📍 Rio de janeiro - 2022
🗓️ Sábado

Passei pela perna do Lennon para poder sentar na cadeira onde fica a janela, mas nesse momento, o ônibus acabou freiando e eu automaticamente caí sentada no colo dele.

Pelo impulso do momento, Lennon segurou minha cintura, me firmando no seu colo, e no mesmo instante subiu um calor e eu me arrepiei. Espero que ele não tenha percebido para não pensar outra coisa.

Afinal, o motivo do arrepio foi pelo susto e a temperatura do ônibus. E como se não bastasse, esse momento foi totalmente constrangedor...

- Desculpa, eu juro que não foi por mal. Tá tudo bem? - Saí do colo dele rapidamente e sentei no banco do lado.

Na euforia e nervosismo, coloquei a mão em cima do seu pau, perguntando se machuquei. Seus olhos seguiram minha mão e logo em seguida olhou nos meus olhos... Que merda tá acontecendo hoje? Isso tudo em menos de 10 segundos.

Quando me dei conta da burrice que eu estava fazendo, tirei rapidamente.

- Puta que pariu! - Cobri meu rosto com as mãos - Lennon, desculpa pelo amor de Deus, que vergonha! - comecei a rir de nervoso e ele me acompanhou.

- tá tranquilo - respondeu e continuou rindo da minha cara, que provavelmente estava vermelha de vergonha.

- Para de ficar rindo, cara.

- Parei - respirou fundo, recuperando o fôlego - Fica tranquila, nega. Eu sei que foi culpa do ônibus.

- Aram, foi culpa do ônibus sim, né, Ayazinha? Sentiu o brinquedo? - Patrícia falou, e eu tinha até esquecido da presença dela. Essa falta de noção e respeito tá de mais.

- Patrícia - Lennon a repreendeu - pô, cara, olha o respeito, né?

- Olha, Patrícia, nem vou perder meu tempo contigo agora. - ela pediu desculpas e fez sinal fechando a boca e jogou a chave imaginária fora.

 - ela pediu desculpas e fez sinal fechando a boca e jogou a chave imaginária fora

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Depois de um tempo, chegamos no local do show e subimos para o camarim. Chegando lá, já bati o olho no freezer cheio de cerveja, e como uma boa amante da cerva que ama beber de graça, fui direto pegar uma garrafa.

- Vamo virar pique tornado? - Patrícia perguntou.

- Bora. - Respondi e coloquei o bico da cerveja na boca, girando a garrafa e bebendo tudo de uma vez.

E pelo visto, essa brincadeira fez com que todos os olhares do camarim fossem para nós. Olhei para Lennon, que estava com uma cara do tipo: "vai dar trabalho".

- Que isso, mané? Isso não é de Deus, não. - Gargalhei com sua fala.

- Calado, macho. Você não tem cara de quem é aquele tipo que não bebe e paga de moralista. Tenho vários exemplos de pessoas que não consomem nada, mas são seres abomináveis.

Velha infância | L7NNON Where stories live. Discover now