Capítulo 32

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Chuck: Você foi procurar sua mãe depois que eu sai?! – Perguntou, exasperado, vendo-a entrar em casa.

Blair: Sim. – Admitiu, largando a bolsa no sofá. Ele se aproximou, a expressão preocupada, apanhando o rosto dela entre as mãos – Mas está tudo bem. Eu só precisava finalizar um assunto. Agora acabou. – Concluiu, se inclinando pra selar os lábios dele.

Chuck: Agora acabou? – Repetiu, os olhos sondando-a, e ela assentiu, se afastando.

Blair: Não tenho a intenção de magoar ainda mais minha mãe. Ela... Ela não vai nos entender, e eu não posso obrigá-la. – Começou, soltando o relógio do braço – Já dissemos o que precisava ser dito. Eu vou só sair do caminho dela. – Aceitou.

Chuck: E você está bem com isso? – Perguntou, olhando-a.

Blair: É claro que não. – Disse, obvia – Mas ela é a ultima pessoa do mundo que eu quero machucar. Papai disse hoje que a fez sofrer muito, e eu acredito. Consigo lembrar de alguma coisas... Coisas horríveis. – Disse, o cenho franzido, puxando algumas memórias desconexas a mente – Você sabe, sobre quando achamos que meu pai estava morto. Do pouco que eu me lembro, pelo que me foi contado e pelo que eu consegui acessar, aquilo foi dor em sua maneira mais bruta. E ela agüentou sozinha. Deus sabe o que mais. – Ela deu de ombros – Não posso impor minha escolha a ela, assim como ela não pode impor a rejeição dela, mas podemos escolher não nos ferir. É melhor assim.

Chuck: Você é incrível, sabia disso? – Ela sorriu de canto.

Blair: Sempre bom ouvir. – Aceitou, se deixando abraçar – Hum... Estou tão cansada. Foi um dia exaustivo. – Choramingou.

Chuck: Com certeza foi. – Aceitou, se afastando e começando a abrir os botões da blusa dela, que deitou a cabeça de lado, achando graça – Por isso agora eu vou cuidar direitinho de você. Com meu melhor comportamento, Blair. – Dispensou, vendo o tom de graça no olhar dela, e ela riu.

Em casa, Nate estava sentado na sala, no chão mais especificamente, com alguns papeis e uma taça de vinho branco na mão. Vestia uma bermuda simples e camiseta, estava descalço e concentrado. Ficava assim quando tinha um assunto que queria revisar; não era tão importante a ponto de fazê-lo se trancar no escritório, mas requeria sua atenção. Rose estava empoleirada em uma poltrona do lado, ouvindo musica nos fones e coçando a cabeça de um dos cachorros. Anahí observou o filho, acuada, quando entrou. Ele deu um gole no vinho, tranqüilo, os olhos azuis idênticos ao dela focados no que lia.

Anahí: Filho. – Cumprimentou, sondando território, e ele ergueu o rosto.

Nate: Me abençoe, mãe. – Pediu, tranqüilo. Ele pedia a benção dela sempre ele ou ela que saíam ou chegavam em casa ou quando ia dormir. Até então, um comportamento normal.

Anahí: Deus o abençoe, o proteja e o dê discernimento. – Ele aquiesceu, enquanto ela se sentava a frente. – Rose. – A garota olhou, distraída no celular.

Rose: Mãe. – Respondeu, sem dar atenção. Nate voltou pro trabalho e Rose voltou pro celular.

Anahí se acomodou, focando no filho. Ele tinha a taça perto do rosto, girando-a brevemente pra sentir o aroma do vinho enquanto lia o que quer que fosse, totalmente alheio a ela. Até que um comichão na nuca o alertou de que estava sendo observado. Ele ergueu o rosto, vendo a mãe encará-lo. Rose continuava no celular, balançando o rosto levemente com a musica.

Nate: Alguma novidade? – Anahí negou com o rosto.

Anahí: Não. Sua irmã veio conversar comigo, nada relevante. Eu estive pensando... Nós sempre fomos muito próximos. – Ele bebeu outro gole do vinho, escutando – Blair sempre foi apegada a Alfonso, mas você era a mim. Há muito tempo não conversamos direito.

Ultimo Ato (Efeito Borboleta - Livro 5)Where stories live. Discover now