capítulo vinte oito.

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Rita 🌼

Eu estava puta, preocupada e nervosa. Mesmo sendo coisa de criança, eu odiava ver isso, porque eu sei que doi e eu não gosto de ver meu filho chorando.

Menor entrou me procurando com os olhos e veio até mim, se sentando do meu lado e colocando a mão no rosto e esfregando.

Rita: O que tu tem? Tá pálido demais, Victor.- Me sentei, respirando fundo.- Caralho mano, tu passou a noite bebendo e hoje de manhã também né? Eu nem acredito que tô preocupada enquanto você deve ter comido várias raparigas.

Menor: Caraí mulher, cê nunca me deixa explicar nada, vai tomar no cu.- Falou se ajeitando na cadeira.

Rita: Explica então, caraí.

Menor: Eu tava numa missão, pô. Como tu mesma falou, o lucro do morro tá caindo e eu tenho que me virar pra fazer os corres e subi de novo.- Falou sem paciência.

Rita: Eu pensei exatamente isso.- Brinquei e ele nem me olhou.- Vai pra casa, você tá com sono, cansado e vai terminar passando mal.

Menor: É meu filho né.- Falou coçando a cabeça.

Quando eu ia responder, a médica chegou avisando que ele iria tomar soro e nos convidou pro quarto onde isso iria acontecer.

vi meu filho dormindo com o fio ali e sorri fraco, me sentando no sofá com o Menor do lado.

Rita: Deita aqui.- Falei me ajeitando no sofá.

Menor: Me deixa cara, tô de boa e suavão aqui no meu canto.- Segurei o braço dele, puxando pra mim e o corpo veio junto.

Me arrastei pro lado e ele deitou do jeito que dava no meu colo, ele ficou com a cabeça olhando pra cima e eu fiquei passando a mão pelo rosto dele.

Rita: Você tá com cara de acabado, não gosto de te ver assim.- Comentei e ele riu, me olhando.

Menor: Comprei uns bagulhos pra tu e pro Davi do Bk.- Sorri animada.

Rita: Tenta descansar um pouquinho, é o tempo que o Davi termina o soro.- Ele se ajeitou no sofá deitando a cabeça pro lado.

Passei a mão pelo cabelo dele e olhei pro corpo dele que era cheio de marcas e cicatrizes, mas uma me fez sorrir quando eu observei ela.

Levei minha mão até o braço dele onde existia una cicatriz de fogo, no caso, queimadura. Eu já tinha sido pega por inimigos, acho que ali foi a primeira vez da minha vida.

Eu achava que ele não iria e eu ia ficar ali, mas os caras resolveram tocar fogo no galpão comigo dentro, Victor apareceu em meio ao fogo me puxando pra fora.

Menor: Eu amo você.- Escutei ele falando quando eu passei o dedo pela cicatriz.

Rita: Também te amo, parça.- Beijei a bochecha dele, que sorriu e fechou os olhos.

Voltei a fazer cafuné e deitei a cabeça na parede, estava morrendo de sono também mas fiquei olhando o Davi naquele momento.

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