capítulo seis.

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Rita. 🌼

Menor: Cuidado em quem tu conta tua vida.- Continuei sem olhar pra ele, que colocou o copo na pia.

Rita: Por que? Você já comeu ou tá dando o papo? Vindo de você eu não espero nem me assusto com nada.- Levantei a cabeça, respirando fundo.

Menor: Nunca dei o papo em nenhuma das meninas que chegavam aqui em casa.- Olhei debochada pra ele mas preferi nem me estressar.- Mas tu já percebeu que ela só vem aqui quando tá com algum problema?

Rita: Deve ser porque todas as meninas que eu tinha como amiga de verdade você me afastou, chamando de piranha e fazendo escândalo...- Me levantei da mesa.- Para de tentar se fazer de santo com Alzheimer porque isso tá me irritando pra caralho.

Menor: Tu me tem aqui, precisa de mais ninguém caraí.

Rita: Você tá aqui? - Falei sem paciência.- Você me bate, me humilha, me prende e você tá aqui? Você é meu amigo? Vai tomar no cu.

Menor: Desculpa pô, sem caô.- Prendi o riso, saindo da cozinha e deixando ele sozinho, mas suas mãos foram parar no meu cabelo.- Não me dá as costas, Rita.

Rita: Ok, amor...- Tentei soar menos debochada possível, mesmo sentindo vontade de dar risada.- Desculpa.

Menor: Não brinca com isso, colabora comigo. Eu não prometo mudar rapidão, mas eu tô disposto a tentar.

Rita: Não, você não tá disposto a tentar porra nenhuma.- Gritei, perdendo minha paciência.- Você nunca vai mudar e você sabe mais disso do que eu, então porra, eu não me importo o que você faça, contanto que meu filho esteja bem.

Menor: Nosso, nosso filho! - Colocou a mão no meu rosto, apertando minha bochecha com foda.

Rita: Eu tô pouco me dizendo pra você.- Gritei novamente na cara dele.

Menor subiu a mão e eu esperei o tapa e ele veio, ele me empurrou no chão e eu caí, fechando os olhos e respirando fundo e escutando meu filho gritando, chamando por mim no quarto.

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