Capítulo 25

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Chuck: Meu amor incondicional e minha devoção pro resto da minha vida são meu presente. – Resumiu, e ela ergueu as sobrancelhas – Blair Dianna Herrera Portilla, você aceita se casar comigo?

Blair: Eu... Desculpe? – Perguntou, exasperada.

Chuck: Eu preciso ir pra guerra. – Admitiu, dando de ombros – Mas só vou vencer se você vier comigo. Você aceita? – Ele sorria abertamente. A expressão consternada dela era simplesmente adorável. Teria uma crise em breve, com certeza.

Blair: Eu... Eu preciso me sentar. – Disse, e ele assentiu, apontando os bancos atrás dela, perto das estufas. Continuava ajoelhado – Não, vou ficar de pé. Clair está filmando isso, não é?

Chuck: Eu espero que não. Minha dignidade não deve estar em alta, levando o tempo que eu estou de joelhos e você ainda não me respondeu. – Comentou.

Blair: Levante! – Grasnou, e ele riu de leve. Era exatamente o que eu esperava.

Chuck: Case comigo. – Repetiu, e ela hesitou, olhando a caixinha aberta na mão dele.

Blair: Você ficou louco? Como... – Ela tirou o cabelo do rosto – Como eu... Oh, meu Deus. – Desistiu, pondo a mão na testa. – Você está rindo de mim?

Chuck: Não me atreveria. Blair, case comigo. – Insistiu.

Blair: Pare de repetir isso! – Ele esperou – Nossos pais... – Começou.

Chuck: Shhh. – Ela hesitou – Eu não quero saber disso. Não quero saber dos nossos pais, ou da sociedade, ou da imprensa, nem do que vão falar ou pensar. Eu quero saber o que você sente.

Blair: O que eu sinto? – Repetiu, dormente.

Chuck: Eu sinto que eu quero passar o resto da minha vida com você. Eu estou te pedindo isso. Que coloque um vestido branco e jure que vai ser minha pro resto da sua vida. – Ela tapou a boca, ainda se balançando compulsivamente – Que divida uma casa, uma vida, um "pra sempre" comigo. Que, um dia, carregue meus filhos nessa barriga linda que você tem. Eu sinto que eu preciso envelhecer com você. Você quer isso? – Ela hesitou um longo momento, e ele quase podia vê-la visualizando o que ele havia oferecido.

Blair: Eu... Quero. – Disse, agora quieta demais. Os olhos estavam vermelhos; faltava pouco pra chorar – Mas não podemos sair agora e simplesmente...

Chuck: Não agora. Eu preciso ir pra guerra primeiro. Agora você só precisa me dizer se você me quer de volta. Eu vou te dar esse anel, e em seguida o mundo também. – Prometeu, decidido – Não vai ser fácil, Bee, mas estou disposto. Então vou te perguntar mais uma vez: Você quer se casar comigo?

Ele continuava de joelhos (e por sinal agora o joelho que sustentava o peso dele doía). Fazia frio, alguns flocos de neve rodopiando em volta do teto de vidro. Ela o olhava, o rosto pálido, os olhos úmidos pelas lagrimas perdidas... Mas ela já havia visto. Ela vira o vestido branco e o vira a aguardando. Ela o vira com um bebê lindo no braço, caminhando em sua direção. Vira os dois atravessando a vida juntos. Foi só um vislumbre, mas ela vira, e bastava.

Blair: Eu... Sim. – Disse, agora abrindo um sorriso. Ele ergueu a sobrancelha, em confirmação – Oh, Deus, sim. – Assentiu, tapando a boca, e ele finalmente se levantou, abraçando-a e erguendo-a do chão em um único impulso. Ela riu de leve, tremula, enchendo o rosto dele de beijos. – Sim, sim, sim! – Ela ouviu ele rir, rouco, e ele a pôs no chão.

Chuck: Ótimo. – Disse, apanhando a mão direita dela. Ela nem havia prestado atenção no anel, só o olhou quando ele o soltou do veludo da caixa. Era prateado e tinha um solitário em cima, elegante, discreto, e em volta dele haviam diamantes menores em uma trama delicada. Ela não olhou enquanto o anel deslizava em seu dedo; olhou a expressão dele enquanto fazia aquilo. Estava sério, compenetrado, como se fosse a coisa mais importante que já fizera na vida.

Ultimo Ato (Efeito Borboleta - Livro 5)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt