DOZE

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***[ALERTA GATILHO SUICÍDIO] - SE VOCÊ PENSA EM COMETER VIOLÊNCIA CONTRA SI MESMO, LIGUE 188 PARA FALAR COM O CVV***
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Não deixe de me presentear com sua estrelinha e um comentário nos capítulos. São MUITO importantes!!!

beijos purpurinados,

Kami <3

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VICTOR HUGO

Impossível dizer que Jaqueline não é a mulher perfeita para mim. Além de linda, tem um coração bondoso, um sorriso contagiante, uma alma pura e me ama como eu jamais fui amado ou amei alguém.

Mesmo que o nosso casamento tenha se tratado de um negócio, nem por um segundo, depois que a conheci, me arrependi de ter seguido as ordens do meu pai de me casar com a herdeira da família Santiago.

Nosso namoro durou apenas dois meses, que foi tempo suficiente para planejar o nosso casamento. E hoje estamos completando nosso sexto mês de casados. Tive que, literalmente atravessar o continente para estar com ela hoje, já que Jaque ficou doente e não conseguiu viajar para a Austrália como combinamos para comemorarmos.

— Como eu odeio essa mudança de fuso horário. — resmungo entrando em casa. — Amor, onde você está? — deixo minha mala próxima a escada e vou em direção ao delicioso cheiro de comida que exala pela casa.

— No jardim. — avisa docemente. — Cozinhei para nós!

— Amor... — cumprimento-a com um beijo leve quando finalmente a encontro.

— Tá, Romeu cozinhou para nós. — admite. — Mas eu escolhi tudo. Vem, senta aqui. — há uma pequena mesa redonda disposta e bem arrumada.

Como sempre, Jaque exala um perfume doce e está impecável usando um vestido formal demais para a noite quente na sua cor favorita, verde.

— Não consigo mais esconder isso... Estou grávida, vamos ser pais! — fala animada e imediatamente a abraço beijando-a.

— É sério? — questiono animado.

— Eu te odeio, Victor Hugo! — ela me empurra de repente gritando e derrubando tudo sobre a mesa. — Eu odeio você e essa vida de merda.

Jaque começa a arranhar o próprio rosto e, quanto mais tempo me aproximar, mais parece que estou me afastando. Tento gritar para que ela pare, mas é como se minha voz não existisse.

— É o único jeito de fazer isso parar! — não estamos mais no jardim da nossa casa, estamos na varanda de um apartamento, o lugar que ela insistiu que deveríamos visitar e comprar. — Eu preciso fazer isso, Hugo. Sinto muito. — então ela pula sem que eu consiga impedi-la.

Acordo em um sobressalto gritando para que ela não faça o que fez. Sem conseguir controlar minha respiração, o ar me falta por certo tempo e desejo que falte para sempre.

O telefone toca trazendo-me de volta para a realidade.

Que horas você chega, Hugo? — é Vic, minha irmãzinha.

— Devo chegar lá para uma da tarde.

Está tudo bem?

— Ótimo! — limito-me a dizer isso. Não preciso encher a cabeça da minha irmã com mais problemas. Ela já parou boa parte da própria vida por muito tempo por minha causa. Eu deveria cuidar dela, não o contrário.

Meu Viúvo - (COMPLETO)Where stories live. Discover now