capítulo setenta e dois.

29.8K 2.3K 639
                                    

Izabela 🐬

Terminei de tomar meu banho e me sentei na cama, vendo a caixa que eu tinha colocado ali, tava cheia de sono e hoje eu tinha que ter uma boa conversa com o Fogueteiro.

Ele tinha pedido isso, pra pôr um fim ou um recomeço. Mas admito que eu não conseguia mais ver o Cleyson como namorado, mas eu gostava da presença dele.

Porém, isso não bastava pra gente voltar a se relacionar.

Aquela caixa tinha todas nossas coisas juntos, escutei a porta batendo e alguém falando e logo reconheci ser ele.

Fogueteiro: Até esqueci que não sou mais bem vindo.- Fez drama, entrando no meu quarto.- Me acostumei a entrar assim.

Iza: Você sempre vai ser, uai! Tamo junto sempre.- Fiz bico, vendo ele negar com a cabeça.

Ele passou a mão na cabeça e eu olhei pro pescoço dele, vendo chupão bem roxo e aparente, olhei pra ele que me olhou parecendo lembrar, jogando a mão no pescoço.

Iza: Quem é? - Cleyson me olhou estranhando.

Fogueteiro: Nós dois primeiro.- Mudou de assunto e eu revirei os olhos.

Iza: Amo você e amo lembrar de cada momento juntos, mas não sinto nem de perto a nossa conexão que a gente tinha antes. E não vou querer te magoar tentando confudir meus sentimentos de amizade pelo amor.- Falei de uma vez, enquanto girava meu anel solitário nos dedos.

Fogueteiro: Sei lá, não quero foder contigo.- Continuei olhando pros meu anel.- É que eu te amo.

Iza: Também te amo, tu é importante demais pra mim.- Ele segurou minha mão.

Fogueteiro: Vou te contar um bagulho, mas antes eu quero pelo menos um beijo.- Falou me puxando pra perto dele.

Me sentei na frente dele e ele segurou meu rosto, beijando meu nariz e eu sorri, baixando a cabeça e ele subiu, me beijando enquanto tirava meus cabelos do rosto.

Iza: Era só um beijinho de despedida.- Falei tentando me soltar dele que riu.

Fogueteiro: Se a gente não se pegar sempre, eu nunca mais vou olhar na tua cara.- Falou jogando a cabeça pra trás.- Sem compromisso nenhum, como sempre foi.

Iza: Isso pode foder com a gente.- Falei manhosa e ele negou, me beijando de novo.

Fogueteiro: Fiquei com a Flávia.- Falou após um tempo, enquanto brincava com meu short.

Iza: Flávia, que Flávia? - Ele deu os ombros, prendendo o riso.- Flávia rodada?

Fogueteiro: Eu transei com ela, não casei.- Revirou os olhos e eu fiz cara de nojo.- Usei camisinha, demente.

Iza: Parabéns homem, não fez mais que obrigação.- Ele me empurrou.

Fiquei conversando com ele até a fome bater e ele me chamar pra comer na lanchonete, eu nem neguei ou paguei de louca, fui animada pra fora de casa e me deparei com o Cássio passando pela porta.

Eu ia falar com ele virou o rosto indo pra direção oposta da minha, dei os ombros, roubando a chave da mão do Fogueteiro e subindo na moto e ele na garupa.

Acho que apesar de tudo, sempre iríamos ter essa coisa, pique melhores amigos e eu não queria estragar isso.

Cidade De Deus Where stories live. Discover now