Capítulo 15 - Bar.

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 Já se passavam das oito da noite, Emma estava e ajudando a encontrar uma roupa para mim ir no aniversário de Noah. Eu não ia para essa festa, mas Emma e Noah me encheram tanto nesses últimos dias que decidi ir e sem falar que eu queria ouvir as desculpas que Noah falaria. Eu terminei de me arrumar e fui para a festa com Emma, chegamos e batemos na porta, quem abriu foi Amanda. – Olá, sejam bem-vindos. Por favor entrem e fiquem a vontade. – Disse ela com um belo sorriso no rosto. Ela nos tratou tão bem assim que chegamos, mas mesmo assim eu não conseguia retribuir nem ao menos com um pequeno sorriso.

– Vocês aceitam algo para beber? – Perguntou Amanda.

– Não, obrigada. – Respondi.

Emma olhou para mim e percebeu que eu estava um pouco desconfortável. – Ele não quer, mas eu quero. – Disse Emma. Amanda foi até a cozinha buscar e em seguida Emma me encarou com uma cara brava.

– O que foi Emma? – Perguntei

– Precisa tratar as pessoas assim?

– Tratar como?

– Sorria de vez em quando, ok?

– Ok! Vou sorrir, Emma!

Amanda voltou e entregou o copo para Emma. – Aqui está. Bom, o pessoal está lá no quintal para a festa, se vocês quiserem ir se juntar com a gente. Já está quase na hora de cantarmos os parabéns! – Disse Amanda.

– Ahh, ok. Vamos para lá então. – Disse Emma enquanto puxava meu braço.

Noah estava em frente à mesa com o bolo e seus pais estavam tentando ligar as velinhas. Tinha muita gente conhecida na festa, alguns amigos e vizinhos. Antes de cantar os parabéns o pai de Noah anunciou que ele faria uma declaração para alguém bastante especial. Naquele instante eu fiquei trémulo e nervoso. Comecei a pensar em cada coisa que Noah poderia falar de mim e qual seria a reação das pessoas ao escutarem a declaração? Noah foi até o meio e ficou à frente de todos e começou a falar.

– Amanda... – Começou ele a dizer.

Só de ter escutado o nome dela já foi o bastante para meu coração se quebrar por completo. Emma segurou forte minha mão. – Você está bem? – Perguntou ela. Eu apenas balancei a cabeça e voltei correndo para a sala, abri a porta e sai correndo para casa. Emma saiu correndo atrás de mim, ela me segurou meu braço. – Vem comigo!

– Para onde? Eu quero ir dormir! – Disse para ela.

– Max, só vem comigo, ok? – Falou Emma.

Emma chamou um taxi e fomos para um bar no centro. Nós entramos, bebemos e ela me ouviu chorar e dizer o quanto eu odiava o Noah durante longas horas. Certo momento eu senti alguém pôr as mãos em meus ombros, quando me viro me deparo com um menino em minha frente.

– Olá? – Disse ele sorrindo e que sorriso, era um sorriso encatador.

– Oi. – Respondi.

– Eu não quero ser um cara chato, mas eu e minhas amigas tínhamos reservado essa mesa. O cara do balcão esqueceu de avisar vocês que essa mesa estava reservada.

– Ohh, tudo bem! Eu.. Nós achamos outro lugar.

Eu olhei para o lado e para o outro e depois encarei Emma.

– Não tem lugar nenhum livre, droga. – Disse para o garoto.

– É, hoje está bem lotado. Hmm.. Mas vocês não precisam sair, são apenas três amigas. Se vocês quiserem podem se juntar com a gente. – Disse ele.

– Por mim, ok! – Disse Emma.

– Por mim também. E suas amigas, não vão achar ruim? – Perguntei.

– Vou chamar elas, mas tenho certeza que não!

O garoto voltou com suas amigas e eles se sentaram na mesa. – Bom, essas são Julie, Raissa e Bella. E eu sou o Lucas. Qual o nome de vocês mesmo? – Disse ele.

– Prazer, eu sou o Max e essa é minha melhor amiga Emma.

Ficamos conversando sem parar, eles eram pessoas legais e bem divertidas. Lucas era bem engraçado, ele ficava o tempo todo contando histórias engraçadas que aconteceu com ele e suas amigas. Nós saímos do bar e fomos para uma praça ali perto, nos sentamos no banco e Lucas tirou uma cartela de cigarros e entregou para suas amigas e ofereceu para Emma. – Aceita? – Perguntou ele. Para minha surpresa Emma aceitou, em seguida ele olhou para mim e me ofereceu. – Não obrigada, eu não... – Disse.

– Gente, já está muito tarde! Eu moro aqui perto, vocês querem ir para minha casa? – Perguntou Julie.

Eu olhei para Emma e ela olho para mim. – Você quer ir? – Perguntou Emma.

– Se você for, eu vou! – Respondi.

– Então, vamos! – Disse Emma.


Nós, Nós mesmos e o Tempo [1 e 2]Where stories live. Discover now