VINTE E UM

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Não deixe de me presentear com sua estrelinha e um comentário nos capítulos. São MUITO importantes!!!

beijos purpurinados,

Kami <3
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Das coisas que parei de consumir desde a morte de Mauro, pizza foi uma delas e mesmo sem saber, Luís acertou em cheio me levando em um rodízio de pizza.
Apesar de ter aceitado o convite de Luís mais para irritar Victor Hugo, tive uma ótima noite. Luís é mais inteligente e divertido do que eu tinha pensado.
Eu até me arrependi de tê-lo usado. Nunca gostei de joguinhos, nem de usar as outras pessoas. Então voltei para casa recusando a companhia de Luís, agradecendo a comida e a bebida, disposta a conversar como adulta com Victor Hugo.
— Cala a boca e me escuta. — peço logo que ele abre a porta da frente que quase destruí apertando a campainha ao mesmo tempo que batia freneticamente na porta.
Estou completamente encharcada. A chuva começou logo que Luís e eu nos despedimos.
— Você está bêbada? — tenta me puxar, mas me recuso. Colocando o dedo indicador em seus lábios e faço barulho de “shhh” — Só bebi um pouco. De qualquer forma...
— Entra, Helena! O mundo tá caindo aí fora e você toda molhada.
— Eu preciso falar! — ele parece impaciente e passa a mão no rosto. Sempre faz isso quando tá irritado.
— Então fala.
— Eu não gosto de beber. Fazia quando era solteira e ia pra micareta. — aviso. — Desde a morte do Mauro, essa é a segunda vez.
— Podemos entrar, por favor? Você vai ficar doente...
— Por que nunca me deixa falar? — finalmente entro irritada. — Eu só vim falar que sou idiota por ter achado que você estava me demitindo por não termos transado ainda.
— Ainda? — ele questiona com um sorriso debochado enquanto me conduz para algum lugar que, no momento, não sei identificar.
— Foca no que importa. Vamos tomar banho de chuva? — chamo já correndo porta a fora enquanto ele me chama de volta. — Vem, Victor Hugo.
— Volta pra dentro, Helena. Você vai cair ou ficar doente.
— Só depois que o senhor vier me buscar! — grito e ele corre em minha direção. — Eu tenho uma palavra mágica. — sorrio enquanto ele tenta me tirar da chuva também rindo.
— Tem sim. Agora vamos entrar.
— O senhor não era um homem de palavra? — desafio.
~*~
O sol entra pela janela que esqueci de fechar ontem e o desfile de sete de setembro na minha cabeça não ajuda em nada. Com um gemido, deslizo mais ainda para debaixo das cobertas, agora cobrindo também meu rosto e sinto algo que há muito não sentia. Um corpo masculino nu na cama comigo.
— Que não seja ele. Que seja ele. — sussurro para mim mesma sem saber ao certo se quero que seja ou não Victor Hugo na minha cama e devagar abro meus olhos encarando um abdômen feliz ou infelizmente já conhecido por mim com uma linha de pelos que leva até... — Por que essas coisas tem que acontecer comigo?
— Bom dia, Helena. — diz e imediatamente subo o meu rosto em direção ao seu rosto que também está debaixo da coberta tentando controlar sua risada.
— O que aconteceu?
— Não lembra?
— A gente não...? — ele parece irritado e começa a rir em seguida.
— Apesar de você ter tentado muito me seduzir com sua... como é mesmo?
— Por favor, não diga “dança do acasalamento”. — sussurro, mas o maldito ouve.
— Exatamente. — gargalha. — sua dança do acasalamento, Helena.
— Me mata, meu Deus!
— Por que? Foi fofo. E engraçado. — ele me puxa para fora das cobertas. — De qualquer forma, você não conseguiu me seduzir.
— Por que me sinto ofendida com isso?
— Não precisa. — ele me beija duas vezes seguidas ficando por cima de mim e o sinto duro. — Isso é porque ontem você me chamou de “senhor”.
— Palavra mágica? — questiono com minha memória voltando aos poucos apesar da dor de cabeça enquanto ele deita ao meu lado novamente.
— Exato. — ele ri e parece que é o único som que não me incomoda no momento.
— Eu...
— Você continua pura e casta, Helena. — avisa. — Só estamos sem roupas porque você me fez encharcar a minha na chuva.
— Estamos na minha casa. — comento mais comigo do que com ele.
— Tentei te convencer a ficar no sofá comigo, mas você disse que precisava me mostrar algo.
— E o que eu mostrei? — ele parece estar se segurando muito para não rir.
— A dança.
— Meu Deus. Me desculpa, isso é algo que minha irmã e eu fazíamos quando meu irmão levava alguém em casa, só para irritá-lo.
— É bem... despretensiosa.
— É ridícula. — mergulho minha cabeça embaixo do travesseiro.
— Você teria conseguido me seduzir com ela se estivesse sóbria. — me vira de volta e fica por cima mais uma vez. —
Na verdade, nem precisa fazê-la para me seduzir, Helena.
— Que horas são?
— Quem se importa? É sábado. — seu rosto desce em direção ao meu e viro tentando encontrar as horas fazendo sua boca encontrar meu pescoço e minha pele se arrepiar quase que imediatamente. Golpe baixo!
— Eu me importo.
— Certo. Não se mexa. — avisa e fico quietinha enquanto ele procura seu celular. — Seis da manhã.
— Por que estamos acordados às seis da manhã? — reclamo.
— Porque você estava conversando com meu pau debaixo das cobertas e acordei. — argumenta voltando a ficar por cima de mim. — Agora, podemos continuar?
— Eu... não sei.
— Trabalho apenas com “sim” ou “não”, Helena. — sua boca desce pelo meu pescoço, passa por entre meus seios, deslizando a língua pela minha barriga roubando-me um suspiro e parando.
— Victor Hugo! — ele sorri.
— Diga sim. — faz o caminho reverso, agora com pequenos beijos em meu corpo. — Ou não. — seus lábios vão até minha orelha. — Por favor, não diz que não, Helena.
— Eu quero, mas...
— Mas...
— Faz um tempo desde a última vez. — admito e deitando ao meu lado, Victor Hugo me puxa para o seu peito. — Desde o Mauro eu não...
— Quanto tempo faz que ele se foi, Helena?
— Quase quatro anos...
— E você não... Nesse tempo...
— As prioridades são outras. Precisei focar em trabalhar. Tínhamos uma boa vida, mas eu não terminei a faculdade porque... enfim, isso não vem ao caso. Eu larguei a faculdade quando casamos e quando Mauro se foi. Bom, me restaram as dívidas que nem sabia que tínhamos.
— E a sua família? A família dele?
— Minha família não quis saber de mim quando larguei a faculdade para casar aos dezenove anos. A família dele não quis saber de uma golpista que se casou por interesse. — dou de ombros.
— Sinto muito, Helena. Posso ajudar de alguma forma?
— Obrigada. Estou me virando bem. Quando essa dívida finalmente for quitada poderei voltar a ter uma vida, eu acho.
— Por quanto tempo vocês ficaram juntos?
— Quase o tempo que ele se foi.
— Por que casaram tão jovens? — ignoro sua pergunta. Eu sempre soube que o motivo definitivo para o pedido de Mauro, foi a minha gravidez não planejada. Nos amamos muito, mas nos conhecíamos apenas há três meses.
— Você também teve alguém?
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Lembrando que tenho outras obras completas aqui no Wattpad e também na Amazon (todas via Kindle Unlimited).
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Meu Viúvo - (COMPLETO)Where stories live. Discover now