capítulo final.

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1 mês depois.

Marina 💖

Eu parecia um dos meus filhos quando iria ganhar algum presente, estava ansiosa e nervosa, mas também estava com muito medo.

Já faz quase um ano que o meu relacionamento com o Souza não é o mesmo e eu sou mulher o suficiente pra admitir que a culpa é minha, que sempre ando fugindo de tudo.

A gente transava raras vezes, mas a nossa última transa verdadeira mesmo, foi há três meses atrás, o que resultou em uma solução pro nosso problema, ou mais um problema em cima do problema.

Mas admito também que acabo perdendo a paciência com tudo, com as crianças, com a casa, com meu curso e as vezes comigo mesmo, então pra não magoar o Souza de forma direta, eu acabo tratando ele de forma chata, machucando ele de forma indireta.

Logo ele que sempre fez de tudo por mim, que nunca deixou de segurar minha mão e que sempre lutou por nós. Seria uma loucura deixar tudo isso acabar de forma boba.

Hoje era o aniversário da Mariana, 4 aninhos da meu anjo. Enquanto as crianças convidadas brincavam, ela tava sentadinha enchendo a barriga junto com o Davi, que era um dos convidados.

Souza: Tá faltando alguma coisa? - Falou puxando minha atenção de forma de seca e eu sorri de lado, confirmando com a cabeça.- O que?

Mari: Um novo convidado que tem que ser recepcionado.- Ele me olhou sem entender e depois olhou pros portões e eu ri.- Eu sei que não venho sendo a mulher que você merece ter, as vezes eu só fico ocupada demais tentando ser a mãe perfeita que esqueço que você também merece todo meu amor e atenção.

Souza: Tá de boa.- Respirou fundo, se desarmando e colocou as mãos no meu rosto, beijando minha testa.- Eu te amo muito, pra caralho mermo.

Mari: Eu tô grávida de novo, Matheus.- Falei rindo de nervosa e meus olhos se encheram de água, fazendo ele me soltar.

Souza: Você não conhece a tal da camisinha? - Falou com ele mesmo, passando a mão no cabelo e rindo.

Mari: Amor, sabe quando foi a última vez que nós usamos a camisinha? - Ele me olhou preocupado.- Na nossa primeira transa.

Matheus soltou uma risada alta e me abraçou, beijando todo meu rosto e me beijando no final, escutei um "muito bem papais." saindo como grito da Lívia e sorri, abraçando o Matheus.

Na verdade eu ainda estava com medo, mais filho, mais responsabilidade e talvez mais confusão, mas eu não queria voltar pra nossa briga e sim, queria levar esse bebê como mais um recomeço pra nós, assim como foi com todos os filhos.

Izabela 🌈

Fogueteiro: Conta teu problema primeiro que eu conto o meu depois.- Falou sentado comigo na mesa em que estava toda nossa família no aniversário da Mari, inclusive o 2D.

Iza: Todo mundo aqui já sabe o seu? - Semicerrei os olhos.

Fogueteiro: Sim, porque você é a que mais me bate, tem que ser a última.- Fiz cara de deboche.

Olhei pro 2D que não parecia a pessoa mais feliz do mundo vendo nós dois conversando.

Nesse um mês, mal tivemos contatos, talvez por ciúmes dele, só que eu não iria ficar correndo atrás nem batendo o pé, já que ele não me deixa explicar nada.

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