capítulo cinquenta.

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Rita 🐳

Estava tendo minha alto quando recebi uma mensagem de um número desconhecido.

Era a foto da Izabela muito machucada, com cortes por todo o corpo, sangrando e toda encolhida no chão.

E na legenda da foto dizia "o seu marido matou ela, vai ter vingança! "

Eu paralisei na hora, não acreditei naquilo quando vi, nisso, a pessoa me mandou mais duas fotos, uma do atestado de óbito e outra dela numa cama de hospital.

Procurei apoio na parede e eu não queria acreditar naquilo, minha melhor amiga de infância, que mesmo apesar de tudo sempre esteve comigo, morreu.

Eu não tinha palavras pra descrever o que eu tava sentindo no momento, senti uma mão no meu ombro e me virei assustada, vendo um vapor do morro.

- Tu tá bem, patroa? - Olhei pra ele.

Rita: Tô sim...- Falei com a mão no rosto.

Ele estendeu a mão e eu me apoiei nele, ele me ajudou a caminhar até o carro.

Cheguei na e apenas me sentei, sentindo minha mente girar. Peguei meu celular e disquei o número da Iza, chamou e eu ainda tinha esperança dela atender, mas ela não atendeu e isso foi confirmando mais que ela estava morta.

Chegamos no morro e eu desci em casa, minha mente toda tava de cabeça pra baixo. Me sentei na cadeira da sala e respirei fundo.

Meu celular vibrou novamente e eu, já cansada, peguei ele, vendo mais fotos do Victor dentro da sala dele, em cima dela segurando o rosto dela e após, um vídeo dele gritando e dando um tapa no rosto dela, porém não tinha áudio.

Menor: Tava te esperando, achei que tu ia chegar mais tarde.- Falou abrindo a porta e eu olhei pra ele.

Rita: Por que você fez isso? - Gritei me levantando.- Você prometeu pra mim Victor.

Menor: O que foi, Rita? - Falou respirando sem paciência e eu joguei meu celular nele.

Rita: Você matou a minha amiga, sem ao menos saber se ela estava mentindo ou não.- Gritei, sentindo as lágrimas descendo pelo meu rosto e meu peito doendo.

Menor: Eu não matei ninguém, caralho.- Gritou, jogando meu celular no chão, fazendo ele quebrar.- Eu ajudei ela, porra.

Rita: Vai se foder! - Falei baixo, me sentando no sofá.

Me encolhi sentindo o machucado doer e ele veio na minha direção, puxando meu braço com força e me tirando do sofá.

Rita: Me solta, Victor.- Continuei empurrando e gritando com ele.

Menor: Tu não tá dizendo que eu matei ela? Tu vai ver com os próprios olhos.- Gritou na minha cara e em seguida me jogou dentro do carro, de forma que me machucou bastante, principalmente meu machucado que doeu bastante.

Gemi de dor e fechei os olhos com força. Ele ligou o carro e saiu rapidamente, algumas lágrimas desciam pelo meu rosto e eu tentava amenizar a dor pelo meu corpo de alguma forma.

Chegamos no postinho e ele me tirou pelo braço, enquanto eu tentava empurrar e tirar ele de perto de mim. Fomos até a recepção e ele pediu informação sobre a Izabela.

Recep: A paciente Izabela Pâmela veio à óbito hoje, às duas e trinta da tarde.- Falou olhando pros papéis.- O corpo dela está em esperava para o velório.

Olhei pra ele com ódio e ele não me olhou, apenas passou a mão no rosto esfregando, sentir algo sangrando em mim e me dei conta que os pontos do meu machucado tinha aberto e com isso, estava sangrando.

Cidade De Deus Where stories live. Discover now