Capítulo 20 - Que vergonha!

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A parte mais ruim de eu ter me assumido para minha mãe, é que agora ela não para de me fazer perguntas indiretas. Minha mãe sempre foi dessas ela chega e pergunta, não importa o quão chocante seja. Na cabeça dela tudo deve ser totalmente natural entre mãe filho, os diálogos devem ser abertos, mas isso de acordo com ela. Eu realmente não gosto de falar sobre sexo com a minha mãe, eu não sei se é apenas eu, mas eu sempre acho muito desconfortável falar sobre esse tipo de coisa com a minha mãe. Eu me lembro quando era mais novo e minha mãe me disse: Max, nós precisamos conversar. Naquele instante eu havia pensado que eu tinha feito algo de errado ou que ela me colocaria de castigo, quem dera fosse isso. Eu me lembro até hoje, minha mãe se sentou ao meu lado e abriu o livro mais nojento em que vi na minha vida. No livro tinha várias imagens de órgãos gênitas femininos e masculinos ilustrando as doenças sexualmente transmissíveis. Minha mãe não esperou nem eu começar a estudar sobre o assusto na escola.

Minha mãe me ficava perguntando coisas constrangedoras sobre o Lucas, coisas que eu não sei e que eu nem havia parado para pensar. – Você viu o brinquedinho dele? É grande? Você tem que tomar cuidado, porque os grandes machucam Max! Porém, eu nem sei se você é o passivo, você é o passivo Max? – Perguntou ela.

– Mãe! Que vergonha, olha as coisas que você está falando! Eu ainda nem fiz sexo... E não, eu não vi o pau do Lucas.

– Você ainda é virgem? Isso é tão fofo. Isso aí querido, espere a pessoa certa aparecer em sua vida.

– OHH Mãe!

– Tá legal, vamos mudar de assunto. Nossa, esses adolescentes têm vergonha de tudo, até de falar com a própria mãe.

– Mas quem não tem vergonha de falar sobre essas coisas com as mães?

– Eu acho que as meninas não têm vergonha de falar sobre essas coisas com as mães. Eu por exemplo, nunca tive vergonha de falar sobre essas coisas com a minha mãe. Já os meninos, devem falar com seus pais.

– É, mas você é um caso de estudo, né mãe? Você nunca tem vergonha de nada. É nessas horas que eu penso: Oh Pai, porque abandonastes a mamãe? Agora eu tenho que falar de sexo com ela.

– Bobo. Você é igualzinho ao seu pai, herdou o mesmo senso de humor. Menos o caráter, você sem dúvida é muito melhor que ele.

– Tá legal, NÃO QUERO FALAR SOBRE O HOMEM QUE VOCÊ DIZER SER MEU PAI. Eu vou para meu quarto, me deitar e mandar mensagem para o Lucas.

– Ok, vai lá. E esse homem é realmente seu pai garoto! Ou você acha que eu fiz você sozinha?

– Ain Meus Deus, você me fez imaginar uma cena horrível mamãe!

– Garoto, sobe para seu quarto!

Eu fui para meu quarto e me joguei na cama. Peguei meu celular e mandei mensagem para o Lucas perguntando como ele estava, assim que mandei ele me respondeu na hora. Era como se ele tivesse com o celular na mão esperando minha mensagem chegar. Então eu mandei outra mensagem perguntando se ele gostaria de ir no cinema comigo e adivinha só? Novamente ele respondeu rapidamente dizendo que adoraria e perguntou o horário. Eu disse para ele apareceu por aqui umas sete horas e ele disse que estaria aqui naquele horário. Como ainda era de tarde, eu fiquei deitado na cama jogando no celular até as horas passarem. 

Nós, Nós mesmos e o Tempo [1 e 2]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora