Capítulo 50 - Sou o seu pai.

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☛ Recadinho! (Desculpinhas gente!)

Oie, tudo bom? Bom gente, eu disse no capítulo 48 que a história estava acabando, certo? Mas, eu fiz as contas erradas dos capitulos. Eu deixo todos salvos no Word e por algum motivo alguns capitulos emendaram um no outro e foram salvos juntos. Ontem eu fui checar e reparei o erro que cometi. Mil desculpas gente! Mas a história está realmente acabando, falta bem pouco para acabar, felizmente para alguns e infelizmente para outros. Porém, eu gostaria que vocês deixassem nos comentários se vocês querem que eu poste todos os capítulos finas de uma vez só ou que eu vá postando os capítulos aos pouco. Bom, vocês decidem meus amores. 💕 Obrigado e boa leitura.

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Quando acordei, Emma estava deitada no meu colo e nós estávamos no banco de trás de um carro. Eu acabei pegando no sono e acordei com o homem falando algo. – Está bom aqui para vocês? – Perguntou o homem com o sorriso no rosto. Eu ajustei meu corpo para conseguir ver melhor onde eu estava e quando reparei, aquela era a minha rua e ele havia estacionado o carro próximo a minha casa. – Então ele namora alguém da minha rua. – Pensei.

Eu cutuquei o ombro de Emma na intenção de faze-la acordar, digamos que eu tive que dar umas boas sacodidas e um leve frito para que ela acordasse. Emma acordou assustada, seus olhos estavam arregalados de susto e vermelhos de tanto sono. – Já chegamos? – Perguntou Emma coma voz sonolenta. Eu balancei minha cabeça respondendo que sim e dei uma leve gargalhada ao ver a Emma naquela situação, seu rosto estava marcado com os detalhes da minha calça e aquilo estava me fazendo rir sem parar.

Eu abri a porta do carro para Emma ir descendo e eu me aproximei do taxista para agradece-lo. O homem estava se olhando pelo retrovisor, ele começou a ajeitar sua camiseta e começou a dar uma mexida no seu cabelo e em seguida ele pegou um perfume que estava no banco do lado e começou a jogar nele uma enorme quantidade. Eu comecei a dar uma olhada nele durante alguns instantes, ele era tão familiar para mim, ele com certeza me lembra alguém. – Mas quem? – Pensei durante algum instante na tentativa de me recordar de quem aquele rosto me lembrava.

– Moço, muito obrigada. Aqui está ótimo. Tem certeza que não quer eu o pague? – Perguntei.

O homem se virou para minha direção com um sorriso familiar. – Não se preocupe, jovem! Bom, se não se importa já vou descer do carro, preciso encontrar algumas pessoas. – Disse ele um pouco empolgado. Eu desci do carro e em seguida o homem também desceu, ele fechou as janelas e as portas do carro. – Muito obrigada mesmo, senhor! – Falei mais uma vez. O homem apenas respondeu com um sorriso, ele pareceu nem ter me ouvido agradecer. – Ele está realmente entusiasmado com algo. – Pensei.

Eu peguei na mão de Emma e fomos andando de mãos dadas até chegar na porta de casa, fomos andando lentamente já que estávamos de ressaca e com muito sono. Eu coloquei a mão no meu bolso e dei falta das minhas chaves. – Droga. – Falei enquanto olhava para Emma. Eu apertei a campainha da minha casa e não demorou muito para que minha mãe abrisse a porta. – Nossa, ela foi tão rápida. É como se ela já estivesse atrás da porta esperando alguém chegar. – Pensei.

– Filho? – Disse minha mãe com os olhos espantados.

Minha mãe estava toda arrumada, ela havia colocado um vestido preto com algumas pedrinhas brilhantes e que tinha um decote que realçava sua beleza. Ela estava usando um colar dourado que ela tinha ganhado do meu avô, era raro eu ver ela usando aquele colar, ela só o usa em ocasiões especiais.

– Uau! – Exclamei deslumbrado ao ver minha mãe naquele instante. – Você está linda, mãe!

– É realmente, a senhora está linda, sra. Bea. – Disse Emma.

Não deu tempo de minha mãe responder, uma voz familiar se aproximou. – Bea? É você? Meu Deus, você está ótima. – Falou uma voz masculina. Emma e eu nos viramos em direção a voz totalmente sincronizados, até pareceu ensaiado. Era o taxista, ele estava parado olhando para minha mãe de uma forma que parecia que ele a comeria com olhos. – Léo? – Disse minha mãe franzindo a testa.

Minha mãe ficou parada de boca aberta olhando para aquele homem chamado Léo. – Será que ele veio se encontrar com a minha mãe? Será minha mãe é a mulher que aquele homem havia mencionado? Hmm... Minha mãe vai desencalhar. Aleluia! – Pensei.

– O que você está fazendo aqui, Léo? – Perguntou minha mãe com a voz enfurecida.

– Eu vim ver você e o... – Disse o homem.

Minha mãe o interrompeu antes que ele pudesse terminar a frase. – Max, vai para dentro! – Disse minha mãe me encarando de um jeito que eu nunca vi ela me olhar, exceto quando eu quebrei o vaso de flores favorito dela, aí ela fez um olhar parecido com aquele.

– Como é? – Perguntei franzindo a testa.

– Você é o Max? – Perguntou o homem que pareceu totalmente surpreso ao saber meu nome. Ele começou a dar um sorriso ao voltar a me encarar.

– Sim, sou eu. Por que? – Perguntei.

– Eu sou o Léo. – Disse o homem de uma forma como se acreditasse que eu já o conhecia antes.

– Max... – Disse minha mãe.

– Sou eu, Max. – Disse o homem interrompendo minha mãe. – Espera, você não sabe quem eu sou, não é? Sua mãe nunca falou de mim para você?

Eu olhei para minha mãe e ela voltou a encarar o homem de uma forma assustadora. – Mãe? – Perguntei com a voz baixa, quase sussurrando. Eu estava com muita vergonha naquele momento, aquele homem falava com convicção que eu o conhecia, mas não, eu não tinha a menor ideia de quem ele era.

– Eu sou o seu pai, Max... – Disse o homem.

O homem até falou algo depois dessa frase, mas eu não consegui prestar atenção em nenhuma palavra. O som dele me dizendo 'Sou o seu pai' ficava martelando na minha cabeça sem parar. Segundos depois, tudo ao meu redor pareceu perder o som, eu olhava para o homem eu poderia ver seus lábios se movimentando, mas som nenhum chegava até aos meus ouvidos. Eu encarava minha mãe que também estava com seus lábios em movimento, mas eu não conseguia ouvir ninguém. Emma, estava parada boquiaberta me olhando fixamente, seus olhos estavam arregalados, como se demonstrasse surpresa.

– Isso é verdade, mãe? – Perguntei com lagrimas caindo dos meus olhos. Eu não sabia ao certo o motivo das lagrimas estarem caindo. Eu passei a vida toda odiando uma pessoa que eu nunca havia conhecido e que não tinha o menor interesse de conhecer.

– Sim, filho. Ele é o seu pai. – Disse minha mãe.

Eu entrei para dentro da minha casa correndo, subi as escadas e fui para o meu quarto, fechei a porta com a chave. Eu encostei meu corpo na porta e ele foi deslizando para baixo até que eu chegasse por completo no chão, eu fiquei sentado no chão. Eu nunca quis conhecer o meu pai, mas aconteceu e ele me viu chorar. Eu deveria ter tido qualquer outra reação, mas chorar na frente dele me fez parecer o fracassado. 

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Nós, Nós mesmos e o Tempo [1 e 2]Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum