capítulo sessenta e cinco.

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Rita 🐳

Chegamos no morro do Souza, ou melhor, diretamente na casa dele, Davi já entrou correndo e de longe, já escutava os gritos de uma menina.

Marina: Vai tomar no cu.- assim que eu pisei dentro, escutei um grito dela e tudo se calou, a família olhou toda pra mim e eu sorri.

Rita: Vai você.- Souza riu, respirando fundo fundo.

Mariana era a única criança que estava quietinha, ela tinha quatro anos, Lorenzo dez e Lívia onze.

Acho que a mais surtada era a Lívia, uma mistura grande e forte da Marina com o Souza, o que era pura confusão.

Lorenzo já era mais um Souza, calmo mas quando surta, surta de vez.

Mariana nem parece que é filha ou irmã, ela é calma demais, na paz.

Souza: E aí, Ritinha.- Falou vindo na minha direção e eu percebi a cara de cansado nele.

Rita: Que carinha é essa, amigo? - Beijei a bochecha dele, abraçando ele.

Souza: Não aguento mais a Marina.- Eu ri, sabendo que ele não estava brincando.

Rita: Vamos conversar.- Falei me soltando dele e ele respirou fundo.- Oi, Mariana.

Mariana: Oi titia Rita.- Beijou minha mão e eu beijei a cabeça dela.

Lívia: Oi tia.- A pestinha gritou, se jogando nos meus braços.

Sorri falando com ela e Lorenzo veio logo em seguida, largando um pouco o Davi. Falei com a Mari também e Menor se jogou no sofá, mexendo com a Mariana que deu altas gargalhadas e Souza me puxou pra área da piscina, se sentando na cadeira.

Souza: Ela tá insuportável, namoral Ritinha! São vários anos juntos, mas eu não aguento mais, imoral um bagulho desses.

Rita: Não é gravidez? Vocês não tão concluindo o projeto mil e um filhos? - Ele negou com a cabeça.

Souza: A gente não tem nem transado mais, Rita.- Falou rindo e negando.- Não dá mais, entendeu?

Rita: Pô cara, sei que é bastante difícil, ainda mais ela que é totalmente maluca. Mas acho que você pode tentar conversar de novo e se não der certo, você tenta se afastar um pouco, deixar visível que tá se cansando.

Souza: Mas o filho da puta do menor? - Sorri fraco.

Rita: Felizmente estamos bem.- Soprei aliviada.

Marina: Matheus.- Escutamos o grito dela e ele respirou fundo,

Eu sorri e ele me puxou pra dentro, me sentei do lado do Menor que brincava com a Mariana que não parava de gargalhar pra ele.

Ele me olhou sorriso com cara de pidão e eu já tinha entendido, beijei a bochecha dele e ele continuou brincando com ela, enquanto Davi brincava com a Lívia e Lorenzo, Marina e Matheus discutiam sobre algo.

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