capítulo sessenta e um.

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Menor 🔥

Menor: Se a Rita descobrir ela vai ficar maluca cara! - Falei alto por conta do barulho e ele riu.

2D: Acho que não pô, independente de qualquer bagulho ela vai preferir isso, do que ter por perto.

Menor: Eu já vacilei uma vez e não vou deixar ela saber disso de novo.- Respirei fundo, virando minha latinha e sentir um tapa na minha cabeça.

Virei pronto pra dar um socão, mas a cara de boi bravo da Rita me fez relevar e balancei a cabeça, vendo ela batendo no meu peito com força.

A gente estava em uma das praias mais afastadas e desertas do Rio, tinha bem pouca gente mas ainda sim dava pra ver os fogos e tudo mais.

Não queríamos ir pra Copacabana por causa do Davi, é foda ter que ficar de olho numa criança de seis anos com uma multidão.

E como a gente não tava podendo confiar muito em nada, preferimos o mais calmo.

Menor: O que foi, Rita? - Falei segurando os braços dela com uma mão e com a outra tomando minha Skol.

Rita: Do que você tava falando, o que você vacilou, o que você tá escondendo de mim? - Falou me empurrando e eu ri, sendo seguido pelo 2D.

Menor: Em casa a gente conversa, vida.- Falei abraçando ela a força.

Rita: Você me chamou de que? - Quase gritou.- Não me chama disso não, eu tô brava.

Menor: Parece uma cachorrinha...- Falei rindo e ela levantou a mão pra me dar um tapa.- Se você me bater, eu vou revidar, Rita.

Rita: Victor, você teria a coragem ou a perda de senso de me bater? - Semicerrou os olhos, me encarando séria.

Menor: Eu te deixo sem andar, Rita. Vamo pra um lugar só nós dois agora pra tu ver se tu não sai toda dolorida.- Ela me olhou revirando os olhos.

Rita: Cadê nosso filho? - Falou me abraçando pelo pescoço e olhando pro lado.

Virei um pouco o corpo dela e ela viu o Davi brincando com o Fogueteiro, ela sorriu e eu beijei a bochecha dela.

Algum tempinho depois, a contagem regressiva começou. Ali era o momento que tu parava pra pensar em tudo que tu tinha vivido e eu só pensei no quanto que eu tinha errado.

Estava abraçado com a Rita de lado, Davizinho tava no colo do Fogueteiro que tava do lado, assim como 2D.

Cinco, quatro, três, dois... Assim que lançaram os fogos, Rita caiu na areia de joelhos e começou a chorar igual uma criança.

Davi: Mamãe...- Davi falou preocupado e eu me agachei, fazendo ela me abraçar.

Menor: Feliz ano novo, amor.- Sussurei, sentindo ela molhar toda minha blusa.- Feliz ano, filho.

Davi: Feliz ano novo mamãe e papai, não chora mãe...- Falou colocando a cabeça por debaixo da Rita e ela riu, colocando a mão nos olhos.- Vai ficar toda feia de maquiagem.

Rita: Davi! - Falou rindo e ele abraçou ela, beijei a cabeça dos dois e me levantei, falando com meus irmãos.

2D: Também amo você, filho da puta.- Falou me abraçando.

Menor: Mas eu não disse que te amo, gay emocionado.- Falei recebedo dois socos no braço dos dois.

Eu ri e Rita veio abraçar eles, peguei o Davi no colo e beijei a rosto dele, fazendo ele me abraçar forte.

Davi: Te amo papai.- Falou beijando minha bochecha.

Menor: Também te amo, filho.- Ele sorriu, pulando no colo do 2D.

Me sentei na calçadinha, observando os fogos e em questão de minutos, a Rita sentou no meu colo.

Menor: Também te amo, amor.- Falei rindo e ela me deu um soco no braço.

Rita: Te amo, muito.- Falou respirando fundo e passando a mão no rosto.- O Davi foi o melhor presente que você me deu.

Menor: A nossa família foi a melhor coisa que o cara lá do céu me deu, pô. Mesmo eu não merecendo, ele me deu o melhor bagulho que poderia existir, tá ligado?

Rita revirou os olhos sorrindo e eu segurei o rosto dela, puxando ela pra um beijo calmo e que tava cheio de amor.

Fiquei passando a mão na coxa dela descoberta pelo short e já senti ela se arrepiando com frio, sorri quando sentir uma pequena mão no meu rosto e a gente se separou, vendo o Davi semicerrando os olhos.

Menor: Qual foi, garotão.- Ele negou com o dedo, me fazendo sorrir e Rita puxando ele pro nosso colo.

os meninos sentaram do nosso lado e a gente ficou conversando, até a hora que 2D ficou inquieto, olhando de um lado pro outro o tempo todo.

2D: Consegui, moleque.- Falou sorrindo e olhamos sem entender, vendo ele se levantar e ir andando.

Olhamos na direção e vimos uma mulher com um vestido longo, branco e algumas partes pretas transparente. Com os cabelos cacheados em tranças, Izabela estava linda.

Cássio parou na frente dela e falou alguma coisa, que fez ela sorrir sem graça e abraçar ele.

Olhei pro Fogueteiro percebendo que ele não tinha entendido o que eu tinha entendido, porque ele tava de boca aberta, analisando cada detalhe da Izabela e focado demais pra perceber que tava rolando algo entre o Cássio e ela.

Só pela troca de olhares, qualquer um bobo já via de longe. Mas eu sabia que o Cássio não ia querer levar isso a frente, pelo Cleyson.

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