Capítulo 4 - Comemoração.

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- Bom Emma, apareceu um pauzinho, isso significa o que?

- Não sei, deixa eu ver na caixa.

- Vê logo isso aí!

- Ain meu Deus!

- Deu negativooo!

- Uffffaa, que susto garota...

- Precisamos sair para comemorar! É meio estranho, comemorar que não estou gravida, mas até faz sentido. Vamos sair, beber e pegar... Não, nada de pegar garotos, eu vou me comportar e irei me guardar para o Ben.

- Ben? Sério? Ele nem deve ter notado você, não seja iludida.

- Affe... Vamos sair logo?

Eu conheço Emma, quando ela invoca em fazer algo ela não desiste e não definitivamente não poderia recusar, mesmo eu não estando muito afim de sair. Eu fui para a parte de baixo da casa atrás da minha mãe, pedi permissão para ela para que eu pudesse sair com Emma e o mais engraçado foi que dessa vez ela deixou numa boa. Eu subi para meu quarto e fui me arrumar para sair com Emma.

Nós fomos pegar o ônibus na esquina de casa, fiquei zoando muito a Emma pelo seu ataque de pânico quando começou a suspeitar da gravidez, fiquei aliviado ao saber que ela não estava gravida, não que ter um filho fosse um problema, mas ela não estava preparada para ser mãe, ela mal podia cuidar de si mesmo. Entramos no primeiro ônibus que passou e fomos até o centro da cidade, já se passavam das 19:00, eu não sabia para onde Emma estava indo, apenas a segui durante todo o caminho. Mesmo com tantos lugares legais para ir, Emma escolheu o lugar que nós não poderíamos entrar.

– Sério? Aqui? Nós só temos 16 anos, eles nunca vão deixar a gente entrar aí! – Disse eu a ela.

– Relaxa, eu já vim aqui várias vezes, eles nem pedem documento nem nada. Confia em mim, só dessa vez? Sério, vai ser muito legal, eu prometo que você não irá se arrepender. Vamô? Por favor?????

– Emma, eu não sei! Aí não é lugar para gente da nossa idade.

– Você vai amarelar de novo? Poxa, só dessa vez! Ein?

– Tá bom, só dessa vez!

Emma foi andando na frente e eu fui a seguindo, ela parou em frente ao segurança e disse que gostaria de comprar entradas, ele apenas perguntou se ela estava acompanhada, ela apontou para mim dizendo que ela estava comigo, o segurança deu os ingressos numa boa e como ela disse, ele nem pediu documentos.

– Viu? Eu venho aqui direto, eles nunca pedem documentos! – Disse Emma.

Nós entramos no local que realmente era bem bacana, luzes piscando, música eletrônica e vários tipos de bebidas. Eu já tinha 16 anos e não havia virado um copo de álcool na boca, Emma sempre tentou me convencer a experimentar, mas eu sempre recusava. Emma puxou meu braço e me arrastou até o balcão, lá ela pediu para o barman dois copos de Askov pura com energético.

– Dois copos? Você sabe que eu não bebo!

– Uhum, ok? Não bebe? Vou fingir que não acredito, ok? Mas hoje você vai beber, você precisa experimentar. Eu confesso que estou curiosa para ver como você fica bêbado.

– Eu tenho medo de ficar igual a você Emma!

– Mas o que? Eu sou super tranquila, nem parece que eu estou bêbada!

– Como é? Você cai, fala coisas que não devia, ri de coisas sem sentido, mexe com as pessoas na rua...

– Eu entendi, eu entendi garotão! Pare de fingir que você não faz o mesmo quando bebe!
O barman trouxe os dois copos para nós, o copo era realmente grande e tinha bebida até a borda. Emma ficou falando o tempo todo 'Vira vira vira', por mais que eu tivesse curiosidade, eu não sabia o que poderia acontecer se eu ficasse bêbado. – Tá eu vou experimentar. – Disse para ela. Virei um, dois, três e depois perdi a quantidade de copos que bebi, se eu soubesse que aquela bebida era tão boa eu teria começado a beber antes. Bom, na verdade.... Essa história que eu nunca bebi é o que eu sempre conto para minha mãe, é que eu prefiro não lembrar das coisas que eu faço quando bebo. - Ai ai, não gosto nem de pensar. - Pensei. Depois de alguns copos eu já estava pulando e dançando no meio da galera, eu fiquei dançando o tempo todo com a Emma, nós caímos o tempo todo. Até que estava divertido.

– Ei, olha quem está ali! – Disse Emma apontando para um garoto que estava sentado nos banquinhos próximos ao balcão.

Quando eu vi quem era, naquele instante me exaltei.

– Noah, esse moleque me persegue! Vou lá falar com ele agora, ele arruinou minha vida. Ele é um idiota.

– Isso vai lá, mostre a ele quem é que manda Max!

Emma continuou dançando e bebendo na pista de dança e eu fui em direção de Noah, fui o caminho inteiro falando sozinho e planejando o que dizer a ele, o que me viam já pensavam na hora 'Esse está completamente bêbado'. Quando me aproximei, eu bati eu seu ombro e ele se virou na hora.

– Você arruinou minha vida! – Disse para ele.

– O que? – Perguntou Noah

– EU DISSEM, QUE VOCÊ ARRUINOU MINHA VIDA!

– AH, agora melhorou, é que o som está meio alto aqui e não consegui ouviu direito, sabe? Você está meio bêbado garoto, acho melhor você voltar com sua amiguinha antes que você pague algum mico.

– Você não manda em mim, eu que mando aqui!

Nesse instante eu fechei minha mão e mirei um murro no rosto de Noah, mas como estava um pouco bêbado acabei me desequilibrando e caindo no chão. Acabei batendo a cabeça no chão e desmaiei no mesmo instante.

Nós, Nós mesmos e o Tempo [1 e 2]Where stories live. Discover now