capítulo 47

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Capítulo por Lennon

📍Rio de janeiro - 2022

Desliguei o telefone e levantei da cama, pegando a primeira blusa que eu vi pela frente, comecei a explicar para Aya:

- Era a mãe da Juliana. Ela ligou dizendo que Juliana passou mal e está no hospital. Eu preciso ir pra lá agora.

- Ela tá bem?

- A mãe dela não me explicou direito, mas disse que até agora ela só vai precisar ficar um tempo lá em observação - respondi.

- Qualquer coisa, você me liga.

Sem perder tempo, calcei minha Kenner e peguei as chaves do carro. Corri para o carro e dirigi freneticamente até o hospital.

Estacionei o carro às pressas e fui em direção à recepção e passei as informações. A recepcionista tomou nota do que eu falei e me indicou o caminho para o quarto.

Assim que passei pela porta, Juliana sorriu ao me ver. Me aproximei.

- Está tudo bem? O que aconteceu? - perguntei.

O médico entrou no quarto naquele momento, e olhei para ele em busca de respostas. O médico começou a explicar a situação:

- Boa noite, Lennon - estendeu a mão e eu o cumprimentei - Lennon, Juliana teve um mal-estar devido ao estresse e esforço físico. Apesar de estar com quatro meses de gestação, ela precisa ser observada de perto daqui para frente. Ela deve fazer menos esforço físico e tomar muito cuidado até o final da gravidez. Além disso, vamos realizar alguns exames para garantir que tanto a mãe quanto o bebê estejam bem. Por precaução, ela deve ficar em observação aqui por mais algumas horas e depois a liberamos.

Suspirei aliviado por saber que Juliana não estava em perigo iminente, mas a preocupação ainda estava presente.

Conversei mais um pouco com o dr. e ele saiu, deixando nós dois a sós.

- A dra. Lizandra disse para você evitar ficar viajando para cima e para baixo. Eu avisei, mas você não escuta. Tá aí o resultado, cara. Toma cuidado daqui pra frente, pelo amor de Deus. Não é só tua vida em risco, é a do nosso filho.

- Aí, Lennon, já passou. Tá tudo bem agora. Relaxa - disse calma, dando um leve sorriso.

- Cadê sua mãe? Ela não tava aqui? - perguntei, me ligando que não vi nem sinal da mãe dela na recepção e muito menos aqui dentro do quarto.

- Ela foi embora - disse ríspida. - Você sabe como é a minha relação com ela - disse desanimada, mas logo seu semblante mudou para um leve sorriso - mas enfim, o que importa é que o nosso bebê tá bem e você tá aqui comigo.

- Sem chances de você ficar na casa da sua mãe, né? - perguntei, já sabendo a resposta.

- É lógico que eu não vou pra casa dela - respondeu óbvia.

- Então você vai ficar lá em casa até o final da gestação. Ficar sozinha, você não pode, tu ouviu o dr. Geralmente, dia de semana é mais fácil de eu ficar em casa, melhor do que você ficar sem supervisão nenhuma, já que eu sei que você é teimosa.

- Não, Lennon, sem chances - negou rapidamente. - Isso é drama do médico e eu já tô bem, consigo me virar sozinha. Sem contar que eu não quero e nem posso te incomodar com isso.

- Que incomodar, Juliana? A gente tá junto nessa. Já te falei, a responsabilidade é nossa, não é somente sua.

Juliana, ainda com um sorriso gentil, fitou meu rosto.

- Lennon, obrigada. Sabe, não sei o que faria sem você aqui. Seu apoio tem sido fundamental para mim.

- Não precisa agradecer - respondi, retribuindo o sorriso, e ficamos em silêncio.

Velha infância | L7NNON Where stories live. Discover now