TREZE

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Não deixe de me presentear com sua estrelinha e um comentário nos capítulos. São MUITO importantes!!!

beijos purpurinados,

Kami <3

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Imediatamente lembro de como foi realmente que minha esposa me contou que estava grávida. Mesmo que não estivesse feliz com a casa que eu havia comprado para nós, Jaqueline ainda não havia encontrado um lugar que realmente gostasse para que nos mudássemos.

Para o nosso sexto mês de casamento, havíamos combinado de passar um final de semana em uma ilha australiana. Eu havia viajado primeiro, pois tinha um compromisso de negócios em Dubai, onde ela deveria encontrar comigo em uma quinta-feira a tarde.

Mas na quarta-feira pela manhã, Jaque me avisou que não teria condições de viajar, que estava doente, provavelmente uma intoxicação alimentar e, após minha última reunião, peguei o primeiro voo de volta para São Paulo.

Quando cheguei em casa, era noite e fui direto para o jardim, onde ela avisou que estava, como no meu sonho. Com a mesa arrumada, puxei a cadeira para ela que se sentou e sem conseguir se conter, ela contou que estava grávida, mas, diferente do meu sonho, terminamos a noite fazendo amor.

~*~

— Diz alguma coisa, Hugo. — minha irmã, mais uma vez, me trás de volta a realidade.

— Parabéns, Vic. — a abraço. Não estou irritado, estou feliz por ela, assim como ela ficou por mim quando contei que iria ser pai. Mas, diferente da minha irmã, não consigo demonstrar.

— Só isso? — ela está magoada, a conheço.

— Eu...

— Deixa pra lá, Hugo. Vamos ao que te interessa. — joga alguns documentos sob minha mesa. — Essa é a proposta dos Santiago.

— Dos Santiago? — os pais da minha mulher cortaram qualquer relação comigo e com minha família após o ocorrido. Tentaram a todo custo que eu fosse indiciado por matar Jaqueline.

— Recomendo que leia com muita calma. E não recomendo que assine. Só quero que fique ciente. — avisa. — Agora preciso te apresentar devidamente à Helena. Não vou vir aqui como antes. Preciso cuidar de mim e do bebê.

— A gente já falou sobre isso, Vic. É só ela não me perturbar.

— Isso não é um pedido, Victor Hugo. Venha comigo. — diz já abrindo a porta do escritório e a sigo. — Helena é uma pessoa muito especial, então, por favor, não seja um cuzão.

Não, Gertrudes, não diz sim pra ele! Ele está dormindo com a sua irmã! — a voz que me recepcionou em casa resmunga e outras vozes se fazem presente na minha cozinha.

Eu nem a conheço e ela já está convidando pessoas para minha casa?

Ao entrar na cozinha, percebo a TV ligada tirando-me do sério imediatamente.

— ... então foi pra isso que você insistiu em uma nova empregada, Victória? — reclamo — Pagar para ela ficar assistindo TV no horário de serviço?

Imediatamente noto que Helena se assusta e por um segundo quase sinto pena dela, mas ela cai em minha direção se apoiando diretamente entre minhas pernas. Tento vergonhosamente me controlar. Helena é uma mulher bonita, não sou hipócrita.

Ela começa a pedir desculpas tão rápido quanto eu começo a brigar com ela e minha irmã rir da situação enquanto a ajuda a se levantar.

Sem saber lidar com o ridículo volume que aumenta em minha calça, aponto para a TV mandando-a desligar, tentando distraí-las da minha vergonhosa situação e saio rapidamente do cômodo voltando para meu quarto.

— Hugo! — escuto minha irmã gritar.

— Não seja ridículo, Victor Hugo! — reclamo comigo mesmo e respiro fundo tentando me controlar. — Vão ficar apenas os dois nessa casa enorme, não seja escroto!

Não demora muito e minha irmã entra no meu quarto, irritada, com toda a razão. Eu me tornei uma pessoa difícil de lidar. E após ela me fazer prometer que iria ser mais educado com Helena, se despediu dizendo que estava indo para a própria casa.

Apesar de não gostar de Augusto, marido da Victória, sabia que o certo seria ela voltar para a casa deles. Não era justo eu manter minha irmã na minha casa e fazê-la deixar a própria e o marido.

Todos os dias quando eu descia, o café já estava pronto e sempre havia alguns biscoitos. Exatamente tudo o que eu gostava e, tudo aquilo que eu não tocava, no dia seguinte não era colocado.

Helena parecia ter medo de mim e eu não a culparia depois do dia em que nos conhecemos. Optei por trocar apenas palavras necessárias com ela.

Com o meu escritório da loja sede cada vez mais tomado por meu time de terroristas, Cláudia, Stella e Túlio, decidi tomar a sexta-feira de folga. Helena claramente não ficou muito confortável. Diariamente ela assistia o raio da novela e até mesmo conseguiu me deixar interessado. A velha câmera da cozinha me ajudou a descobrir qual o canal e, todos os dias, no serviço, eu também assistia.

Na sexta-feira eu estava estranhamente ansioso pelo capítulo e pensei que deixaria minha irmã orgulhosa ao tratar Helena como igual, não que eu realmente me achasse superior a ela, mas, mais uma vez, acabei metendo os pés pelas mãos e era tarde demais percebi que a havia insultado. Após ela voltar do mercado, apenas ordenei que não voltasse até segunda-feira. Eu precisava desestressar imediatamente.

Antes de me relacionar com Jaqueline, eu tinha um comportamento desregrado, era um verdadeiro bon vivant. Mesmo que trabalhasse na empresa do meu pai, era um grande desgosto para ele que, cortou todos os meus luxos e me fez aprender a lutar pelo que eu realmente queria. E quando achou que eu estava pronto, informou que eu teria total controle das empresas, desde que aceitasse casar com a herdeira dos Santiago.

Com a morte de Jaqueline, voltei com meu comportamento de antes que, provavelmente, fez com meu pai se revirasse no túmulo até hoje. A cada noite tive uma mulher diferente em meus braços durante o primeiro ano. No início do segundo ano após minha perda, minha irmã me colocou na parede me obrigando a voltar a ser o homem que fui criado para ser. Porém, a amargura tomou conta de mim e, por mais que eu queira, não consigo me livrar dela.

De vez em quando, ainda contrato uma acompanhante de luxo para satisfazer minhas necessidades, mas diferente de todas as outras vezes em que eu frequentemente imaginava que estava com minha esposa, dessa vez a única mulher que me vinha mente era minha nova empregada fazendo com que eu dispensasse a acompanhante antes mesmo que conseguisse tocá-la.

De vez em quando, ainda contrato uma acompanhante de luxo para satisfazer minhas necessidades, mas diferente de todas as outras vezes em que eu frequentemente imaginava que estava com minha esposa, dessa vez a única mulher que me vinha mente era m...

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Meu Viúvo - (COMPLETO)Where stories live. Discover now