Capítulo 37

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Nate: Do que ela está falando? – Juliet continuava totalmente tranqüila, pro desespero dos dois.

Chuck: Por que você está calma desse jeito, pelo amor de Deus?! – Perguntou, exasperado.

Juliet: Porque é meio irônico. – Admitiu, dando de ombros. Apesar de tranqüila o olhar se assimilava ao de um gavião, focado no que fazia – Eu vivi isso anos atrás. Minha mãe não conseguia olhar pra mim por mais de um ano, não conseguia enxergar nada nem ninguém, e agora é a minha vez. – Ela riu de leve.

Nate: Qual é a graça?! – Estourou, se endireitando no banco.

Juliet: Aquilo cegou ela. Tirou a esperança do meu pai. Eu estudei aquele acidente nos mínimos detalhes. Fiquei... Obcecada, por um tempo.  – Comentou, mexendo em algo no painel do carro – Se existe alguém no mundo capaz de contornar aquilo, sou eu. Ainda assim, é irônico. Eu estou no lugar da minha mãe, vocês no lugar dos pais de vocês... Ironico. – Admitiu, discando o numero de alguém. Eles esperaram. Talvez fosse ajuda.

- Hey! Você voltou? – Questionou uma voz desconhecida.

Juliet: Eu amo você. – Disse, rindo consigo mesma em seguida, os olhos na estrada. Houve um silencio surpreso do outro lado da linha. Chuck e Nate olharam, exasperados. Se entreolharam brevemente, sem conclusão.

- Eu... Você nunca disse isso. – Comentou a voz masculina, confusa.

Juliet: Você sabe, antes tarde que nunca. – Disse, dando de ombros.

Nate: Quem é esse? – Perguntou, confuso.

- Aconteceu alguma coisa?

Juliet: Eu preciso ir. Falo com você depois. – E desligou, assentindo consigo mesma e se ajeitando na cadeira – Certo, não sejam insuportáveis. Querem tirar uma foto enquanto dá tempo?

Chuck: Pelo amor de Deus... – Rosnou, puxando o freio de mão.

E não funcionou... Exatamente como não funcionara com Christopher, anos atrás.

O carro avançava a plenos motores na ponte, quase chegando na cidade... E Juliet ligou o som. Elvis começou a cantar 'Burning Love' dentro do carro e ela assentiu, ignorando a expressão ultrajada de Nate. Na ponte o transito foi tranqüilo, não havia congestionamento logo ela só desviou dos carros.

Fazer isso no transito de Nova York era impossível. NY eram engarrafamentos, sinaleiras, cruzamentos, pedestres e ciclistas. Toda vez que alguém tentava desligar a musica levava um tapa, e como ninguém queria tirar a atenção dela, desistiram, logo Elvis continuava cantando, o que era impossível. Os dois continuavam pregados na cadeira. Juliet dirigiu em círculos um bom tempo... Inacreditavelmente terminando na praia. O carro deu um pulo quando eles passaram pelo calçadão, indo pra areia.

Nate: O que você está fazendo?! – Perguntou, exasperado. Pessoas saíam da frente correndo e ela cantarolava.

Juliet: Oh, oh, oh, I feel my temperature rising... – Cantarolou, entretida, se balançando como se tentasse... Dançar.

Chuck: JULIET! – Rugiu, passando a mão no cabelo, uma mão agarrada no painel do carro.

Juliet: Calma... "Pequeno leão" – Ela riu – Ok, a parada de vocês é aqui. Charles, você primeiro. Solte o cinto e espere. Eu vou curvar o carro quando estivermos perto da água, onde areia é mais fofa. Você espera até a curva, é onde eu perco velocidade... E pula. – Resumiu, simples – A areia vai ser mais gentil que o asfalto. Nate, você fica na espera, vou fazer o mesmo com você em seguida.

Ultimo Ato (Efeito Borboleta - Livro 5)Where stories live. Discover now