Capítulo 16

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Os beijos e as carícias só foram interrompidos para que Louis pudesse pegar um pouco de gelo e colocar sobre o hematoma no maxilar de Harry e cuidar dos ferimentos nas mãos dele, os pontos na testa do Styles também já estavam bem cicatrizados e alguns caíam, então Louis o ajudou a tirar todos de uma vez.

-Obrigado. – a voz de Harry foi só um murmúrio quando eles terminaram e Louis voltou a se sentar em seu colo.

-Não precisa me agradecer por isso.

-Preciso sim. – ele segurou o rosto do Tomlinson e o beijou lentamente. –É bom ser cuidado desse jeito.

A admissão foi feita quase timidamente e Louis sentiu o coração acelerar com aquelas palavras, ele gostava de cuidar do Harry e queria fazer mais por ele... O Styles estava despertando um sentimento novo nele, uma mistura confusa de desejo e carinho e querer estar junto e saudade quando estavam só algumas horas longe e... Louis respirou fundo quando aquela torrente de pensamentos e sentimentos lhe atingiram desenfreadamente.

-Tudo bem, Lou? – Harry perguntou ao notar a expressão estranha no rosto do outro.

-Claro, está sim. – disfarçou enquanto tentava se controlar. –E você, está melhor?

-Muito melhor. – admitiu com um sorriso. –Eu ainda estava tão irritado com toda a merda de ontem.

-Eu imagino... Aquele garoto é mesmo desprezível.

-Estava tudo indo tão bem antes dele aparecer. – Harry se recostou mais no sofá e Louis se ajeitou melhor em seu colo, os dedos passando carinhosamente pelos cabelos longos e macios. –Ainda não acredito que ele foi tão baixo a ponto de falar da minha mãe... Não consigo entender como alguém pode ser assim, e o pior é que ele sempre foi desse jeito.

-Não dá para entendermos pessoas que agem como ele. – Louis concordou e depois se encostou ao peito de Harry, se sentindo tão bem ao ter os braços fortes ao redor do seu corpo. –Mas tenta esquecer um pouco aquele idiota... O que acha de prepararmos algo para o almoço?

-Você vai ficar para almoçar comigo? – a simples ideia de ter Louis por mais tempo ali fazia o dia de Harry ganhar uma tonalidade totalmente diferente, era como se tudo ficasse mais brilhante e vívido.

-Posso?

-É claro que pode. – riu e o beijou. –O único problema é que minha geladeira continua vazia.

-Você ainda não foi ao mercado? – revirou os olhos, o clima voltando a ficar ameno enquanto a conversa sobre Gabe ficava para trás.

-Não, eu odeio fazer compras. – Harry resmungou, mas Louis já estava se levantando e puxando-o pelas mãos.

-Vai se trocar, nós vamos abastecer sua geladeira e depois preparar um almoço bem gostoso.

-Você vai cozinhar pra mim? – Harry arqueou uma sobrancelha ao ser puxado para fora do sofá e depois empurrado em direção ao quarto.

-Nós iremos cozinhar algo. – corrigiu, dando ênfase na palavra nós.

-Não sou tão bom nisso não!

-Também não sou o melhor. – Louis riu. –Mas acho que juntos conseguimos fazer algo bom, não é?

Eles estavam no corredor do quarto e Harry se moveu rapidamente ao se virar e prensar Louis contra a parede, o contato dos corpos fazendo os dois arfarem e sorrirem. Harry nem sabia por que aquela frase tinha mexido com ele, mas mexeu, Louis estava apenas falando de comida, de um almoço que preparariam, mas as palavras pareciam ter um significado mais forte e profundo do que isso.

IncontrolávelWhere stories live. Discover now