Ultimo Ato (Efeito Borboleta - Livro 5)

Capítulo 04

Anahí: É claro, fazem vidas, mas eu sempre soube que... – Ela suspirou, olhando as amostras de tecido na mesa de centro. Rose levara o material e levantara o assunto na sexta à noite. – Era quem eu queria ser.

Blair: NATE! – Gritou, passando pela sala. O irmão respondeu abafado do quarto – Rose vai fazer mamãe chorar outra vez! – Avisou, rumando o escritório. Anahí riu de leve.

Rose: Não estou fazendo ninguém chorar. – Ralhou e Blair dispensou.

Nate: Claro que não, você só é o bebê gorducho que resolveu ir pra faculdade. – Brincou, entrando na sala. Kevin veio atrás dele, farejando o dono – Mãe, você sabe que em um mês ela volta pedindo colo.

Rose: Você é ridículo, Nathaniel! – Desprezou, voltando a olhar as amostras.

Nate: Epa. Você não tem autoridade nem idade pra chamar meu nome nesse tom ainda, mocinha. – Anahí riu de novo. Alfonso entrou na sala, rindo da discussão e brincando e se desviando de Whitney. As vezes se perguntava por que diabos aceitara ter dois labradores em casa.

Anahí: Você está cheiroso. – Disse, fungando a mão do filho. Nate estava pronto pra sair, usava uma camisa de botões azul escura, que ressaltava os olhos, e estava de banho recém tomado.

Rose: Ao contrario da maior parte do tempo, quando você fede. – Atacou, divertida. Nate ergueu as sobrancelhas. Alfonso riu, se sentando no sofá da frente. Nate se abaixou, ficando na altura de Anahí, atrás do sofá.

Nate: Estou indo. Me abençoe, mãe. – Ela sorriu, fazendo o sinal da cruz delicadamente na testa dele com o dedão.

Anahí: Deus te proteja e te traga de volta pra mim. – Ele sorriu e ela beijou a bochecha dele. Sempre haveria um Nate doce reservado a mãe – Você vai beber?

Nate: Provavelmente. – Respondeu, vendo ela ajeitar a gola de sua camisa.

Anahí: Não dirija. – Disse, e não era uma sugestão – Leve um dos motoristas com você.

Nate: Não precisa, não volto hoje. – Ela assentiu, terminando de ajeitar a camisa dele.

Alfonso: De qualquer forma, precisando de qualquer coisa, é só acionar algum dos seguranças de plantão. – Ressaltou. Nate assentiu, se levantando – Divirta-se. – Nate beijou o cabelo de Anahí e, após checar a carteira, saiu.

Rose: É por isso que ele se acha tanto. – Desprezou, e os pais a olharam – Já é bonito, ai tem dinheiro, e vocês tratam ele como se fosse de quebrar. – Anahí fez uma careta e Alfonso ergueu uma sobrancelha.

Blair: Ela tem razão nisso, sabia? – Perguntou, voltando pra sala.

Alfonso: Deixe seu irmão em paz. Você não vai sair? – Perguntou, chamando ela com o braço. Blair sentou do lado do pai, se encostando nele, e negou com a cabeça.

Blair: Não. Trabalhei o dia todo, acabei um artigo da faculdade... Só quero minha cama. – Disse, deixando Alfonso abraçá-la e coçando a cabeça do cachorro mais próximo.

Rose: O que você acha, Bee? – Perguntou, mostrando o material que recolhera. Anahí e Alfonso ficaram em silencio, deixando as duas interagirem. Levou alguns instantes enquanto Blair olhava os papeis.

Blair: Você gosta disso? – Perguntou, virando uma folha para observar.

Rose: Sim. – Respondeu, olhando a irmã com devoção.

Blair: Então vá em frente e acabe com eles. – Disse, se recostando no pai de novo. Anahí riu. – Não sei qual a surpresa, com o tempo que ela passa dentro daquele ateliê. – Rose assentiu, satisfeita. Anahí deu um abraço de urso na filha, que soltou um gritinho.