Capítulo 42 - Vou segui-lo.

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10 de junho de 2015 ás 09h55m.

Eu estava na sala de aula, poderia estar presentando atenção no professor, mas tinha algo realmente me incomodando. De um lado, Emma mexendo no celular e do outro o Noah mexendo no celular. Aquilo era realmente estranho e suspeito, será que eles estavam conversando entre eles? Ou será que era só coisa da minha cabeça? O Noah deveria estar conversando com o Jonathan ou então com a Amanda, ele está mais animado com esse bebê, do que os próprios pais. Agora, e a Emma? "Será que ele está de namorado novo? Mas ela sempre conta tudo para mim, por que ela não me falaria do namorada novo?." – Pensei. De repente escuto alguém chamando meu nome, eu voltei para a realidade e adivinha só? A professora estava na minha frente.

– Não quer assistir minha aula, Max? –Perguntou a professora com uma cara nada boa.

– Que? Claro que quero. – Falei.

– Não é o que me pareceu. Você não estava nem prestando atenção naminha aula. Se não estiver satisfeito, pode sair da minha aula... Eu não ligo.

Logo a sala de aula começou a rir da minha cara. Como se aquilo fosse engraçado, não é? Todo mundo já passou por isso na sala de aula. De repente você está focado na aula e segundos depois você começa a pensar na vida e nos erros do passado. "O que realmente foi uma sacanagem era que o Noah e a Emma estavam usando o celular na cara da professora e ela ignorou. Agora, porque eu, Max, estava sem prestar atenção alguns segundos, ela vem dar discursinho? Me faça um favor, né?." – Pensei.

– MAX? – Gritou a professora.

– O que foi? Eu estou prestando atenção.

***************

11 de junho de 2015 ás 15h23m.

Eu estava na hora do almoço do serviço, mas eu confesso que já estava enjoado de comer a comida no restaurante da minha mãe. Não que a comida não fosse boa, mas é que uma hora enjoa, entende? Eu fui encontrar o Noah e convida-lo para ir sair comigo.

– Oi amor, você está no horário de almoço? Vamos sair para algum lugar? Comer algo em outro lugar. – Falei.

Noah coçou a cabeça e fez uma carinha de quem com certeza iria arrumar alguma desculpa para não ir.

– Sabe o que é... – Falou Noah.

– Quer saber? Vou sozinho. Faz o que tiver que fazer aí. – Falei interrompendo Noah.

Eu já estava estressado. Ele estava fazendo muita coisa e me excluindo. Eu só queria poder voar no pescoço do Noah, para ver se ele aprenderia uma lição. Porém, eu tinha que tentar ser o namorado descente, o que não sente muito ciúmes e que não arruma brigas. Estou me esforçando muito. Mas em certo momento, enquanto eu saia andando pela rua, tive uma grande ideia. "Vou segui-lo." – pensei. Aquilo faria de mim um mal namorado? Talvez sim, mas eu não estava nem aí, só queria descobrir com quem Noah estava conversando todo esse tempo e o porquê ele ficava de segredinho desse jeito.

Nós, Nós mesmos e o Tempo [1 e 2]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora