capítulo sessenta e quarto.

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2 semanas depois...

Menor 💲

Eu era um cara muito chato quando se tratava do Davi. Não gostava de gritar, bater e nem machucar ele, eu só observava as ações e aos poucos, ia tirando tudo que ele mais gosta com o castigo.

Mas a Rita não era assim, gostava de gritar, bater e deixar o menino chorando. Por mais que eu não gostasse, não abria o bico pra nada.

Era ela que passava a maior parte do tempo com ele, então ela tem maior parte da educação dele, eu sei disso e não me preocupo, porque sei que ela faz o melhor sempre.

Conheço o coração de mãe dela e sei que agora ela tá gritando e brigando com ele, mas o coração tá machucado e pedindo pra ela parar.

Rita: Dá próxima vez que você abrir o bico pra me responder assim, eu quebro teus dentes, tu escutou? - Apontou pra ele, que balançou a cabeça chorando.- Essa eu não bati em você, engole o choro pra não ter motivos pra chorar de verdade.

Menor: Amor...- fui falar mas ela me olhou com fogo nos olhos, enquanto o Davi subia no meu colo.

Rita: Vai tirar minha moral, Victor? - Eu ri, negando.

Menor: Eu ia te perguntar se tu já comprou os bagulhos que tavam faltando.- Falei vendo o Davi deitar no meu peito chorando.

Rita: Ah, comprei sim! Você vai passar a tarde com ele porque eu vou colocar minhas unhas.- Falou pegando a carteira.

Menor: Vai lá, qualquer coisa tu liga.- Ela assentiu, se aproximando da gente.

Rita: Te amo! - Falou me beijando e beijou a cabeça do Davi.- Também te amo.

Ele ficou calado e ela se afastou, pegando o celular e abrindo a porta, bati nele e ele bufou, abrindo o bico.

Davi: Te amo, mãe.- Ela sorriu fraco, colocando o celular no ouvido e falando com alguém, enquanto fechou a porta.

Menor: E aí, moleque! - Balancei ele.- Bora dar umas voltas?

Ele assentiu passando a mão no rosto e se levantou calçando o chinelo, peguei minhas coisas e quando fui colocar a arma na cintura, lembrei que ele tava parado me olhando.

Davi: Posso tocar? - Falou olhando pra pistola.

Menor: Tua mãe descobre, tua mãe me mata e te bate.- Neguei, segurando a emoção.

Eu queria muito meu pivete na frente do morro, quando eu parti pra outra. Mas isso não era uma escolha minha sozinho, era da Rita também.

Na verdade, era um bagulho que ele que tinha que decidir, quando crescer e entender esses bagulhos.

Minha mão tava coçando pra entregar a pistola nas mãos dele, eu nem ia tirar o sorriso do rosto. Mas de alguma forma eu ia tá incentivando ele a gostar e querer ficar pegando, então deixei a emoção de lado e arrastei ele pra praça.

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