Ultimo Ato (Efeito Borboleta - Livro 5)

Capítulo 06

Anahí: O que houve? – Perguntou, notando a alça estourada do vestido da menina e tirando conclusões erradas – Blair, alguém tocou em você?! – Perguntou, avançando na direção dos dois. Alfonso ergueu a mão, parando-a.

Alfonso: Está tudo bem. Você está segura, está comigo agora. – Disse, em tom baixo. – Você está ferida? – Blair negou com a cabeça. Ainda soluçava – Certo. Sua roupa está rasgada. Você consegue me dizer o que houve? – Perguntou, o rosto baixo, o tom calmo. Blair negou com o rosto. Anahí tirou o cabelo do rosto, já em pânico. – Tudo bem. Eu estou aqui.

Junto com a campainha do elevador veio um baque na sala, o som dos cachorros latindo e uma discussão a todo vapor. Anahí queria muito ir olhar o que era, mas seu pior pesadelo estava a sua frente e ela não conseguia se mover. Ela queria ligar para o segurança de Blair e pedir explicações, queria acalmar a filha, mas não conseguia sair do lugar. Alfonso a encarou, querendo acalmá-la, e Blair continuava agarrada a ele.

Alfonso: Eu preciso que você fale comigo, Bee. Quem fez isso com você? – Perguntou, acariciando o cabelo da menina. Um longo instante depois veio um murmúrio.

Blair: Nate. – Alfonso franziu o cenho e Anahí suspirou longamente, levando a mão ao rosto.

Alfonso: Nate fez isso com você? – Confirmou, e ela assentiu, mais um soluço nervoso escapando – Sua roupa está rasgada, foi só Nate? Ninguém mais tocou você hoje? – Ela negou com o rosto e ele assentiu, apertando-a mais em seu abraço – Certo. Nós vamos resolver. Você está bem, está comigo. Acabou agora. – A garota o agarrou como se não tivesse mais nada na vida e Anahí por fim descongelou.

Ela tirou o cabelo do rosto, sentindo um suor pegajoso na nuca. Anos atrás, dentro de um inferno isolado. Blair dormia, pequena, no uniforme da escola. Uma tarde horrorosa... Não, aquilo passou. Blair estava sedada. Se ela não fizesse nada, Jonathan... Não. Aquilo não voltaria. Aquilo havia acabado. Ela negou com o rosto e foi pra sala, franzindo o cenho pro tumulto. Os dois cachorros latiam aos brados enquanto Nate, Clair, Blair e Juliet batiam boca.

Clair: POIS VOCÊ FOI UM GRANDE FILHO DA PUTA! – Atacou, aparentemente barrada pelo irmão. Chuck falava algo ao telefone apressadamente, obviamente furioso – Oi, tia! – Disse, abrindo um sorriso enorme.

Nate: Você é péssima influencia, garota. – Cuspiu.

Juliet: Querido, você agora decide quem é boa ou má influencia? – Perguntou, ultrajada. Nate suspirou, revirando os olhos.

Anahí: Boa pergunta. – Houve silencio, exceto pelos cachorros – Alguém pode me explicar... Eu nem sei por onde eu começo. Já estou com dor de cabeça e nem ouvi ainda. – Chuck largou Clair e se afastou, ainda falando rapidamente no telefone.

Clair: Primeiro precisamos falar sobre pessoas sendo filhas da puta. – Disse, sentando e cruzando as pernas.

Nate: Ah, pelo amor de Deus! – Exclamou e Clair cruzou as pernas longas, dando de ombros.

Clair: Querido, você estabeleceu o padrão! – Anahí apertou o cenho.

Juliet: Minha mãe me ensinou uma coisa... – Murmurou, olhando pra baixo, como se contasse algo nos dedos.

Clair: Altos padrões. – Determinou – Estavamos na maldita boate... Por sinal, ótimo trabalho... Blair chegou depois. Estávamos dançando, Blair e eu.

Nate: Claro, dois anjinhos. – Debochou. A campainha do elevador tocou, revelando uma Madison de camisola.

Anahí: Olhem, seja o que for, Alfonso vai sair furioso dali de dentro. Eu sou a melhor chance que vocês tem, e vocês estão me irritando. – Avisou.